Uma surpresa para os cinéfilos de todo o mundo. A musa do cinema francês Isabelle Adjani anunciou que vai voltar a se dedicar à carreira de cantora. Junto com o anúncio ela disponibilizou uma faixa do novo álbum que será lançado dia 10 de novembro: a canção “Les Courents d´air”, em dueto com o músico […]
POR Waldir Leite14/07/2023|4 min de leitura
Uma surpresa para os cinéfilos de todo o mundo. A musa do cinema francês Isabelle Adjani anunciou que vai voltar a se dedicar à carreira de cantora. Junto com o anúncio ela disponibilizou uma faixa do novo álbum que será lançado dia 10 de novembro: a canção “Les Courents d´air”, em dueto com o músico Gaetan Roussel. O álbum, batizado de “Adjani Bande Originale”, é todo feito de duetos com grandes nomes da música. Resultado de um trabalho que parece ter sido meticuloso. Durante mais de uma década Adjani gravou com seus artistas favoritos, que incluem nomes como Seal, Peter Murphy, Etienne Daho, Youssou N´Dour, Alex Beaupain, Elvis Costello e Simon LeBon, vocalista do Duran Duran. O CD terá faixas inclusive com artistas já falecidos como Phillipe Pascal, que foi vocalista do grupo Marques de Sade e o cantor Christophe, que fez sucesso nos anos de 1960 com a música Aline.
A diva retoma a carreira de cantora quarenta anos depois do lançamento do seu primeiro e único CD. Em 1983 (mesmo ano em que Madonna apresentou o primeiro disco) ela surpreendeu seu público ao lançar um álbum inteiramente produzido por Serge Gainsbourg, o talentoso músico e produtor que marcou época com “Je t´aime moi non plus”, grande sucesso da música francesa desde 1968. Recheado de ótimas canções, a parceria de Adjani com o polêmico e irreverente Gainsbourg recebeu boas críticas e foi bem aceito pelo público, num período em que a atriz fez filmes impactantes e modernos como Ronda Mortal, de Claude Miller, Verão Assassino, de Jean Becker e Subway, de Luc Besson. O álbum acertou no alvo ao mergulhar no espírito da época e mirar na cultura pop do seu tempo. Canções que soavam perfeitas para a perplexidade existencial dos anos oitenta como “Je t´aime idiot”, “Le Bonheur c´est malheureux” e “Beau oui comme Bowie”, uma inesperada homenagem a David Bowie. E pelo menos uma das faixas, “Pull Marine”, fez bonito nas paradas de sucesso e se tornou um clássico da chanson française. A canção ganhou até espaço na MTV em um videoclipe dirigido por Luc Besson.
Com mais de cinqüenta anos de bons serviços prestados a indústria do cinema, Isabelle Adjani é um fenômeno de beleza, talento e personalidade. Recentemente ela brindou o público com duas magníficas atuações nos filmes Peter Von Kant, de François Ozon e A Farsa de Nicolas Bedos. E também na minissérie Diane de Poitiers, onde interpretou a condessa que foi amante de Henrique II, uma produção requintada exibida com sucesso no canal TV5. Em cada papel nada menos que uma presença marcante. Isso acontece desde que, em 1975, François Truffaut a escolheu para interpretar a protagonista de “A história de Adéle H’, que conta a trágica história da filha do poeta Victor Hugo. A performance arrebatadora valeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz, fato que se repetiu em 1990 quando recebeu uma nova indicação por sua atuação em Camille Claudel, biografia da escultora que foi o grande amor de Rodin.
Seu repertório de filmes inclui clássicos indiscutíveis: “O inquilino”, de Roman Polanski; Nosferatu, de Werner Herzog; The driver, de Walter Hill; Antonietta, de Carlos Saura; Barroco, de André Techiné, As diabólicas, de Jeremiah Chechnick; Possessão, de Andrzej Zulawwski; Rainha Margô, de Patrice Chereau; e Quarteto, de James Ivory, com o qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.
Entre um álbum e outro a estrela manteve uma vida pessoal reservada, mas sua relação com a mídia nem sempre foi amigável. Os paparazzis e a imprensa dedicada a celebridades buscavam notícias que nem sempre a diva estava disposta a dar. Adjani foi casada com Bruno Nuyten, diretor de Camille Claudel, com quem teve seu primeiro filho, Barnabé. Seu segundo filho, Gabriel, é fruto de um tempestuoso relacionamento com o ator Daniel Day-Lewis. Também teve um romance com o músico Jean-Michel Jarre, filho de Maurice Jarre, o maestro que compôs a trilha de filmes lendários como Doutor Jivago.
