O Brasil é um país sem memória. Esta afirmação é tão popular quanto: “Brasil, país do futuro”. Ambas fazem sentido, embora equivocadamente tratadas como definitivas elas sejam apenas uma maneira de dizer que o nosso povo é desatento com o passado e o presente, porque acreditamos piamente que nosso lugar de destaque está assegurado no futuro. Inocência.
Remexendo meus arquivos pessoais, me deparei com uma entrevista feita, ao vivo, em 2007, nos meus tempos de âncora de rádio, com o então poderoso presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (PMDB). O mais curioso é que, nesta entrevista, Picciani desenha o quadro político em que Sérgio Cabral, então governador, e Rosinha e Anthony Garotinho, ex-governadores, eram estrelas da companhia da política fluminense. O presidente da Alerj exalta os feitos do seu grupo político em “benefício” do estado.
Dez anos depois, Picciani, Cabral, Rosinha e Garotinho continuam com os holofotes contra si, só que além da ribalta designada ao “político”, eles foram escalados para serem protagonistas de casos de “polícia”.
Eu começo a entrevista pedindo uma nota para os primeiros 30 dias de Sérgio Cabral no Palácio Guanabara e sobre críticas que alguns auxiliares do novo governador fizeram aos antecessores. Ouça a entrevista completa e tire suas conclusões: