Cesta Básica: Os melhores discos de Lulu Santos

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Se tivermos que fazer uma lista com os grandes nomes da história da Música Popular Brasileira, sem dúvidas, o de Lulu Santos estaria nela. Ícone do Rock Brasil, Lulu iniciou a sua carreira artística em bandas voltadas para um som progressivo, como o Veludo Elétrico e o Vímana. Mas o negócio do músico carioca era […]

POR Luiz Felipe Carneiro18/11/2009|9 min de leitura

Cesta Básica: Os melhores discos de Lulu Santos

Lulu Santos. Foto: Reprodução/Youtube

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Se tivermos que fazer uma lista com os grandes nomes da história da Música Popular Brasileira, sem dúvidas, o de Lulu Santos estaria nela. Ícone do Rock Brasil, Lulu iniciou a sua carreira artística em bandas voltadas para um som progressivo, como o Veludo Elétrico e o Vímana. Mas o negócio do músico carioca era mesmo pop-rock.

Assim, em 1981, assinou contrato com a gravadora WEA e, ao lado de Nelson Motta, compôs, no dia da morte de John Lennon, a canção “Tesouros da Juventude”, que era o tema de abertura do programa “Mocidade Independente”, exibido pela Rede Globo. Depois disso, em 1982, Lulu Santos lançou “Tempos Modernos”, o seu primeiro álbum, no qual já mostrava a sua veia de “hitmaker”, em canções como a faixa-título, “Tudo Com Você” e “De Repente Califórnia”. Depois disso, foi só continuar a escrever os seus hits instantâneos, que vieram à tona em álbuns importantes como “O Ritmo do Momento” (1983) e “Tudo Azul” (1984).

Em “Normal”, lançado em 1985, o guitarrista carioca incorporou uma sonoridade mais roqueira. Até hoje (2009), Lulu Santos já lançou 21 álbuns repletos de hits e sonoridades diferentes, seja a dance (“Eu e Memê, Memê e Eu”, de 1995), o techno que tanto sucesso fez na segunda metade dos anos 90 (“Liga Lá”, de 1997) ou até mesmo o seu retorno ao rock básico em “Calendário”, lançado em 1999. Afinal de contas, como diz uma música dele, “a vida vem em ondas como o mar…”.

Os 4+

“Tempos Modernos” (1982)

– O primeiro álbum de Lulu Santos, “Tempos Modernos”, foi lançado em 1982. Contando com a produção de Liminha, o disco já dava uma prévia da sonoridade típica de Lulu Santos. Canções puxadas para o pop-rock, com letras simples e eficientes e uma pletora de hits em potencial. As três primeiras faixas do álbum (“Tempos Modernos”, “Tudo Com Você” e “De Repente, Califórnia”), por exemplo, vinte e sete anos depois, são obrigatórias em qualquer show de Lulu Santos.

Além dos três sucessos, o álbum de estreia de Lulu se notabiliza por outras boas canções, como “Scarlet Moon” (feito para a sua então esposa), “Areias Escaldantes” (um rock rápido delicioso, composto em parceria com Nelson Motta) e “De Leve”, uma versão bem humorada composta por Rita Lee e Gilberto Gil (“Chuchu era um cara que pensava que era / Mas sabia que era não / Saiu de Pelotas, foi atrás da hera / Trepadeira de verão / De leve, de leve / De leve que é na contramão”), do clássico “Get Back”, de Lennon e McCartney. A reedição em CD de “Tempos Modernos”, lançada em 2001, ainda conta com “Tesouros da Juventude”, o tema de abertura de “Mocidade Independente”.

“Lulu” (1986)

– Após “Tempos Modernos”, Lulu Santos soltou mais dois álbuns no mesmo estilo. “O Ritmo do Momento” (1983) e “Tudo Azul” (1984) traziam mais alguns sucessos como “Adivinha o Quê”, “Um Certo Alguém”, “Como Uma Onda”, “Certas Coisas”, “Tudo Azul” e “Tão Bem”. Em 1985, Lulu Santos resolveu inovar, explorando uma sonoridade mais roqueira. “Normal” trazia boas canções como “Sincero” e “De Repente”.

