Por Leonardo Jorge 25 anos. Incrível como parece que foi ontem e como já faz tanto tempo. Poderia ser apenas mais um domingo qualquer. Mas aquele 24 de novembro de 1991 estava destinado a ser um eterno dia de luto para a música. Calou-se uma das maiores vozes que o planeta já pode ouvir. Vítima […]
POR Claudio Francioni26/11/2016|3 min de leitura
Por Leonardo Jorge
25 anos. Incrível como parece que foi ontem e como já faz tanto tempo.
Poderia ser apenas mais um domingo qualquer. Mas aquele 24 de novembro de 1991 estava destinado a ser um eterno dia de luto para a música. Calou-se uma das maiores vozes que o planeta já pode ouvir. Vítima de complicações relacionadas à AIDS, Freddie Mercury nos deixava. E no aniversário de 25 anos de sua morte, uma palavra me vem à cabeça de maneira insistente toda vez que penso em seu legado: “Incrível”.
Não importa quantas vezes assistamos às suas performances: até hoje é incrível como ele é capaz de nos impressionar e emocionar como pouquíssimos. É incrível como sua possante e versátil voz, que flutuava do barítono ao quase soprano (comum para as mulheres), lhe permitia ser perfeito cantando qualquer estilo, do hard rock ao pop funk, passando até pela ópera.
Incrível era sua habilidade com instrumentos como violão, guitarra e especialmente o piano, que sempre soou tão característico em suas principais canções. Alguém consegue imaginar “Bohemian Rhapsody” ou “Don’t Stop Me Now” sem suas introduções?
Incrível era sua capacidade de cativar multidões, não importa quão longínquo era o destino de seu show. Freddie, do alto de seus 1,77m, se agigantava a dimensões estratosféricas no palco. A sensação de assisti-lo ao vivo era quase que uma experiência religiosa. E essa ideia se reforçava ainda mais quando convidava seu fieis súditos a acompanha-lo em solfejos, refrães e coreografias. Pergunte a qualquer amigo ou parente que teve o privilégio de vê-lo no Rock In Rio de 1985.
Incrível como, mesmo depois de tanto tempo, ainda permanece relevante e influente. Artistas dos mais variados estilos citam Mercury como definitivo na concepção de suas carreiras. Lady Gaga admitiu que seu nome artístico é oriundo da canção “Radio Ga Ga” e a teatralidade de Freddie ajudou inclusive a compor sua “persona”. Slash, guitarrista do Guns N Roses, citou em sua biografia que a insistência de Axl Rose em pianos e teclados era mais uma tentativa do problemático lead singer americano de se aproximar de seu ídolo.
Comparações inevitáveis
Incrível como tantos tentaram preencher a vaga de Freddie Mercury no Queen. Não importa se em tributos ou em apresentações recentes da banda, simplesmente a comparação é inevitável. E não importa quão bem possam se sair seus substitutos. No final das contas, todos sabem o quão Freddie é inalcançável. E essa admiração que beira quase à devoção é comum a todos que já empunharam o microfone tendo Brian May, John Deacon e Roger Taylor a seu redor.
Tantos e tantos outros argumentos que poderia listar aqui ajudam a corroborar minha tese a cada um deles a palavra “Incrível” volta cada vez mais persistente.Procurando nos dicionários, vi que a definição mais comum do verbete é: “algo que não se pode crer”. Mas já que pudemos testemunhar por incontáveis vezes tudo aquilo que fez dele uma verdadeira lenda viva, creio que “extraordinário”, a segunda definição mais utilizada, seja mais apropriada para Freddie Mercury. E isso é algo muito fácil de acreditar.
Queen – “It’s a Hard Life”
Por Leonardo Jorge
25 anos. Incrível como parece que foi ontem e como já faz tanto tempo.
Poderia ser apenas mais um domingo qualquer. Mas aquele 24 de novembro de 1991 estava destinado a ser um eterno dia de luto para a música. Calou-se uma das maiores vozes que o planeta já pode ouvir. Vítima de complicações relacionadas à AIDS, Freddie Mercury nos deixava. E no aniversário de 25 anos de sua morte, uma palavra me vem à cabeça de maneira insistente toda vez que penso em seu legado: “Incrível”.
Não importa quantas vezes assistamos às suas performances: até hoje é incrível como ele é capaz de nos impressionar e emocionar como pouquíssimos. É incrível como sua possante e versátil voz, que flutuava do barítono ao quase soprano (comum para as mulheres), lhe permitia ser perfeito cantando qualquer estilo, do hard rock ao pop funk, passando até pela ópera.
Incrível era sua habilidade com instrumentos como violão, guitarra e especialmente o piano, que sempre soou tão característico em suas principais canções. Alguém consegue imaginar “Bohemian Rhapsody” ou “Don’t Stop Me Now” sem suas introduções?
Incrível era sua capacidade de cativar multidões, não importa quão longínquo era o destino de seu show. Freddie, do alto de seus 1,77m, se agigantava a dimensões estratosféricas no palco. A sensação de assisti-lo ao vivo era quase que uma experiência religiosa. E essa ideia se reforçava ainda mais quando convidava seu fieis súditos a acompanha-lo em solfejos, refrães e coreografias. Pergunte a qualquer amigo ou parente que teve o privilégio de vê-lo no Rock In Rio de 1985.
Incrível como, mesmo depois de tanto tempo, ainda permanece relevante e influente. Artistas dos mais variados estilos citam Mercury como definitivo na concepção de suas carreiras. Lady Gaga admitiu que seu nome artístico é oriundo da canção “Radio Ga Ga” e a teatralidade de Freddie ajudou inclusive a compor sua “persona”. Slash, guitarrista do Guns N Roses, citou em sua biografia que a insistência de Axl Rose em pianos e teclados era mais uma tentativa do problemático lead singer americano de se aproximar de seu ídolo.
Comparações inevitáveis
Incrível como tantos tentaram preencher a vaga de Freddie Mercury no Queen. Não importa se em tributos ou em apresentações recentes da banda, simplesmente a comparação é inevitável. E não importa quão bem possam se sair seus substitutos. No final das contas, todos sabem o quão Freddie é inalcançável. E essa admiração que beira quase à devoção é comum a todos que já empunharam o microfone tendo Brian May, John Deacon e Roger Taylor a seu redor.
Tantos e tantos outros argumentos que poderia listar aqui ajudam a corroborar minha tese a cada um deles a palavra “Incrível” volta cada vez mais persistente.Procurando nos dicionários, vi que a definição mais comum do verbete é: “algo que não se pode crer”. Mas já que pudemos testemunhar por incontáveis vezes tudo aquilo que fez dele uma verdadeira lenda viva, creio que “extraordinário”, a segunda definição mais utilizada, seja mais apropriada para Freddie Mercury. E isso é algo muito fácil de acreditar.