A professora da PUC/RJ e jornalista Patrícia Maurício discute o melhor padrão de TV digital para o país.
POR Redação SRzd27/06/2006|4 min de leitura
A professora da PUC/RJ e jornalista Patrícia Maurício discute o melhor padrão de TV digital para o país.
POR Redação SRzd27/06/2006|4 min de leitura
Na Tela: TV digital
Telespectadores, abram o olho! Lula está prestes a assinar a escolha do padrão de TV digital do país. Se isso não for mais um alarme falso, como tantos acionados pelo nosso ministro das Comunicações e porta-voz das emissoras de TV, Hélio Costa. Por várias vezes o ministro anunciou que o modelo japonês tinha sido escolhido pelo governo, que o Lula ia assinar dali a poucos dias etc, e nada aconteceu. Mas o que muda para o telespectador se for escolhido um modelo ou o outro? Por que vem acontecendo dentro do governo uma disputa envolvendo também Casa Civil e Ministério da Cultura sobre esse tal de modelo?
Para quem não acompanhou a história (aliás, para quem mora no Rio fica difícil mesmo, já que nossos principais meios de comunicação estão fechados com a escolha do modelo japonês), existiam três modelos na briga pelo nosso mercado: o dos americanos (que no governo FH chegaram a fazer muita pressão, dizendo que iam sobretaxar o nosso aço e a nossa laranja caso não os escolhêssemos), o dos japoneses e o dos europeus.
O governo FH empurrou a escolha do modelo com a barriga (fez certo, porque não há motivo para correria neste assunto, tem que ser bem pensado). Lula, quando entrou, espanou o lobby americano e disse que estudaríamos um modelo nacional para depois ver se preferíamos um dos três ou o nosso próprio.
Tudo correu muito bem com os estudos do modelo brasileiro, feito por universidades e instituições de pesquisa de todo o país. Quando o modelo estava quase pronto, no segundo semestre de 2005, entra Hélio Costa no Ministério das Comunicações e anuncia que fecharíamos com o modelo japonês.
Os pesquisadores mal podiam acreditar. Mas, como se viu que o governo não tinha realmente decidido, continuaram o trabalho, que ficou pronto em fevereiro deste ano. O modelo brasileiro é competitivo, não vai fazer o país ficar de fora tecnologicamente (pelo contrário, inclui o Brasil entre os detentores da tecnologia!) e podemos vendê-lo para outros países. Permite interatividade (marcar consulta no SUS, por exemplo) e, do mesmo modo que é feito na Europa, multiplica por quatro os canais da TV aberta (comum).
Como a digitalização comprime os dados, no mesmo espaço de freqüência em que hoje dá para mandar um canal, podem ser enviados quatro na TV digital. Em vez dos atuais sete canais (Globo, Bandeirantes etc) poderíamos ter 28, com uma definição de imagem um pouco melhor que a atual e sem fantasmas ‘ na TV digital, ou a imagem é muito boa ou não há imagem.
É o que o governo Lula inicialmente queria para a TV digital brasileira: mais canais, mais democratização da informação. Enquanto isso, no Japão, o espaço continua sendo usado para mandar um único canal, só que em alta definição (parecido com cinema). Ou seja, usam todo o espaço em que caberiam mais imagens e sons para mandar uma única imagem e som com maior qualidade (no Japão, quem desejar mais canais tem dinheiro para pagar o sinal de uma TV por assinatura).
É isso que as emissoras brasileiras querem: manter o mesmo número de canais, evitando o aumento da concorrência, que reduziria a fatia ganha em publicidade – seria mais gente a dividir o bolo dos anúncios. E, para quem é dono de canais por assinatura, imagina o que seria termos 28 canais na tv aberta, sem precisar pagar nada por isso, com imagem sem fantasmas? Perda de assinantes…
Deu para entender a história? Vamos voltar, em outra oportunidade, a falar sobre a quantas anda o processo de escolha do sistema para TV digital. Dúvidas, escrevam nos comentários desta coluna ou, se estiver no Rio, venham assistir ao debate com bambas do tema no Sindicato dos Jornalistas, na próxima segunda-feira, às 19h (Rua Evaristo da Veiga 16/17º, Centro do Rio). Todos estão convidados.