Mesmo, de certa forma, incompreendido pelo seu público, Lulu Santos não abriu mão do que queria e insistiu no rock com o ótimo “Lulu”, que chegou às lojas em 1986. E o tempo diz que Lulu Santos fez a escolha mais acertada, tendo em vista que hits como “Casa”, “Condição” e “Um Pro Outro” (dedicada à sua relação com a plateia), até hoje, fazem parte do repertório de seus shows. “Minha Vida” (“Quando eu era pequeno / Eu achava a vida chata”) é outra que, 23 anos depois, ainda é uma das preferidas dos fãs. Em “Lulu”, o músico carioca apresentou uma de sua melhores bandas, formada por Leo Gandelman, Nico Rezende e Arthur Maia (que chega a cantar um trecho de “Condição”).

Uma curiosidade é que, ao invés de usar a tradicional divisão “lado A / lado B”, no qual o lado A contava com os sucessos em potencial, e o B com algo mais experimental, em “Lulu” existem os lados “esquerdo” e “direito”. Na verdade, conforme explicou na entrevista que fez para o lançamento do single “Casa”, Lulu não queria distinguir os lados. Na mesma entrevista, ele explicou que não vê uma mudança grande na sua sonoridade. “Acho esse disco naturalmente um prossiga do ‘Normal'”, disse. “Eu quero que o que a pessoa ouça seja bastante informativo, não só pelo teor musical, mas que a música realmente sirva para provocar alguma coisa”, completou. (Só resta saber por que diabos esse álbum não ganha uma reedição decente em CD…)

“Assim Caminha a Humanidade” (1994)

– Antes de embarcar na dance music ao lado do produtor Marcelo “Memê” Mansur, Lulu Santos lançou mais cinco álbuns que originaram mais alguns hits. Entre 1987 e 1993, Lulu colocou nas lojas “Toda Forma de Amor” (que tinha “A Cura” e a faixa-título entre os seus principais destaques, e que gerou o ao vivo “Amor É Arte”, ambos lançados em 1988), o incompreendido “Popsambalanço e Outras Levadas” (1989), o pop “Honolulu” (1990) e “Mondo Cane” que, apesar do seu tom mais roqueiro (com pitadas de samba e Bossa-Nova), gerou a balada de maior sucesso da carreira de Lulu Santos (“Apenas Mais Uma de Amor”). Os sucessos vieram às mancheias, mas foi em 1994 que Lulu Santos atingiu o seu auge comercial. “Assim Caminha a Humanidade”, lançado na época da Copa do Mundo de 1994, se transformou em febre devido aos seus grandes sucessos “Tudo Igual”, “Assim Caminha a Humanidade” e… “Febre”.

Na época, era comum ouvir por aí que Lulu Santos havia se “vendido” ao sucesso. Certamente quem fez crítica tão absurda não se deu ao trabalho de ouvir a versão do rock “Hey Hey, My My”, de Neil Young, que virou uma Bossa-Nova bem bacana, além do coco “Bigorrilho”, devidamente atualizado por Lulu, e uma versão para “Tuareg”, canção de Jorge Ben. Apesar de muita gente ligar o nome de “Assim Caminha a Humanidade” a dance music, o álbum só contém três faixas nesse gênero musical: a que dá nome ao disco, “Tudo Igual” e o medley final que junta “Do Leme Ao Pontal” a “Rodésia”, ambas de Tim Maia.

“MTV Ao Vivo” (2004)

– Lulu Santos escancarou mesmo para um lado mais eletrônico no álbum seguinte, “Eu e Memê, Memê e Eu”, que, com o seu mais de um milhão de cópias vendidas, é, até hoje, o maior sucesso comercial da carreira do músico. Em seguida, Lulu Santos manteve a veia dançante com “Anticiclone Tropical” (do megahit “Aviso Aos Navegantes” e da versão para “Dancin’ Days”, das Frenéticas), antes de se enveredar para o techno (“Liga Lá”, de 1997), retornar ao rock básico (“Calendário”, 1999), se desplugar (“Acústico MTV”, de 2002), retornar ao pop (“Programa”, de 2002) e a dance novamente (“Bugalu”, de 2003).

