‘O Primeiro Homem’: mais um gol de Damien Chazelle!

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“Este é um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”, disse Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969, ao entrar para a História como o primeiro homem a pisar na Lua. Transformado em herói pela opinião pública, o astronauta tem sua trajetória contada em “O Primeiro Homem” (First Man – […]

POR Ana Carolina Garcia17/10/2018|4 min de leitura

‘O Primeiro Homem’: mais um gol de Damien Chazelle!

Dirigido por Damien Chazelle e estrelado por Ryan Gosling, “O Primeiro Homem” entra em cartaz nesta quinta-feira, dia 18, no Brasil (Foto: Divulgação).

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“Este é um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”, disse Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969, ao entrar para a História como o primeiro homem a pisar na Lua. Transformado em herói pela opinião pública, o astronauta tem sua trajetória contada em “O Primeiro Homem” (First Man – 2018), uma das estreias desta quinta-feira, dia 18.

 

Com produção executiva de Steven Spielberg e direção de Damien Chazelle, o longa começa em 1961, com Armstrong (Ryan Gosling) enfrentando problemas técnicos no X-15, aeronave utilizada pelo programa espacial americano em suas primeiras incursões ao espaço, fazendo um pouso forçado no Deserto de Mojave (Califórnia). Alvo de críticas de alguns colegas de trabalho e em meio ao drama da perda da filha, Armstrong decide se candidatar à vaga de astronauta oferecida pela NASA. Assim, em 1962, se torna integrante do Projeto Gemini, numa época em que os soviéticos lideravam a corrida espacial. Seu comprometimento o torna um dos destaques do projeto que consiste na realização de tarefas que os habilitem para o Programa Apollo. Após o incidente que vitima três astronautas, Armstrong é convidado para assumir a Apollo 11, missão que o leva à Lua.

 

Ryan Gosling e Claire Foy em cena (Foto: Divulgação).

 

Assumindo a estrutura narrativa clássica de cinebiografia, “O Primeiro Homem” acerta pelo roteiro rico em conteúdo e desenvolvido com esmero, fugindo de diálogos piegas, clichês e patriotismo inerentes ao tema. Desta forma, não há neste filme a intenção de glorificar as realizações do biografado, mas a de apresentá-lo como um homem que cresce por mérito e é suscetível às dores impostas pela vida, carregando-as para todos os cantos. Ou seja, explora o ser humano, não somente a missão de um programa ganancioso que custou vidas e acirrou a disputa com os soviéticos em plena Guerra Fria.

 

“O Primeiro Homem” tem como um de seus pilares a interação de seu elenco, que concede o máximo de veracidade possível à trama. Contudo, dentre todos os atores, quem realmente brilha do início ao fim é Ryan Gosling, no papel que pode lhe render sua terceira indicação ao Oscar de melhor ator – as outras foram por “Half Nelson – Encurralados” (Half Nelson – 2006) e “La La Land – Cantando Estações” (La La Land – 2016), seu primeiro trabalho com Damien Chazelle. Aos 38 anos de idade, Gosling compõe Armstrong sem excessos, explorando sua complexidade com maestria, mas sem tratá-lo como herói e contando com o apoio de Claire Foy (Jane), incumbida de retratar a angústia dos familiares diante dos riscos do programa espacial.

 

“O Primeiro Homem” tem orçamento estimado em US$ 60 milhões (Foto: Divulgação).

 

Apresentando sequências claustrofóbicas ambientadas no interior dos foguetes e aeronaves, “O Primeiro Homem” utiliza uma trilha sonora suave de maneira a exprimir a dose exata de emoção, mas sem exageros, tornando-se um ingrediente importante deste filme grandioso que chama a atenção por seus predicados técnicos, principalmente montagem, design de produção, fotografia e efeitos visuais e sonoros. Ou seja, sabe utilizar o que de melhor Hollywood oferece em termos de tecnologia para complementar uma trama consistente, trabalhando a favor dela.

