O Conselho Diretor da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) se reuniu nesta sexta-feira (08) para definir a situação de Will Smith, que enfrentou processo disciplinar após agredir fisicamente Chris Rock no palco do Dolby Theatre na última edição do Oscar, realizada em 27 de março. E a instituição decidiu banir o ator de todos os seus eventos, incluindo cerimônias do Oscar, pelos próximos 10 anos – segundo o The Hollywood Reporter, Smith emitiu curto comunicado dizendo que aceita e respeita a decisão da Academia. Isto será sentido na próxima edição quando o prêmio de melhor atriz for anunciado, algo tradicionalmente feito pelo ator vencedor no ano anterior.
Pressionada e criticada, sobretudo por não ter tomado uma atitude ainda durante a cerimônia, retirando Will Smith do auditório, o que o impediria de retornar ao palco para agradecer a estatueta de melhor ator por “King Richard: Criando Campeãs” (King Richard – 2021, EUA), uma vez que sua vitória era dada como certa por todos devido ao SAG Awards, a Academia passou as últimas semanas tentando contornar a situação e resolver o problema de maneira a não fomentar o escândalo – nos dias seguintes à cerimônia, a AMPAS disse que o ator foi convidado a se retirar do evento, mas se recusou a sair. Considerando expulsar Will Smith de seu quadro de membros, a AMPAS foi surpreendida com a renúncia do ator em 1o de abril, possibilitando a antecipação da reunião originalmente agendada para o próximo dia 18.
A renúncia de Will Smith, que sentiu a pressão imposta pela enxurrada de críticas negativas ao ato de violência praticado num evento televisionado para países de todo o mundo, foi uma tentativa de evitar a humilhação pública que seria causada pela provável expulsão, pois a AMPAS instituiu regras mais rígidas em 2017 no que tange à conduta de seus integrantes. E o ator, de fato, feriu o código da Academia ao invadir o palco e agredir um dos apresentadores da cerimônia.
Para a sorte de Will Smith, a punição da AMPAS foi até branda, pois o Conselho Diretor poderia ter votado torná-lo inelegível ao Oscar (para sempre) e/ou para retirar a estatueta de melhor ator, conforme parte da comunidade hollywoodiana pleiteou nos últimos dias. Isto não aconteceu porque a instituição decidiu separar as ações do indivíduo de suas realizações cinematográficas, como fizera no passado com Kevin Spacey, Roman Polanski e Harvey Weinstein, que, apesar de expulsos, não precisaram devolver seus respectivos prêmios.
A decisão foi anunciada na seguinte carta aberta assinada por David Rubin e Dawn Hudson, presidente e CEO da Academia, respectivamente, enviada a todos os membros:
“A 94ª edição do Oscar deveria ter sido uma celebração dos muitos indivíduos de nossa comunidade, que fizeram um trabalho incrível no ano passado; no entanto, esses momentos foram ofuscados pelo comportamento inaceitável e prejudicial que vimos o Sr. Smith exibir no palco.
Durante nossa transmissão, não abordamos adequadamente a situação na sala. Por isso, lamentamos. Esta foi uma oportunidade para darmos um exemplo para nossos convidados, espectadores e nossa família da Academia em todo o mundo, e ficamos aquém – despreparados para algo inédito.
Hoje, o Conselho Diretor convocou uma reunião para discutir a melhor forma de responder às ações de Will Smith no Oscar, além de aceitar sua renúncia. O Conselho decidiu, por um período de 10 anos, a partir de 8 de abril de 2022, que o Sr. Smith não poderá participar de nenhum evento ou programa da Academia, pessoalmente ou virtualmente, incluindo, entre outros, o Oscar.
Queremos expressar nossa profunda gratidão ao Sr. Rock por manter a compostura em circunstâncias extraordinárias. Também queremos agradecer aos nossos anfitriões, indicados, apresentadores e vencedores por sua postura e graça durante nossa transmissão.
Esta ação que estamos tomando hoje em resposta ao comportamento de Will Smith é um passo em direção a um objetivo maior de proteger a segurança de nossos artistas e convidados, restaurando a confiança na Academia. Também esperamos que isso possa iniciar um tempo de cura e restauração para todos os envolvidos e impactados.
Obrigado,
David Rubin (presidente) e Dawn Hudson (CEO)”.
O Conselho Diretor da Academia é composto por 54 membros de áreas distintas da indústria cinematográfica. Entre eles, Steven Spielberg, Rita Wilson, Whoopi Goldberg, Laura Dern, Ava DuVernay, Ruth E. Carter, Rodrigo García e Eric Roth.