Para organizar tantas facetas diferentes, nada como um CD e um DVD ao vivo recheado com os seus grandes sucessos, de “Tempos Modernos” (que se mostrou mais moderno na sua versão eletrônica) a “Já É”, hit de “Bugalu”, e um dos maiores sucessos lançados entre 2003 e 2004. “MTV Ao Vivo” traça um panorama (quase) completo dos 22 anos da carreira discográfica de Lulu Santos, em hits eternos como “O Último Romântico”, “A Cura”, “Apenas Mais Uma de Amor”, “Tudo Bem”, “Como Uma Onda”, “Casa”, “Descobrir dos Sete Mares” (esta somente no DVD) etc. etc. etc.

De lambuja traz, além da boa inédita “Sem Nunca Dar Adeus”, toda a grande força do que é um show de Lulu Santos, um dos maiores artistas do Brasil em cima de um palco. (Uma vez, voltando de um show do Lulu Santos em São Paulo, o motorista de táxi que ficava no ponto em frente à casa de espetáculos, me disse que só trabalhava de manhã. Mas quando tinha show do Lulu Santos, ele fazia questão de trabalhar até de madrugada, só para ver a alegria estampada no rosto das pessoas que saíam da casa de shows. Ele disse que, em mais de 10 anos trabalhando de noite na frente da casa de espetáculos, só via reação igual nos shows do Lulu. Isso talvez resuma, caso você ainda não tenha visto, o que é um show de Lulu Santos. E, por isso, “MTV Ao Vivo” é um de seus álbuns essenciais.)

Dispensável

“Programa” (2002)

– Com 21 discos na bagagem, fica difícil qualquer artista não ter dado a sua escorregada. “Programa” não pode ser considerado um disco fraco, mas, certamente, é o mais inconsistente da carreira de Lulu Santos. Boas canções como “Todo Universo” (o grande sucesso do álbum), “Do Outro Mundo” e “Figurativa” convivem com outras menos inspiradas, como “Walkpeople”, “Salto Fino” (escrita a quatro mãos com Bernardo Vilhena, em 1979) e “Luca”, esta última, uma faixa experimental que Lulu escreveu para o seu neto.

Outro homenageado no álbum é Herbert Vianna, na faixa “4 do 5”, que simboliza a dia do aniversário de Lulu e do líder dos Paralamas do Sucesso (quatro de maio). Participam dessa faixa, além de Lulu e Herbert, os demais integrantes dos Paralamas, Bi Ribeiro e João Barone. “Programa” pode ser considerado um álbum mais para “iniciados” na obra de Lulu Santos. Se você é um deles, pode ir fundo. Caso contrário, o melhor caminho é o ótimo “MTV Ao Vivo” (2004) ou o CD duplo (também em DVD) “Acústico MTV”, lançado em 2002.

Se tivermos que fazer uma lista com os grandes nomes da história da Música Popular Brasileira, sem dúvidas, o de Lulu Santos estaria nela. Ícone do Rock Brasil, Lulu iniciou a sua carreira artística em bandas voltadas para um som progressivo, como o Veludo Elétrico e o Vímana. Mas o negócio do músico carioca era mesmo pop-rock.

Assim, em 1981, assinou contrato com a gravadora WEA e, ao lado de Nelson Motta, compôs, no dia da morte de John Lennon, a canção “Tesouros da Juventude”, que era o tema de abertura do programa “Mocidade Independente”, exibido pela Rede Globo. Depois disso, em 1982, Lulu Santos lançou “Tempos Modernos”, o seu primeiro álbum, no qual já mostrava a sua veia de “hitmaker”, em canções como a faixa-título, “Tudo Com Você” e “De Repente Califórnia”. Depois disso, foi só continuar a escrever os seus hits instantâneos, que vieram à tona em álbuns importantes como “O Ritmo do Momento” (1983) e “Tudo Azul” (1984).

