Guns N’Roses: a volta por cima

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Alvíssaras! Enfim, o Guns N’Roses provou que ainda é capaz de produzir entretenimento em alto nível. E que me perdoem os fãs que andaram se estranhando durante o tempo em que a banda esteve rachada, mas não há Guns sem Axl e Slash juntos. Além de sua imagem marcante no palco, os timbres médios do […]

POR Claudio Francioni 16/11/2016| 4 min de leitura

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Alvíssaras! Enfim, o Guns N’Roses provou que ainda é capaz de produzir entretenimento em alto nível. E que me perdoem os fãs que andaram se estranhando durante o tempo em que a banda esteve rachada, mas não há Guns sem Axl e Slash juntos. Além de sua imagem marcante no palco, os timbres médios do […]

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Alvíssaras! Enfim, o Guns N’Roses provou que ainda é capaz de produzir entretenimento em alto nível. E que me perdoem os fãs que andaram se estranhando durante o tempo em que a banda esteve rachada, mas não há Guns sem Axl e Slash juntos. Além de sua imagem marcante no palco, os timbres médios do rapaz da cartola são a identidade, o CPF, a carteira de motorista e o certificado de reservista da banda. Sem ele, o Guns é uma imitação de si mesmo.

Sem atraso, sem chuva

No show que fechou o feriadão no Rio de Janeiro, o Guns N’Roses apagou, enfim, a má impressão que vinha deixando em suas últimas aparições por aqui. E dessa vez nem a chuva de novembro, mesmo evocada em um de seus clássicos, deu as caras no Engenhão. E olha que a relação Guns-Brasil-temporal vem de longa data.

Foto - Katarina Benzova
Slash e Duff

Desta vez nada atrapalhou. Até o atraso foi curto. Apenas 15 minutos após o horário marcado, os revólveres que se sobrepõem ao logo da turnê mostrado nos telões começaram a atirar esporadicamente, antecedendo um trecho do tema de Looney Tunes. Sem nenhuma pirotecnia e ainda na penumbra, a banda assume seu posto ao som de The Equalizer, tema do filme “O Protetor” estrelado por Denzel Washington. Coube à dupla-pedrada It’s so Easy e Mr. Brownstone, ambas do álbum de estreia Appetite for Destruction, abrir a noite. Mais magro, se movimentando facilmente pelo palco sem se mostrar ofegante e com a voz limpa, a imagem de Axl, repaginada, reflete um maior comprometimento com sua profissão. Obviamente, a dificuldade em alcançar notas apareceu em algumas canções, fato natural com o passar do tempo, mas ainda assim o cantor safou-se.

Reconciliados, pelo menos aparentemente, após 20 anos, Slash, Axl e Duff pouco interagiram no palco. O guitarrista preferiu caminhar bastante pelas passarelas laterais enquanto o baixista e o cantor se revezavam na parte central. Naturalmente, os clássicos foram os grandes momentos da noite. Pouca coisa mudou no setlist que vem sendo executado em toda a turnê. Apenas a inclusão de Out Ta Get Me, que ainda não havia sido tocada no Brasil e de Yesterdays, que só tinha sido executada duas vezes nessa turnê, na Cidade do México e outra em Los Angeles. Nas duas canções que variam de noite para noite, a banda escolheu Attitude – cover do Misfits – e Don’t Cry, deixando de lado New Rose – cover do The Damned – e Patience.

Citações a Floyd e Clapton

Foto - Katarina Benzova
Axl versão 2016

Historicamente afeitos a releituras de canções de outros artistas, a banda incluiu diversas citações nas introduções ou no meio das músicas, indo além das batidas Knockin’ on Heaven’s Door, Live and Let Die e Speak Softly Love (tema  de “O Poderoso Chefão”). O melhor destes momentos foi o duelo entre Slash e Richard Fortus em Wish Your Here – do Pink Floyd – seguido pela fantástica parte final de Layla – Ave, Tio Clapton! – com Axl no piano, pronto pra entrar na bela November Rain. O único deslize da noite ficou por conta de alguns solos longos demais, principalmente nos finais de algumas músicas. O recurso parece ter sido utilizado propositalmente para Axl ter tempo de sair do palco, trocar de roupa e, principalmente, dar uma respirada. Em certos momentos gerou uma boa esfriada no público.

Após 2h40min no palco, Paradise City, como quase sempre, fechou a noite, unificou opiniões e nos fez acreditar que, pelo menos enquanto a paz permanecer entre Axl e Slash, o Guns se manterá vivo.

