Crítica: Judas Priest, Alice in Chains e Black Star Riders
Hard rock, grunge e heavy metal são apenas três dos filhotes gerados pelo amado e quase setentão rock’n’roll. Quem tem dificuldade de identificar os gêneros, perdeu (ou não) uma ótima chance de assistir a uma aulinha no último domingo (11) no Km de Vantagens Hall, no Rio de Janeiro. Em turnê conjunta, Black Star Riders, […]
POR Claudio Francioni15/11/2018|17 min de leitura
Hard rock, grunge e heavy metal são apenas três dos filhotes gerados pelo amado e quase setentão rock’n’roll. Quem tem dificuldade de identificar os gêneros, perdeu (ou não) uma ótima chance de assistir a uma aulinha no último domingo (11) no Km de Vantagens Hall, no Rio de Janeiro. Em turnê conjunta, Black Star Riders, Alice in Chains e Judas Priest, respectivamente representantes das três linhagens citadas acima, arrastaram uma boa rapaziada vestida de preto e, certamente, ninguém saiu arrependido.
Abrindo a noite dois minutos antes do estipulado e ainda com o público a meia bomba, o Black Star Riders – que na verdade é um puxadinho do Thin Lizzy – surpreendeu a muita gente, inclusive a mim. Aquele hard rock puro, típico dos anos 70 e que influenciou muita gente grande nos 80. Com três álbuns lançados pela banda, o curto setlist deu preferência ao primeiro e ao último trabalho. Do segundo disco, apenas a faixa título, “The Killer Instinct”. Rolaram também dois clássicos do Thin Lizzy, onde ainda batem ponto os guitarristas Scott Gorham e Damon Johnson e o cantor Ricky Warwick: “Jailbreak” e “The Boys Are Back in Town”. Em pouco menos de 50 minutos no palco, o Black Star conquistou novos fãs na noite de domingo.
Segunda atração da noite, o Alice in Chains, uma das remanescentes do movimento surgido em Seattle no início dos 90, voltou ao Rio cinco anos depois de sua aparição no Rock in Rio. Guitarras sujas, riffs abusando dos graves e vocais angustiados. Eis o grunge. O cantor William DuVall confirmou a ótima escolha para substituir Laney Staley, falecido em 2002. Jerry Cantrell permanece liderando o quarteto despejando muito peso em sua guitarra. Mesmo com um novo álbum lançado esse ano – “Rainier Fog” – a maioria das canções executadas saíram dos dois primeiros álbuns, “Facelift”, de 1990, e “Dirt”, de 1992. O clássico “Man in the Box” botou toda a rapaziada pra cantar o riff da introdução.
Após uma parte do público ter ido embora, a atração principal subiu ao palco ao som de “War Pigs”, do Black Sabbath. O Judas é um dos maiores expoentes do heavy metal mundial. Com 67 anos nas costas, Rob Halford mantém sua gritaria afiada e do alto de seu pedestal comanda a banda durante uma hora e meia. Com a estrutura do palco montada para eles – Black Rider e Alice utilizaram um espaço reduzido – o show faz parte da turnê de lançamento do álbum “Firepower”. A canção título, inclusive, abre os trabalhos, A segunda canção destaca um hiato de 40 anos para a primeira, escancarando logo de cara a longevidade da banda. “Running Wild” foi gravada no disco “Killing Machine”, de 1978. Mas a noite reservava coisa ainda mais antiga para presentear os fãs: “The Ripper”, de 1976. Outro momento curtido pela rapaziada foi a homenagem a Ayrton Senna no telão ao som de “Freewheel Biurning”. A reta final da apresentação trouxe os clássicos “Painkiller”, “Electric Eye”, “Breaking the Law” e “Living After Midnight”. Tudo em um som muito alto. Bem mais alto do que as bandas anteriores, que já estavam bem exageradas. Afinal, é assim que se ouve um bom metal.