 

Baseado na obra de James R. Hansen, “O Primeiro Homem” é sobre um homem obstinado em conquistar seu próprio espaço num cenário competitivo e tenso que impõe sacrifícios a ele e aos seus, assim como os filmes anteriores de seu realizador, “Whiplash – Em Busca da Perfeição” (Whiplash – 2014) e o já citado “La La Land – Cantando Estações”.  E, no fim das contas, é o terceiro golaço de Damien Chazelle, que se firma como um dos grandes nomes do cinema contemporâneo.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

“Este é um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”, disse Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969, ao entrar para a História como o primeiro homem a pisar na Lua. Transformado em herói pela opinião pública, o astronauta tem sua trajetória contada em “O Primeiro Homem” (First Man – 2018), uma das estreias desta quinta-feira, dia 18.

 

Com produção executiva de Steven Spielberg e direção de Damien Chazelle, o longa começa em 1961, com Armstrong (Ryan Gosling) enfrentando problemas técnicos no X-15, aeronave utilizada pelo programa espacial americano em suas primeiras incursões ao espaço, fazendo um pouso forçado no Deserto de Mojave (Califórnia). Alvo de críticas de alguns colegas de trabalho e em meio ao drama da perda da filha, Armstrong decide se candidatar à vaga de astronauta oferecida pela NASA. Assim, em 1962, se torna integrante do Projeto Gemini, numa época em que os soviéticos lideravam a corrida espacial. Seu comprometimento o torna um dos destaques do projeto que consiste na realização de tarefas que os habilitem para o Programa Apollo. Após o incidente que vitima três astronautas, Armstrong é convidado para assumir a Apollo 11, missão que o leva à Lua.

 

Ryan Gosling e Claire Foy em cena (Foto: Divulgação).

 

Assumindo a estrutura narrativa clássica de cinebiografia, “O Primeiro Homem” acerta pelo roteiro rico em conteúdo e desenvolvido com esmero, fugindo de diálogos piegas, clichês e patriotismo inerentes ao tema. Desta forma, não há neste filme a intenção de glorificar as realizações do biografado, mas a de apresentá-lo como um homem que cresce por mérito e é suscetível às dores impostas pela vida, carregando-as para todos os cantos. Ou seja, explora o ser humano, não somente a missão de um programa ganancioso que custou vidas e acirrou a disputa com os soviéticos em plena Guerra Fria.

 

“O Primeiro Homem” tem como um de seus pilares a interação de seu elenco, que concede o máximo de veracidade possível à trama. Contudo, dentre todos os atores, quem realmente brilha do início ao fim é Ryan Gosling, no papel que pode lhe render sua terceira indicação ao Oscar de melhor ator – as outras foram por “Half Nelson – Encurralados” (Half Nelson – 2006) e “La La Land – Cantando Estações” (La La Land – 2016), seu primeiro trabalho com Damien Chazelle. Aos 38 anos de idade, Gosling compõe Armstrong sem excessos, explorando sua complexidade com maestria, mas sem tratá-lo como herói e contando com o apoio de Claire Foy (Jane), incumbida de retratar a angústia dos familiares diante dos riscos do programa espacial.

 

“O Primeiro Homem” tem orçamento estimado em US$ 60 milhões (Foto: Divulgação).

 

Apresentando sequências claustrofóbicas ambientadas no interior dos foguetes e aeronaves, “O Primeiro Homem” utiliza uma trilha sonora suave de maneira a exprimir a dose exata de emoção, mas sem exageros, tornando-se um ingrediente importante deste filme grandioso que chama a atenção por seus predicados técnicos, principalmente montagem, design de produção, fotografia e efeitos visuais e sonoros. Ou seja, sabe utilizar o que de melhor Hollywood oferece em termos de tecnologia para complementar uma trama consistente, trabalhando a favor dela.

 

Baseado na obra de James R. Hansen, “O Primeiro Homem” é sobre um homem obstinado em conquistar seu próprio espaço num cenário competitivo e tenso que impõe sacrifícios a ele e aos seus, assim como os filmes anteriores de seu realizador, “Whiplash – Em Busca da Perfeição” (Whiplash – 2014) e o já citado “La La Land – Cantando Estações”.  E, no fim das contas, é o terceiro golaço de Damien Chazelle, que se firma como um dos grandes nomes do cinema contemporâneo.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

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