‘Planeta dos Macacos: A Guerra’: César luta para garantir a sobrevivência da espécie
Aguardado com ansiedade pelo público, “Planeta dos Macacos: A Guerra” (War for the Planet of the Apes – 2017) estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 03, concedendo um desfecho digno para a saga de César (Andy Serkis) e seu grupo. Sob a firme direção de Matt Reeves, que também assina o roteiro ao […]
POR Ana Carolina Garcia02/08/2017|4 min de leitura
Aguardado com ansiedade pelo público, “Planeta dos Macacos: A Guerra” (War for the Planet of the Apes – 2017) estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 03, concedendo um desfecho digno para a saga de César (Andy Serkis) e seu grupo.
Sob a firme direção de Matt Reeves, que também assina o roteiro ao lado de Mark Bomback, o longa mostra a humanidade sendo dizimada pelo vírus da gripe símia – “humano fica doente, macaco fica inteligente”. Numa luta pela sobrevivência, humanos e macacos caçam e são caçados, na mesma intensidade, principalmente após César, cada vez mais atormentado pelo fantasma de Koba (Toby Kebbell), partir para se vingar de Coronel (Woody Harrelson).
Referenciando o longa original, protagonizado por Charlton Heston, em diversos elementos, como locações, nomes de personagens e inserção de cenas que mostram os macacos numa espécie de crucificação para simbolizar o poder do Homem sobre os seres que julgam inferiores, “Planeta dos Macacos: A Guerra” se inspira na História e em clássicos para criar uma atmosfera tensa que eleva o drama à potência máxima.
Desta forma, Woody Harrelson surge em cena claramente inspirado no Coronel Walter E. Kurtz (Marlon Brando) de “Apocalipse Now” (Apocalypse Now – 1979), principalmente em termos de obstinação e loucura. Mais do que isso, não são poucas as cenas protagonizadas por ele, ambientadas numa espécie de base militar, que fazem alusão às tropas do Terceiro Reich e à maneira degradante com a qual os judeus eram tratados. Há ainda espaço para que o espectador mais atento perceba traços de Mose Harper (Hank Worden) em Bad Ape (Steve Zahn), ou Macaco Mau, numa tradução livre.
Assim como o personagem do clássico “Rastros de Ódio” (The Searchers – 1956), Bad Ape é um indivíduo solitário e ingênuo que testemunhou grandes massacres, mas que ainda mantém a doçura no olhar e exerce papel importante no último ato. Independente de no faroeste de John Ford os humanos se matarem entre si (brancos x índios) e nesta saga o confronto ser entre homens e macacos, o retrato é o mesmo: o da luta pela sobrevivência em decorrência da crueldade humana.
E numa luta em que apenas um lado preza pela coexistência pacífica, cada um na sua área, preservando sua espécie, surge um tema explorado no passado, sobretudo na Era Clássica de Hollywood: a família e sua importância como base para o indivíduo, bem como tudo o que deve ser feito para protegê-la e preservá-la. É um resgate que tem sido recorrente, inclusive em outros blockbusters de sucesso, como “Logan” (Idem – 2017) e “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (Guardians of the Galaxy Vol. 2 – 2017) – citando apenas dois dos mais recentes e populares.
Utilizando efeitos visuais e sonoros em prol de sua trama, “Planeta dos Macacos: A Guerra” é mais do que uma ponte de ligação entre a nova trilogia e “O Planeta dos Macacos” (Planet of the Apes – 1968), pois se trata de uma produção complexa e triste que aborda os efeitos das ações humanas (ou desumanas) que implicam na regressão, inclusive moral, de toda a raça. No fim das contas, é sobre a necessidade de união em prol de um bem maior: a sobrevivência da espécie. União esta que só poderá ser alcançada por meio de respeito e tolerância para com as diferenças, garantindo, assim, a coexistência pacífica, algo realmente em extinção nos dias atuais.
Assista ao trailer oficial:
Aguardado com ansiedade pelo público, “Planeta dos Macacos: A Guerra” (War for the Planet of the Apes – 2017) estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 03, concedendo um desfecho digno para a saga de César (Andy Serkis) e seu grupo.
Sob a firme direção de Matt Reeves, que também assina o roteiro ao lado de Mark Bomback, o longa mostra a humanidade sendo dizimada pelo vírus da gripe símia – “humano fica doente, macaco fica inteligente”. Numa luta pela sobrevivência, humanos e macacos caçam e são caçados, na mesma intensidade, principalmente após César, cada vez mais atormentado pelo fantasma de Koba (Toby Kebbell), partir para se vingar de Coronel (Woody Harrelson).
Referenciando o longa original, protagonizado por Charlton Heston, em diversos elementos, como locações, nomes de personagens e inserção de cenas que mostram os macacos numa espécie de crucificação para simbolizar o poder do Homem sobre os seres que julgam inferiores, “Planeta dos Macacos: A Guerra” se inspira na História e em clássicos para criar uma atmosfera tensa que eleva o drama à potência máxima.
Desta forma, Woody Harrelson surge em cena claramente inspirado no Coronel Walter E. Kurtz (Marlon Brando) de “Apocalipse Now” (Apocalypse Now – 1979), principalmente em termos de obstinação e loucura. Mais do que isso, não são poucas as cenas protagonizadas por ele, ambientadas numa espécie de base militar, que fazem alusão às tropas do Terceiro Reich e à maneira degradante com a qual os judeus eram tratados. Há ainda espaço para que o espectador mais atento perceba traços de Mose Harper (Hank Worden) em Bad Ape (Steve Zahn), ou Macaco Mau, numa tradução livre.
Assim como o personagem do clássico “Rastros de Ódio” (The Searchers – 1956), Bad Ape é um indivíduo solitário e ingênuo que testemunhou grandes massacres, mas que ainda mantém a doçura no olhar e exerce papel importante no último ato. Independente de no faroeste de John Ford os humanos se matarem entre si (brancos x índios) e nesta saga o confronto ser entre homens e macacos, o retrato é o mesmo: o da luta pela sobrevivência em decorrência da crueldade humana.
E numa luta em que apenas um lado preza pela coexistência pacífica, cada um na sua área, preservando sua espécie, surge um tema explorado no passado, sobretudo na Era Clássica de Hollywood: a família e sua importância como base para o indivíduo, bem como tudo o que deve ser feito para protegê-la e preservá-la. É um resgate que tem sido recorrente, inclusive em outros blockbusters de sucesso, como “Logan” (Idem – 2017) e “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (Guardians of the Galaxy Vol. 2 – 2017) – citando apenas dois dos mais recentes e populares.
Utilizando efeitos visuais e sonoros em prol de sua trama, “Planeta dos Macacos: A Guerra” é mais do que uma ponte de ligação entre a nova trilogia e “O Planeta dos Macacos” (Planet of the Apes – 1968), pois se trata de uma produção complexa e triste que aborda os efeitos das ações humanas (ou desumanas) que implicam na regressão, inclusive moral, de toda a raça. No fim das contas, é sobre a necessidade de união em prol de um bem maior: a sobrevivência da espécie. União esta que só poderá ser alcançada por meio de respeito e tolerância para com as diferenças, garantindo, assim, a coexistência pacífica, algo realmente em extinção nos dias atuais.