Setlist

  1. It’s So Easy
  2. Mr. Brownstone
  3. Chinese Democracy
  4. Welcome to the Jungle
  5. Double Talkin’ Jive
  6. Better
  7. Estranged
  8. Live and Let Die
  9.  Rocket Queen
  10. Out Ta Get Me
  11. You Could Be Mine
  12. Attitude (Misfits)
  13. This I Love
  14. Civil War
  15. Coma
  16. Speak Softly Love (Nino Rota)
  17. Sweet Child O’ Mine
  18. Yesterdays
  19. Wish You Were Here (Pink Floyd) / Layla (Eric Clapton)
  20. November Rain
  21. Knockin’ on Heaven’s Door (Bob Dylan)
  22. Nightrain
  23. Don’t Cry
  24. The Seeker (The Who)
  25. Paradise City

Alvíssaras! Enfim, o Guns N’Roses provou que ainda é capaz de produzir entretenimento em alto nível. E que me perdoem os fãs que andaram se estranhando durante o tempo em que a banda esteve rachada, mas não há Guns sem Axl e Slash juntos. Além de sua imagem marcante no palco, os timbres médios do rapaz da cartola são a identidade, o CPF, a carteira de motorista e o certificado de reservista da banda. Sem ele, o Guns é uma imitação de si mesmo.

Sem atraso, sem chuva

No show que fechou o feriadão no Rio de Janeiro, o Guns N’Roses apagou, enfim, a má impressão que vinha deixando em suas últimas aparições por aqui. E dessa vez nem a chuva de novembro, mesmo evocada em um de seus clássicos, deu as caras no Engenhão. E olha que a relação Guns-Brasil-temporal vem de longa data.

Foto - Katarina Benzova
Slash e Duff

Desta vez nada atrapalhou. Até o atraso foi curto. Apenas 15 minutos após o horário marcado, os revólveres que se sobrepõem ao logo da turnê mostrado nos telões começaram a atirar esporadicamente, antecedendo um trecho do tema de Looney Tunes. Sem nenhuma pirotecnia e ainda na penumbra, a banda assume seu posto ao som de The Equalizer, tema do filme “O Protetor” estrelado por Denzel Washington. Coube à dupla-pedrada It’s so Easy e Mr. Brownstone, ambas do álbum de estreia Appetite for Destruction, abrir a noite. Mais magro, se movimentando facilmente pelo palco sem se mostrar ofegante e com a voz limpa, a imagem de Axl, repaginada, reflete um maior comprometimento com sua profissão. Obviamente, a dificuldade em alcançar notas apareceu em algumas canções, fato natural com o passar do tempo, mas ainda assim o cantor safou-se.

Reconciliados, pelo menos aparentemente, após 20 anos, Slash, Axl e Duff pouco interagiram no palco. O guitarrista preferiu caminhar bastante pelas passarelas laterais enquanto o baixista e o cantor se revezavam na parte central. Naturalmente, os clássicos foram os grandes momentos da noite. Pouca coisa mudou no setlist que vem sendo executado em toda a turnê. Apenas a inclusão de Out Ta Get Me, que ainda não havia sido tocada no Brasil e de Yesterdays, que só tinha sido executada duas vezes nessa turnê, na Cidade do México e outra em Los Angeles. Nas duas canções que variam de noite para noite, a banda escolheu Attitude – cover do Misfits – e Don’t Cry, deixando de lado New Rose – cover do The Damned – e Patience.

Citações a Floyd e Clapton

Foto - Katarina Benzova
Axl versão 2016

Historicamente afeitos a releituras de canções de outros artistas, a banda incluiu diversas citações nas introduções ou no meio das músicas, indo além das batidas Knockin’ on Heaven’s Door, Live and Let Die e Speak Softly Love (tema  de “O Poderoso Chefão”). O melhor destes momentos foi o duelo entre Slash e Richard Fortus em Wish Your Here – do Pink Floyd – seguido pela fantástica parte final de Layla – Ave, Tio Clapton! – com Axl no piano, pronto pra entrar na bela November Rain. O único deslize da noite ficou por conta de alguns solos longos demais, principalmente nos finais de algumas músicas. O recurso parece ter sido utilizado propositalmente para Axl ter tempo de sair do palco, trocar de roupa e, principalmente, dar uma respirada. Em certos momentos gerou uma boa esfriada no público.

Após 2h40min no palco, Paradise City, como quase sempre, fechou a noite, unificou opiniões e nos fez acreditar que, pelo menos enquanto a paz permanecer entre Axl e Slash, o Guns se manterá vivo.

Setlist

  1. It’s So Easy
  2. Mr. Brownstone
  3. Chinese Democracy
  4. Welcome to the Jungle
  5. Double Talkin’ Jive
  6. Better
  7. Estranged
  8. Live and Let Die
  9.  Rocket Queen
  10. Out Ta Get Me
  11. You Could Be Mine
  12. Attitude (Misfits)
  13. This I Love
  14. Civil War
  15. Coma
  16. Speak Softly Love (Nino Rota)
  17. Sweet Child O’ Mine
  18. Yesterdays
  19. Wish You Were Here (Pink Floyd) / Layla (Eric Clapton)
  20. November Rain
  21. Knockin’ on Heaven’s Door (Bob Dylan)
  22. Nightrain
  23. Don’t Cry
  24. The Seeker (The Who)
  25. Paradise City

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