Patrícia Maurício é jornalista
Na Tela: TV digital
Telespectadores, abram o olho! Lula está prestes a assinar a escolha do padrão de TV digital do país. Se isso não for mais um alarme falso, como tantos acionados pelo nosso ministro das Comunicações e porta-voz das emissoras de TV, Hélio Costa. Por várias vezes o ministro anunciou que o modelo japonês tinha sido escolhido pelo governo, que o Lula ia assinar dali a poucos dias etc, e nada aconteceu. Mas o que muda para o telespectador se for escolhido um modelo ou o outro? Por que vem acontecendo dentro do governo uma disputa envolvendo também Casa Civil e Ministério da Cultura sobre esse tal de modelo?
Para quem não acompanhou a história (aliás, para quem mora no Rio fica difícil mesmo, já que nossos principais meios de comunicação estão fechados com a escolha do modelo japonês), existiam três modelos na briga pelo nosso mercado: o dos americanos (que no governo FH chegaram a fazer muita pressão, dizendo que iam sobretaxar o nosso aço e a nossa laranja caso não os escolhêssemos), o dos japoneses e o dos europeus.
O governo FH empurrou a escolha do modelo com a barriga (fez certo, porque não há motivo para correria neste assunto, tem que ser bem pensado). Lula, quando entrou, espanou o lobby americano e disse que estudaríamos um modelo nacional para depois ver se preferíamos um dos três ou o nosso próprio.
Tudo correu muito bem com os estudos do modelo brasileiro, feito por universidades e instituições de pesquisa de todo o país. Quando o modelo estava quase pronto, no segundo semestre de 2005, entra Hélio Costa no Ministério das Comunicações e anuncia que fecharíamos com o modelo japonês.
Os pesquisadores mal podiam acreditar. Mas, como se viu que o governo não tinha realmente decidido, continuaram o trabalho, que ficou pronto em fevereiro deste ano. O modelo brasileiro é competitivo, não vai fazer o país ficar de fora tecnologicamente (pelo contrário, inclui o Brasil entre os detentores da tecnologia!) e podemos vendê-lo para outros países. Permite interatividade (marcar consulta no SUS, por exemplo) e, do mesmo modo que é feito na Europa, multiplica por quatro os canais da TV aberta (comum).
Como a digitalização comprime os dados, no mesmo espaço de freqüência em que hoje dá para mandar um canal, podem ser enviados quatro na TV digital. Em vez dos atuais sete canais (Globo, Bandeirantes etc) poderíamos ter 28, com uma definição de imagem um pouco melhor que a atual e sem fantasmas ‘ na TV digital, ou a imagem é muito boa ou não há imagem.
É o que o governo Lula inicialmente queria para a TV digital brasileira: mais canais, mais democratização da informação. Enquanto isso, no Japão, o espaço continua sendo usado para mandar um único canal, só que em alta definição (parecido com cinema). Ou seja, usam todo o espaço em que caberiam mais imagens e sons para mandar uma única imagem e som com maior qualidade (no Japão, quem desejar mais canais tem dinheiro para pagar o sinal de uma TV por assinatura).
É isso que as emissoras brasileiras querem: manter o mesmo número de canais, evitando o aumento da concorrência, que reduziria a fatia ganha em publicidade – seria mais gente a dividir o bolo dos anúncios. E, para quem é dono de canais por assinatura, imagina o que seria termos 28 canais na tv aberta, sem precisar pagar nada por isso, com imagem sem fantasmas? Perda de assinantes…
Deu para entender a história? Vamos voltar, em outra oportunidade, a falar sobre a quantas anda o processo de escolha do sistema para TV digital. Dúvidas, escrevam nos comentários desta coluna ou, se estiver no Rio, venham assistir ao debate com bambas do tema no Sindicato dos Jornalistas, na próxima segunda-feira, às 19h (Rua Evaristo da Veiga 16/17º, Centro do Rio). Todos estão convidados.
Patrícia Maurício é jornalista
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