Waldir Leite é jornalista e filósofo existencialista graduado pela UFRJ. Gosta da vida e dos filmes de Woody Allen. Escreve contos e romances. Vai a praia sempre que pode. E sofre muito por não poder acabar com a guerra, a fome e a miséria.
Uma surpresa para os cinéfilos de todo o mundo. A musa do cinema francês Isabelle Adjani anunciou que vai voltar a se dedicar à carreira de cantora. Junto com o anúncio ela disponibilizou uma faixa do novo álbum que será lançado dia 10 de novembro: a canção “Les Courents d´air”, em dueto com o músico Gaetan Roussel. O álbum, batizado de “Adjani Bande Originale”, é todo feito de duetos com grandes nomes da música. Resultado de um trabalho que parece ter sido meticuloso. Durante mais de uma década Adjani gravou com seus artistas favoritos, que incluem nomes como Seal, Peter Murphy, Etienne Daho, Youssou N´Dour, Alex Beaupain, Elvis Costello e Simon LeBon, vocalista do Duran Duran. O CD terá faixas inclusive com artistas já falecidos como Phillipe Pascal, que foi vocalista do grupo Marques de Sade e o cantor Christophe, que fez sucesso nos anos de 1960 com a música Aline.
A diva retoma a carreira de cantora quarenta anos depois do lançamento do seu primeiro e único CD. Em 1983 (mesmo ano em que Madonna apresentou o primeiro disco) ela surpreendeu seu público ao lançar um álbum inteiramente produzido por Serge Gainsbourg, o talentoso músico e produtor que marcou época com “Je t´aime moi non plus”, grande sucesso da música francesa desde 1968. Recheado de ótimas canções, a parceria de Adjani com o polêmico e irreverente Gainsbourg recebeu boas críticas e foi bem aceito pelo público, num período em que a atriz fez filmes impactantes e modernos como Ronda Mortal, de Claude Miller, Verão Assassino, de Jean Becker e Subway, de Luc Besson. O álbum acertou no alvo ao mergulhar no espírito da época e mirar na cultura pop do seu tempo. Canções que soavam perfeitas para a perplexidade existencial dos anos oitenta como “Je t´aime idiot”, “Le Bonheur c´est malheureux” e “Beau oui comme Bowie”, uma inesperada homenagem a David Bowie. E pelo menos uma das faixas, “Pull Marine”, fez bonito nas paradas de sucesso e se tornou um clássico da chanson française. A canção ganhou até espaço na MTV em um videoclipe dirigido por Luc Besson.
Com mais de cinqüenta anos de bons serviços prestados a indústria do cinema, Isabelle Adjani é um fenômeno de beleza, talento e personalidade. Recentemente ela brindou o público com duas magníficas atuações nos filmes Peter Von Kant, de François Ozon e A Farsa de Nicolas Bedos. E também na minissérie Diane de Poitiers, onde interpretou a condessa que foi amante de Henrique II, uma produção requintada exibida com sucesso no canal TV5. Em cada papel nada menos que uma presença marcante. Isso acontece desde que, em 1975, François Truffaut a escolheu para interpretar a protagonista de “A história de Adéle H’, que conta a trágica história da filha do poeta Victor Hugo. A performance arrebatadora valeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz, fato que se repetiu em 1990 quando recebeu uma nova indicação por sua atuação em Camille Claudel, biografia da escultora que foi o grande amor de Rodin.
Seu repertório de filmes inclui clássicos indiscutíveis: “O inquilino”, de Roman Polanski; Nosferatu, de Werner Herzog; The driver, de Walter Hill; Antonietta, de Carlos Saura; Barroco, de André Techiné, As diabólicas, de Jeremiah Chechnick; Possessão, de Andrzej Zulawwski; Rainha Margô, de Patrice Chereau; e Quarteto, de James Ivory, com o qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.
Entre um álbum e outro a estrela manteve uma vida pessoal reservada, mas sua relação com a mídia nem sempre foi amigável. Os paparazzis e a imprensa dedicada a celebridades buscavam notícias que nem sempre a diva estava disposta a dar. Adjani foi casada com Bruno Nuyten, diretor de Camille Claudel, com quem teve seu primeiro filho, Barnabé. Seu segundo filho, Gabriel, é fruto de um tempestuoso relacionamento com o ator Daniel Day-Lewis. Também teve um romance com o músico Jean-Michel Jarre, filho de Maurice Jarre, o maestro que compôs a trilha de filmes lendários como Doutor Jivago.
Waldir Leite é jornalista e filósofo existencialista graduado pela UFRJ. Gosta da vida e dos filmes de Woody Allen. Escreve contos e romances. Vai a praia sempre que pode. E sofre muito por não poder acabar com a guerra, a fome e a miséria.