*Por Waldir Leite Com a estreia da ópera Carmen, de Bizet, no próximo dia 14 de julho, o Rio vive momento de grande efervescência cultural. Produzida em grande estilo para comemorar os 114 anos do Teatro Municipal, Carmen é aquela ópera cuja ária La Habanera é uma das mais famosas de todos os tempos. No elenco […]
POR Redação SRzd04/07/2023|4 min de leitura
Frida Kahlo
*Por Waldir Leite
Com a estreia da ópera Carmen, de Bizet, no próximo dia 14 de julho, o Rio vive momento de grande efervescência cultural. Produzida em grande estilo para comemorar os 114 anos do Teatro Municipal, Carmen é aquela ópera cuja ária La Habanera é uma das mais famosas de todos os tempos.
No elenco as sopranos Luisa Francesconi e Lara Cavalcanti se revezam no papel da cigana sedutora, tendo no palco o auxílio mais que luxuoso da orquestra, do coro e do corpo de baile do Municipal.
Carmen promete agitar culturalmente a cidade, tanto quanto os espetáculos que estrearam neste fim de semana: a exposição de Frida Kahlo, no Forte de Copacabana e a peça “A cerimônia do Adeus” no Teatro Copacabana.
A mostra “Frida Kahlo – Uma biografia imersiva” é uma viagem ao mundo e a arte da mexicana que se tornou um símbolo marcante da cultura do seu país.
Recortes dos trabalhos são projetados em diversos espaços, buscando levar o público a dar um mergulho na arte colorida e revolucionária da pintora. A intensa procura por ingressos no primeiro fim de semana é o prenúncio que Frida será a grande musa desse inverno carioca.
“A cerimônia do adeus” é, certamente, o mais importante texto teatral do saudoso Mauro Rasi. Narra a juventude do autor e a sua convivência com os livros dos filósofos existencialistas Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, que na peça são representados pelos atores Eucir de Souza e Beth Goulart. Um texto inteligente e sofisticado que merece atenção dos amantes do grande teatro brasileiro, nesse momento em que se completa 20 anos da morte do dramaturgo.
Na plateia de “A cerimônia do adeus” o cineasta Walter Lima Jr. revelou que está tirando da gaveta o roteiro com a adaptação cinematográfica do texto teatral.
Contou que escreveu o roteiro junto com o próprio Mauro Rasi que sonhava em ver sua peça transformada em filme. O diretor está aproveitando a badalação em torno dessa nova montagem para contatar produtores e plataformas de streaming que possam se interessar pelo projeto.
Na Europa…
Os fashionistas europeus não se deixaram abalar pela onda de protestos que acontece neste momento na França depois que um adolescente foi assassinado pela polícia. Mesmo com as confusões nas ruas, o corre-corre, a gritaria, as sirenes, os tiroteios e os carros incendiados, o povo da moda só quer saber dos desfiles da Semana da Moda em Paris.
Que tal? Desde a semana passada que os desfiles vêm surpreendendo e encantando o público graças ao talento dos criadores. Nesta trepidante segunda-feira (3) quem abalou Paris foi a Maison Schiaparelli que, fundada em 1927 pela estilista italiana Elsa Schiaparelli, sempre foi um exemplo de vanguarda na moda internacional.
Em seu desfile exibiu modelos que jamais poderiam ser usados em nenhum lugar que não fosse uma passarela, mas que, ao mesmo tempo, definiam perfeitamente um conceito de luxo, vanguarda e estilo. Quase um século depois a marca Schiaparelli continua comovendo ao elevar a moda à condição de grande arte.
Waldir Leite é jornalista e filósofo existencialista graduado pela UFRJ. Gosta da vida e dos filmes de Woody Allen. Escreve contos e romances. Vai a praia sempre que pode. E sofre muito por não poder acabar com a guerra, a fome e a miséria.
*Por Waldir Leite
Com a estreia da ópera Carmen, de Bizet, no próximo dia 14 de julho, o Rio vive momento de grande efervescência cultural. Produzida em grande estilo para comemorar os 114 anos do Teatro Municipal, Carmen é aquela ópera cuja ária La Habanera é uma das mais famosas de todos os tempos.
No elenco as sopranos Luisa Francesconi e Lara Cavalcanti se revezam no papel da cigana sedutora, tendo no palco o auxílio mais que luxuoso da orquestra, do coro e do corpo de baile do Municipal.
Carmen promete agitar culturalmente a cidade, tanto quanto os espetáculos que estrearam neste fim de semana: a exposição de Frida Kahlo, no Forte de Copacabana e a peça “A cerimônia do Adeus” no Teatro Copacabana.
A mostra “Frida Kahlo – Uma biografia imersiva” é uma viagem ao mundo e a arte da mexicana que se tornou um símbolo marcante da cultura do seu país.
Recortes dos trabalhos são projetados em diversos espaços, buscando levar o público a dar um mergulho na arte colorida e revolucionária da pintora. A intensa procura por ingressos no primeiro fim de semana é o prenúncio que Frida será a grande musa desse inverno carioca.
“A cerimônia do adeus” é, certamente, o mais importante texto teatral do saudoso Mauro Rasi. Narra a juventude do autor e a sua convivência com os livros dos filósofos existencialistas Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, que na peça são representados pelos atores Eucir de Souza e Beth Goulart. Um texto inteligente e sofisticado que merece atenção dos amantes do grande teatro brasileiro, nesse momento em que se completa 20 anos da morte do dramaturgo.
Na plateia de “A cerimônia do adeus” o cineasta Walter Lima Jr. revelou que está tirando da gaveta o roteiro com a adaptação cinematográfica do texto teatral.
Contou que escreveu o roteiro junto com o próprio Mauro Rasi que sonhava em ver sua peça transformada em filme. O diretor está aproveitando a badalação em torno dessa nova montagem para contatar produtores e plataformas de streaming que possam se interessar pelo projeto.
Na Europa…
Os fashionistas europeus não se deixaram abalar pela onda de protestos que acontece neste momento na França depois que um adolescente foi assassinado pela polícia. Mesmo com as confusões nas ruas, o corre-corre, a gritaria, as sirenes, os tiroteios e os carros incendiados, o povo da moda só quer saber dos desfiles da Semana da Moda em Paris.
Que tal? Desde a semana passada que os desfiles vêm surpreendendo e encantando o público graças ao talento dos criadores. Nesta trepidante segunda-feira (3) quem abalou Paris foi a Maison Schiaparelli que, fundada em 1927 pela estilista italiana Elsa Schiaparelli, sempre foi um exemplo de vanguarda na moda internacional.
Em seu desfile exibiu modelos que jamais poderiam ser usados em nenhum lugar que não fosse uma passarela, mas que, ao mesmo tempo, definiam perfeitamente um conceito de luxo, vanguarda e estilo. Quase um século depois a marca Schiaparelli continua comovendo ao elevar a moda à condição de grande arte.
Waldir Leite é jornalista e filósofo existencialista graduado pela UFRJ. Gosta da vida e dos filmes de Woody Allen. Escreve contos e romances. Vai a praia sempre que pode. E sofre muito por não poder acabar com a guerra, a fome e a miséria.
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