Black Star Riders
Bloodshot
All Hell Breaks Loose
Jailbreak
The Killer Instinct
Heavy Fire
Before the War
When the Night Comes In
The Boys Are Back in Town
Kingdom of the Lost
Bound for Glory
Alice in Chains
Check My Brain
Again
Never Fade
Them Bones
Dam That River
Hollow
Nutshell
No Excuses
We Die Young
Stone
It Ain’t Like That
Man in the Box
The One You Know
Would?
Rooster
Judas Priest
Firepower
Running Wild
Grinder
Sinner
The Ripper
Lightning Strike
Desert Plains
No Surrender
Turbo Lover
The Green Manalishi (With the Two Prong Crown)
Night Comes Down
Guardians
Rising From Ruins
Freewheel Burning
You’ve Got Another Thing Comin’
Hell Bent for Leather
Painkiller
Electric Eye
Breaking the Law
Living After Midnight
Veja galeria de fotos dos shows:
Hard rock, grunge e heavy metal são apenas três dos filhotes gerados pelo amado e quase setentão rock’n’roll. Quem tem dificuldade de identificar os gêneros, perdeu (ou não) uma ótima chance de assistir a uma aulinha no último domingo (11) no Km de Vantagens Hall, no Rio de Janeiro. Em turnê conjunta, Black Star Riders, Alice in Chains e Judas Priest, respectivamente representantes das três linhagens citadas acima, arrastaram uma boa rapaziada vestida de preto e, certamente, ninguém saiu arrependido.
Abrindo a noite dois minutos antes do estipulado e ainda com o público a meia bomba, o Black Star Riders – que na verdade é um puxadinho do Thin Lizzy – surpreendeu a muita gente, inclusive a mim. Aquele hard rock puro, típico dos anos 70 e que influenciou muita gente grande nos 80. Com três álbuns lançados pela banda, o curto setlist deu preferência ao primeiro e ao último trabalho. Do segundo disco, apenas a faixa título, “The Killer Instinct”. Rolaram também dois clássicos do Thin Lizzy, onde ainda batem ponto os guitarristas Scott Gorham e Damon Johnson e o cantor Ricky Warwick: “Jailbreak” e “The Boys Are Back in Town”. Em pouco menos de 50 minutos no palco, o Black Star conquistou novos fãs na noite de domingo.
Segunda atração da noite, o Alice in Chains, uma das remanescentes do movimento surgido em Seattle no início dos 90, voltou ao Rio cinco anos depois de sua aparição no Rock in Rio. Guitarras sujas, riffs abusando dos graves e vocais angustiados. Eis o grunge. O cantor William DuVall confirmou a ótima escolha para substituir Laney Staley, falecido em 2002. Jerry Cantrell permanece liderando o quarteto despejando muito peso em sua guitarra. Mesmo com um novo álbum lançado esse ano – “Rainier Fog” – a maioria das canções executadas saíram dos dois primeiros álbuns, “Facelift”, de 1990, e “Dirt”, de 1992. O clássico “Man in the Box” botou toda a rapaziada pra cantar o riff da introdução.
Após uma parte do público ter ido embora, a atração principal subiu ao palco ao som de “War Pigs”, do Black Sabbath. O Judas é um dos maiores expoentes do heavy metal mundial. Com 67 anos nas costas, Rob Halford mantém sua gritaria afiada e do alto de seu pedestal comanda a banda durante uma hora e meia. Com a estrutura do palco montada para eles – Black Rider e Alice utilizaram um espaço reduzido – o show faz parte da turnê de lançamento do álbum “Firepower”. A canção título, inclusive, abre os trabalhos, A segunda canção destaca um hiato de 40 anos para a primeira, escancarando logo de cara a longevidade da banda. “Running Wild” foi gravada no disco “Killing Machine”, de 1978. Mas a noite reservava coisa ainda mais antiga para presentear os fãs: “The Ripper”, de 1976. Outro momento curtido pela rapaziada foi a homenagem a Ayrton Senna no telão ao som de “Freewheel Biurning”. A reta final da apresentação trouxe os clássicos “Painkiller”, “Electric Eye”, “Breaking the Law” e “Living After Midnight”. Tudo em um som muito alto. Bem mais alto do que as bandas anteriores, que já estavam bem exageradas. Afinal, é assim que se ouve um bom metal.