‘Soul’: aprendizagem, segunda chance e propósitos

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Idealizado para a tela grande da sala de exibição, “Soul” (Idem – 2020) é um dos títulos mais aguardados deste ano e, também, mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, que levou a Disney e a Pixar a optarem por lançá-lo diretamente na Disney+ no próximo dia 25, como um presente de Natal para os […]

POR Ana Carolina Garcia21/12/2020|3 min de leitura

‘Soul’: aprendizagem, segunda chance e propósitos

“Soul” integra o catálogo da Disney+ (Foto: Divulgação).

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Idealizado para a tela grande da sala de exibição, “Soul” (Idem – 2020) é um dos títulos mais aguardados deste ano e, também, mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, que levou a Disney e a Pixar a optarem por lançá-lo diretamente na Disney+ no próximo dia 25, como um presente de Natal para os seus assinantes. E um belo presente, diga-se de passagem.

 

Com direção de Pete Docter e Kemp Powers, “Soul” conta a história de Joe (voz de Jamie Foxx), músico de Jazz desiludido com a vida e a carreira que, após conseguir a tão sonhada vaga no quarteto de Dorothea Williams (voz de Angela Bassett), sofre um acidente e passa pela experiência de quase morte, conhecendo o local chamado de “pré-vida”, onde as almas são “ajustadas” antes de reencarnarem. Lá, Joe faz amizade com 22 (voz de Tina Fey), uma alma infantil que precisa aprender sobre si mesma. Neste processo de aprendizagem, os dois criam laços capazes de mudar os rumos de suas vidas.

 

“Soul” é a principal aposta da Disney / Pixar para o Oscar 2021 de melhor animação (Foto: Divulgação).

 

Tecnicamente primoroso, com destaque à recriação de Nova York e à edição de som, “Soul” remete um pouco à “DivertidaMente” (Inside Out – 2015) tanto na estética quanto na dinâmica entre Joe e 22, que tem muito da relação entre Alegria (voz de Amy Poehler) e Tristeza (voz de Phyllis Smith) no vencedor do Oscar de melhor filme de animação em 2016, dirigido por Docter em parceria com Ronnie Del Carmen. Desta forma, o longa conduz uma trama de viés dramático com elementos de comicidade que lhe concedem leveza para transmitir uma mensagem não apenas de constante aprendizado calcado na perseverança, mas que todas as almas são iguais no plano espiritual, ficando o preconceito enraizado somente no plano terreno. Isto pode ser sintetizado numa frase de 22 a Joe, ainda no “pré-vida”, “Não é possível destruir almas aqui. A vida na Terra existe para isso”, deixando nítido ao espectador que são as escolhas que moldam o indivíduo.

 

Primeira produção Disney / Pixar protagonizada por personagem negro, “Soul” tem como principal trunfo o fato de se comunicar com crianças e adultos na mesma intensidade. Isto se deve ao roteiro bem construído de Docter, Powers e Mike Jones, que dribla sua complexidade com diálogos objetivos e perspicazes, principalmente sobre as adversidades da vida que levam o indivíduo à frustração em diversos momentos.

 

Forte candidato ao próximo Oscar de animação, “Soul” é, na verdade, um filme sobre a necessidade do indivíduo de encontrar propósitos para seguir com a sua vida de forma a se realizar, algo que pode acontecer num longo processo de aprendizagem e, também, por meio de uma nova chance. Sem dúvida alguma, uma produção que faz jus à filmografia da Disney / Pixar.

 

Assista ao trailer oficial:

Idealizado para a tela grande da sala de exibição, “Soul” (Idem – 2020) é um dos títulos mais aguardados deste ano e, também, mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, que levou a Disney e a Pixar a optarem por lançá-lo diretamente na Disney+ no próximo dia 25, como um presente de Natal para os seus assinantes. E um belo presente, diga-se de passagem.

 

Com direção de Pete Docter e Kemp Powers, “Soul” conta a história de Joe (voz de Jamie Foxx), músico de Jazz desiludido com a vida e a carreira que, após conseguir a tão sonhada vaga no quarteto de Dorothea Williams (voz de Angela Bassett), sofre um acidente e passa pela experiência de quase morte, conhecendo o local chamado de “pré-vida”, onde as almas são “ajustadas” antes de reencarnarem. Lá, Joe faz amizade com 22 (voz de Tina Fey), uma alma infantil que precisa aprender sobre si mesma. Neste processo de aprendizagem, os dois criam laços capazes de mudar os rumos de suas vidas.

 

“Soul” é a principal aposta da Disney / Pixar para o Oscar 2021 de melhor animação (Foto: Divulgação).

 

Tecnicamente primoroso, com destaque à recriação de Nova York e à edição de som, “Soul” remete um pouco à “DivertidaMente” (Inside Out – 2015) tanto na estética quanto na dinâmica entre Joe e 22, que tem muito da relação entre Alegria (voz de Amy Poehler) e Tristeza (voz de Phyllis Smith) no vencedor do Oscar de melhor filme de animação em 2016, dirigido por Docter em parceria com Ronnie Del Carmen. Desta forma, o longa conduz uma trama de viés dramático com elementos de comicidade que lhe concedem leveza para transmitir uma mensagem não apenas de constante aprendizado calcado na perseverança, mas que todas as almas são iguais no plano espiritual, ficando o preconceito enraizado somente no plano terreno. Isto pode ser sintetizado numa frase de 22 a Joe, ainda no “pré-vida”, “Não é possível destruir almas aqui. A vida na Terra existe para isso”, deixando nítido ao espectador que são as escolhas que moldam o indivíduo.

 

Primeira produção Disney / Pixar protagonizada por personagem negro, “Soul” tem como principal trunfo o fato de se comunicar com crianças e adultos na mesma intensidade. Isto se deve ao roteiro bem construído de Docter, Powers e Mike Jones, que dribla sua complexidade com diálogos objetivos e perspicazes, principalmente sobre as adversidades da vida que levam o indivíduo à frustração em diversos momentos.

 

Forte candidato ao próximo Oscar de animação, “Soul” é, na verdade, um filme sobre a necessidade do indivíduo de encontrar propósitos para seguir com a sua vida de forma a se realizar, algo que pode acontecer num longo processo de aprendizagem e, também, por meio de uma nova chance. Sem dúvida alguma, uma produção que faz jus à filmografia da Disney / Pixar.

 

Assista ao trailer oficial:

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