Leia também:
– Oscar 2022: AMPAS antecipa reunião sobre Will Smith
– Will Smith anuncia renúncia e avalia que traiu confiança da Academia
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O Conselho Diretor da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) se reuniu nesta sexta-feira (08) para definir a situação de Will Smith, que enfrentou processo disciplinar após agredir fisicamente Chris Rock no palco do Dolby Theatre na última edição do Oscar, realizada em 27 de março. E a instituição decidiu banir o ator de todos os seus eventos, incluindo cerimônias do Oscar, pelos próximos 10 anos – segundo o The Hollywood Reporter, Smith emitiu curto comunicado dizendo que aceita e respeita a decisão da Academia. Isto será sentido na próxima edição quando o prêmio de melhor atriz for anunciado, algo tradicionalmente feito pelo ator vencedor no ano anterior.
Pressionada e criticada, sobretudo por não ter tomado uma atitude ainda durante a cerimônia, retirando Will Smith do auditório, o que o impediria de retornar ao palco para agradecer a estatueta de melhor ator por “King Richard: Criando Campeãs” (King Richard – 2021, EUA), uma vez que sua vitória era dada como certa por todos devido ao SAG Awards, a Academia passou as últimas semanas tentando contornar a situação e resolver o problema de maneira a não fomentar o escândalo – nos dias seguintes à cerimônia, a AMPAS disse que o ator foi convidado a se retirar do evento, mas se recusou a sair. Considerando expulsar Will Smith de seu quadro de membros, a AMPAS foi surpreendida com a renúncia do ator em 1o de abril, possibilitando a antecipação da reunião originalmente agendada para o próximo dia 18.
A renúncia de Will Smith, que sentiu a pressão imposta pela enxurrada de críticas negativas ao ato de violência praticado num evento televisionado para países de todo o mundo, foi uma tentativa de evitar a humilhação pública que seria causada pela provável expulsão, pois a AMPAS instituiu regras mais rígidas em 2017 no que tange à conduta de seus integrantes. E o ator, de fato, feriu o código da Academia ao invadir o palco e agredir um dos apresentadores da cerimônia.
Para a sorte de Will Smith, a punição da AMPAS foi até branda, pois o Conselho Diretor poderia ter votado torná-lo inelegível ao Oscar (para sempre) e/ou para retirar a estatueta de melhor ator, conforme parte da comunidade hollywoodiana pleiteou nos últimos dias. Isto não aconteceu porque a instituição decidiu separar as ações do indivíduo de suas realizações cinematográficas, como fizera no passado com Kevin Spacey, Roman Polanski e Harvey Weinstein, que, apesar de expulsos, não precisaram devolver seus respectivos prêmios.
A decisão foi anunciada na seguinte carta aberta assinada por David Rubin e Dawn Hudson, presidente e CEO da Academia, respectivamente, enviada a todos os membros:
“A 94ª edição do Oscar deveria ter sido uma celebração dos muitos indivíduos de nossa comunidade, que fizeram um trabalho incrível no ano passado; no entanto, esses momentos foram ofuscados pelo comportamento inaceitável e prejudicial que vimos o Sr. Smith exibir no palco.
Durante nossa transmissão, não abordamos adequadamente a situação na sala. Por isso, lamentamos. Esta foi uma oportunidade para darmos um exemplo para nossos convidados, espectadores e nossa família da Academia em todo o mundo, e ficamos aquém – despreparados para algo inédito.
Hoje, o Conselho Diretor convocou uma reunião para discutir a melhor forma de responder às ações de Will Smith no Oscar, além de aceitar sua renúncia. O Conselho decidiu, por um período de 10 anos, a partir de 8 de abril de 2022, que o Sr. Smith não poderá participar de nenhum evento ou programa da Academia, pessoalmente ou virtualmente, incluindo, entre outros, o Oscar.
Queremos expressar nossa profunda gratidão ao Sr. Rock por manter a compostura em circunstâncias extraordinárias. Também queremos agradecer aos nossos anfitriões, indicados, apresentadores e vencedores por sua postura e graça durante nossa transmissão.
Esta ação que estamos tomando hoje em resposta ao comportamento de Will Smith é um passo em direção a um objetivo maior de proteger a segurança de nossos artistas e convidados, restaurando a confiança na Academia. Também esperamos que isso possa iniciar um tempo de cura e restauração para todos os envolvidos e impactados.
Obrigado,
David Rubin (presidente) e Dawn Hudson (CEO)”.
O Conselho Diretor da Academia é composto por 54 membros de áreas distintas da indústria cinematográfica. Entre eles, Steven Spielberg, Rita Wilson, Whoopi Goldberg, Laura Dern, Ava DuVernay, Ruth E. Carter, Rodrigo García e Eric Roth.
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