A atriz Christina Rodrigues morreu nesta quinta-feira (17), aos 47 anos. Desde segunda-feira, ela estava internada na enfermaria da UPA da Tijuca com complicações da Covid-19.

Segundo entrevista de Rafael Santos, amigo da atriz, ao jornal “Folha de São Paulo”, a atriz era diabética e estava aguardando por uma vaga no Centro de Terapia Intensiva (CTI) desde segunda-feira (14).

“Se ela não obtiver uma vaga de CTI logo, vai morrer, pois tem indicação médica para FTI desde a madrugada de segunda para terça. Até ontem à tarde, estava em um banquinho na sala de espera”, contou o amigo.

Em uma das últimas mensagens que ele trocou com a amiga pelo Whatsapp, ela falou que estava com dificuldade para respirar e que já não iria atender telefonemas porque sentia muito cansaço: “Ainda não saiu resultado para Covid, mas não consigo respirar sem oxigênio. O que consegui foi uma vaga na enfermaria”.

Questionada sobre a espera de Christina pela vaga do CTI, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde RJ divulgou o seguinte comunicado: “A Central Estadual de Regulação (CER) informa que realiza busca ativa pelo leito que atenda as necessidades clínicas da paciente Christina Maria Rodrigues Teixeira. Somente nesta quarta-feira (16/12) ficou constatada a necessidade de um leito de UTI. Fatores dinâmicos como disponibilidade de leitos e quadro clínico dos pacientes impedem que seja determinada a previsão da transferência”.

Conhecida por atuar em quadros do “Zorra” e participações em novelas como “Malhação Sonhos” e “Beleza Pura” na Rede Globo, Christina não era casada e não tinha filhos.

O Rio de Janeiro tem fila de quase 500 pessoas por leitos de Covid-19 e médicos sem salário, segundo reportagem publicada pelo jornal “Folha de São Paulo” no início de dezembro. A fila chegou a 491 pessoas na rede pública no dia 8 de dezembro, sendo que 251 delas precisavam de terapia intensiva. Um mês antes, esses números eram de 76 e 30, respectivamente.

Segundo dados divulgados na quarta-feira (16), pela Prefeitura do Rio, a taxa de ocupação de leitos de UTI no município para Covid-19 na rede SUS (que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais) é de 89%. E a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 83%.