‘O Último Durão – Centenário Kirk Douglas’: livro será lançado na próxima quinta-feira
Na próxima quinta-feira, dia 15, às 19h, o livro “O Último Durão – Centenário Kirk Douglas” será lançado oficialmente na livraria Blooks em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, com textos críticos sobre os 29 filmes selecionados para a Mostra homônima, realizada recentemente no MAM, Cine Joia e Cine Arte UFF, com curadoria do […]
POR Ana Carolina Garcia13/12/2016|4 min de leitura
Na próxima quinta-feira, dia 15, às 19h, o livro “O Último Durão – Centenário Kirk Douglas” será lançado oficialmente na livraria Blooks em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, com textos críticos sobre os 29 filmes selecionados para a Mostra homônima, realizada recentemente no MAM, Cine Joia e Cine Arte UFF, com curadoria do jornalista e crítico de cinema Mario Abbade.
Organizado por Abbade, que convidou os jornalistas renomados Marcelo Janot, Rodrigo Fonseca, Susana Schild, Simone Zucolotto, Daniel Schenker, Ruy Gardnier, Sylvio Gonçalves, Alessandro Giannini e Ricardo Cota, entre outros, para colaborarem com os textos, o livro conta ainda com uma entrevista exclusiva e fotos do acervo pessoal de Kirk Douglas, que completou 100 anos de idade no último dia 09 e é o único profissional em atividade a testemunhar tanto os anos dourados da cinematografia americana quanto os em que a censura proporcionou uma verdadeira caça às bruxas.
Nascido em Amsterdam, no estado americano de Nova York, filho de imigrantes russos, Issur Danielovitch Demsky, popularmente conhecido como Kirk Douglas, é um exemplo de superação, pois antes de se tornar o patriarca de uma família tradicional do cinema americano, cujo descendente mais famoso é seu filho Michael Douglas, o ator é um sobrevivente da pobreza extrema que lhe impôs a triste realidade da fome. Não bastasse isso, por ser judeu, enfrentou o preconceito desde cedo, quando, aos seis anos de idade, fora acusado de assassinar Jesus Cristo. Acusação, esta, vinda de outra criança que lhe conferiu um soco no nariz.
Com muito esforço e sempre trabalhando para pagar os estudos e ajudar nas despesas da família, Kirk Douglas começou a subir os primeiros degraus atuando em pequenas montagens da Broadway até interromper sua carreira para entrar na Marinha Americana em 1941, retornando aos palcos e à arte que o tornaria famoso somente após a Segunda Guerra Mundial, quando se aventurou nas telas de cinema com seu primeiro filme, “O Tempo Não Apaga” (The Strange Love of Martha Ivers – 1946), com a ajuda de Lauren Bacall, que insistiu para que o produtor Hal B. Wallis lhe concedesse uma chance durante as audições para o longa-metragem.
Tendo Gary Cooper como mentor no início da carreira, aos poucos conquistou público e crítica, ganhando cada vez mais espaço no cinema americano, tornando-se uma testemunha da ascensão e queda dos sistemas de estúdios e estrelas que vigoravam durante toda a era clássica do cinema americano, bem como a já citada censura imposta à sétima-arte no período do macarthismo, sendo um dos poucos profissionais a resistir ao teste do tempo e passar pelo crivo de festivais e instituições fora dos Estados Unidos, como o Festival de Cannes e o Festival de Berlim, que lhe concedeu o Urso de Ouro Honorário em 2001.
Apesar de uma vasta e aclamada filmografia, Kirk Douglas nunca venceu a estatueta do Oscar, sendo indicado na categoria de melhor ator em três ocasiões, por seus desempenhos em “O Invencível” (Champion – 1949), “Assim Estava Escrito” (The Bad and the Beautiful – 1952) e “Sede de Viver” (Lust for Life – 1956), todos selecionados para a Mostra que celebra seu centenário. No entanto, em 1996, quando o ator já estava com a saúde um tanto debilitada em decorrência do Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu no mesmo ano e de um acidente de helicóptero em 1991, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) o homenageou com um Oscar Honorário como forma de comemorar seus 50 anos de carreira e sua força criativa e moral na comunidade hollywoodiana.
Na próxima quinta-feira, dia 15, às 19h, o livro “O Último Durão – Centenário Kirk Douglas” será lançado oficialmente na livraria Blooks em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, com textos críticos sobre os 29 filmes selecionados para a Mostra homônima, realizada recentemente no MAM, Cine Joia e Cine Arte UFF, com curadoria do jornalista e crítico de cinema Mario Abbade.
Organizado por Abbade, que convidou os jornalistas renomados Marcelo Janot, Rodrigo Fonseca, Susana Schild, Simone Zucolotto, Daniel Schenker, Ruy Gardnier, Sylvio Gonçalves, Alessandro Giannini e Ricardo Cota, entre outros, para colaborarem com os textos, o livro conta ainda com uma entrevista exclusiva e fotos do acervo pessoal de Kirk Douglas, que completou 100 anos de idade no último dia 09 e é o único profissional em atividade a testemunhar tanto os anos dourados da cinematografia americana quanto os em que a censura proporcionou uma verdadeira caça às bruxas.
Nascido em Amsterdam, no estado americano de Nova York, filho de imigrantes russos, Issur Danielovitch Demsky, popularmente conhecido como Kirk Douglas, é um exemplo de superação, pois antes de se tornar o patriarca de uma família tradicional do cinema americano, cujo descendente mais famoso é seu filho Michael Douglas, o ator é um sobrevivente da pobreza extrema que lhe impôs a triste realidade da fome. Não bastasse isso, por ser judeu, enfrentou o preconceito desde cedo, quando, aos seis anos de idade, fora acusado de assassinar Jesus Cristo. Acusação, esta, vinda de outra criança que lhe conferiu um soco no nariz.
Com muito esforço e sempre trabalhando para pagar os estudos e ajudar nas despesas da família, Kirk Douglas começou a subir os primeiros degraus atuando em pequenas montagens da Broadway até interromper sua carreira para entrar na Marinha Americana em 1941, retornando aos palcos e à arte que o tornaria famoso somente após a Segunda Guerra Mundial, quando se aventurou nas telas de cinema com seu primeiro filme, “O Tempo Não Apaga” (The Strange Love of Martha Ivers – 1946), com a ajuda de Lauren Bacall, que insistiu para que o produtor Hal B. Wallis lhe concedesse uma chance durante as audições para o longa-metragem.
Tendo Gary Cooper como mentor no início da carreira, aos poucos conquistou público e crítica, ganhando cada vez mais espaço no cinema americano, tornando-se uma testemunha da ascensão e queda dos sistemas de estúdios e estrelas que vigoravam durante toda a era clássica do cinema americano, bem como a já citada censura imposta à sétima-arte no período do macarthismo, sendo um dos poucos profissionais a resistir ao teste do tempo e passar pelo crivo de festivais e instituições fora dos Estados Unidos, como o Festival de Cannes e o Festival de Berlim, que lhe concedeu o Urso de Ouro Honorário em 2001.
Apesar de uma vasta e aclamada filmografia, Kirk Douglas nunca venceu a estatueta do Oscar, sendo indicado na categoria de melhor ator em três ocasiões, por seus desempenhos em “O Invencível” (Champion – 1949), “Assim Estava Escrito” (The Bad and the Beautiful – 1952) e “Sede de Viver” (Lust for Life – 1956), todos selecionados para a Mostra que celebra seu centenário. No entanto, em 1996, quando o ator já estava com a saúde um tanto debilitada em decorrência do Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu no mesmo ano e de um acidente de helicóptero em 1991, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) o homenageou com um Oscar Honorário como forma de comemorar seus 50 anos de carreira e sua força criativa e moral na comunidade hollywoodiana.