Sangramento na medula espinhal. Pedro Marques (24), viveu uma transformação radical em sua vida após perder, em questão de segundos, os movimentos do pescoço para baixo. Até o dia 14 de abril, o estudante de administração considerava ter uma saúde perfeita. Ele começou a sentir dores na nuca, que em poucos dias evoluíram para uma paralisia total.
Pedro foi diagnosticado com um raro sangramento espontâneo na medula, de causa desconhecida, que o levou à paralisia, cirurgia de emergência e 105 dias de internação, incluindo um período em coma. Ele enfrentou complicações graves, como falência do diafragma e traqueostomia, mas superou desafios significativos.
Apesar do diagnóstico assustador e da raridade do quadro, Pedro iniciou uma reabilitação intensiva. Em três meses, alcançou progressos que estavam previstos para seis, incluindo a retirada da traqueostomia e o fim da dependência de aparelhos para respirar.
Hoje, Pedro está focado na recuperação dos movimentos dos membros e planeja viajar pelo Brasil para acessar centros de reabilitação de referência, como o Instituto Lucy Montoro, em São Paulo. “Tenho sensibilidade nos membros, o que me dá esperança de retomar movimentos com o tratamento certo”, afirma.
O caso de Pedro evidencia os desafios das hemorragias medulares, raras e de causas difíceis de identificar, reforçando a importância da reabilitação precoce. O jovem, natural de Ourinhos (SP), vive em Maringá (PR) e conta com o apoio dos pais e da namorada para superar as limitações impostas pela paralisia. Pedro encara o futuro com otimismo. “Minha vida mudou completamente, mas sigo tentando recuperar o que for possível”, concluiu.