‘Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer’: o ringue como única opção
São incontáveis as produções cinematográficas americanas que abordam o estresse pós-traumático de militares que precisam se readaptar à antiga rotina em suas casas, longe do front. No último dia 11, mais um filme sobre o tema foi lançado no Brasil, “Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” (Blackbear – 2019), disponível no NOW, […]
POR Ana Carolina Garcia15/11/2020|2 min de leitura
“Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” é distribuído pela A2 Filmes (Foto: Divulgação).
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São incontáveis as produções cinematográficas americanas que abordam o estresse pós-traumático de militares que precisam se readaptar à antiga rotina em suas casas, longe do front. No último dia 11, mais um filme sobre o tema foi lançado no Brasil, “Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” (Blackbear – 2019), disponível no NOW, Looke, Microsoft Play, Vivo Play, Google Play e Apple TV.
Marcando a estreia de J.M. Berrios na direção de longas-metragens, “Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” conta a história de dois fuzileiros navais torturados no Afeganistão, Bear (Scott Pryor) e Chris “Cowboy” (Darrin Dewitt Henson), que precisam lidar com graves consequências de sua última missão, dentre elas, a dependência química de Bear e a doença de Chris. Para ajudar o amigo, Bear decide participar de lutas clandestinas para custear o tratamento, garantindo a ele a única chance de sobrevivência.
Sem base consistente, o roteiro de Pryor atropela fatos sobretudo das tramas secundárias, como por exemplo, a de Summer (Lauren Swickard) e a da relação entre Bear e Bronx (Eric Roberts), seu antigo sogro e treinador que visa somente o dinheiro. Desta forma, prioriza a preparação física de Bear e a apresentação quase didática de seus adversários, perdendo a oportunidade de trabalhar a trama com detalhes, desenvolvendo-a superficialmente, algo que se torna nítido devido à construção de personagem de Pryor, que não explora a dor nem os fantasmas que atormentam Bear.
Produzido e roteirizado por Pryor, “Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” subverte um pouco o filão ao deixar o trauma em segundo plano para focar na motivação de Bear em salvar a vida do amigo, negligenciando a si próprio. Com isso, o espectador é conduzido por uma trama sobre culpa, redenção, segunda chance e amizade, que remete tanto às produções que têm o ringue como parte essencial da narrativa quanto a “Minha Vida” (My Life – 1993), de Bruce Joel Rubin, no que tange ao drama familiar do homem que deseja conhecer o filho.
Assista ao trailer oficial legendado:
São incontáveis as produções cinematográficas americanas que abordam o estresse pós-traumático de militares que precisam se readaptar à antiga rotina em suas casas, longe do front. No último dia 11, mais um filme sobre o tema foi lançado no Brasil, “Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” (Blackbear – 2019), disponível no NOW, Looke, Microsoft Play, Vivo Play, Google Play e Apple TV.
Marcando a estreia de J.M. Berrios na direção de longas-metragens, “Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” conta a história de dois fuzileiros navais torturados no Afeganistão, Bear (Scott Pryor) e Chris “Cowboy” (Darrin Dewitt Henson), que precisam lidar com graves consequências de sua última missão, dentre elas, a dependência química de Bear e a doença de Chris. Para ajudar o amigo, Bear decide participar de lutas clandestinas para custear o tratamento, garantindo a ele a única chance de sobrevivência.
Sem base consistente, o roteiro de Pryor atropela fatos sobretudo das tramas secundárias, como por exemplo, a de Summer (Lauren Swickard) e a da relação entre Bear e Bronx (Eric Roberts), seu antigo sogro e treinador que visa somente o dinheiro. Desta forma, prioriza a preparação física de Bear e a apresentação quase didática de seus adversários, perdendo a oportunidade de trabalhar a trama com detalhes, desenvolvendo-a superficialmente, algo que se torna nítido devido à construção de personagem de Pryor, que não explora a dor nem os fantasmas que atormentam Bear.
Produzido e roteirizado por Pryor, “Submissão: Uma Luta Pela Qual Vale a Pena Morrer” subverte um pouco o filão ao deixar o trauma em segundo plano para focar na motivação de Bear em salvar a vida do amigo, negligenciando a si próprio. Com isso, o espectador é conduzido por uma trama sobre culpa, redenção, segunda chance e amizade, que remete tanto às produções que têm o ringue como parte essencial da narrativa quanto a “Minha Vida” (My Life – 1993), de Bruce Joel Rubin, no que tange ao drama familiar do homem que deseja conhecer o filho.