Em “Normal”, lançado em 1985, o guitarrista carioca incorporou uma sonoridade mais roqueira. Até hoje (2009), Lulu Santos já lançou 21 álbuns repletos de hits e sonoridades diferentes, seja a dance (“Eu e Memê, Memê e Eu”, de 1995), o techno que tanto sucesso fez na segunda metade dos anos 90 (“Liga Lá”, de 1997) ou até mesmo o seu retorno ao rock básico em “Calendário”, lançado em 1999. Afinal de contas, como diz uma música dele, “a vida vem em ondas como o mar…”.

Os 4+

“Tempos Modernos” (1982)

– O primeiro álbum de Lulu Santos, “Tempos Modernos”, foi lançado em 1982. Contando com a produção de Liminha, o disco já dava uma prévia da sonoridade típica de Lulu Santos. Canções puxadas para o pop-rock, com letras simples e eficientes e uma pletora de hits em potencial. As três primeiras faixas do álbum (“Tempos Modernos”, “Tudo Com Você” e “De Repente, Califórnia”), por exemplo, vinte e sete anos depois, são obrigatórias em qualquer show de Lulu Santos.

Além dos três sucessos, o álbum de estreia de Lulu se notabiliza por outras boas canções, como “Scarlet Moon” (feito para a sua então esposa), “Areias Escaldantes” (um rock rápido delicioso, composto em parceria com Nelson Motta) e “De Leve”, uma versão bem humorada composta por Rita Lee e Gilberto Gil (“Chuchu era um cara que pensava que era / Mas sabia que era não / Saiu de Pelotas, foi atrás da hera / Trepadeira de verão / De leve, de leve / De leve que é na contramão”), do clássico “Get Back”, de Lennon e McCartney. A reedição em CD de “Tempos Modernos”, lançada em 2001, ainda conta com “Tesouros da Juventude”, o tema de abertura de “Mocidade Independente”.

“Lulu” (1986)

– Após “Tempos Modernos”, Lulu Santos soltou mais dois álbuns no mesmo estilo. “O Ritmo do Momento” (1983) e “Tudo Azul” (1984) traziam mais alguns sucessos como “Adivinha o Quê”, “Um Certo Alguém”, “Como Uma Onda”, “Certas Coisas”, “Tudo Azul” e “Tão Bem”. Em 1985, Lulu Santos resolveu inovar, explorando uma sonoridade mais roqueira. “Normal” trazia boas canções como “Sincero” e “De Repente”.

Mesmo, de certa forma, incompreendido pelo seu público, Lulu Santos não abriu mão do que queria e insistiu no rock com o ótimo “Lulu”, que chegou às lojas em 1986. E o tempo diz que Lulu Santos fez a escolha mais acertada, tendo em vista que hits como “Casa”, “Condição” e “Um Pro Outro” (dedicada à sua relação com a plateia), até hoje, fazem parte do repertório de seus shows. “Minha Vida” (“Quando eu era pequeno / Eu achava a vida chata”) é outra que, 23 anos depois, ainda é uma das preferidas dos fãs. Em “Lulu”, o músico carioca apresentou uma de sua melhores bandas, formada por Leo Gandelman, Nico Rezende e Arthur Maia (que chega a cantar um trecho de “Condição”).

Uma curiosidade é que, ao invés de usar a tradicional divisão “lado A / lado B”, no qual o lado A contava com os sucessos em potencial, e o B com algo mais experimental, em “Lulu” existem os lados “esquerdo” e “direito”. Na verdade, conforme explicou na entrevista que fez para o lançamento do single “Casa”, Lulu não queria distinguir os lados. Na mesma entrevista, ele explicou que não vê uma mudança grande na sua sonoridade. “Acho esse disco naturalmente um prossiga do ‘Normal'”, disse. “Eu quero que o que a pessoa ouça seja bastante informativo, não só pelo teor musical, mas que a música realmente sirva para provocar alguma coisa”, completou. (Só resta saber por que diabos esse álbum não ganha uma reedição decente em CD…)

“Assim Caminha a Humanidade” (1994)

– Antes de embarcar na dance music ao lado do produtor Marcelo “Memê” Mansur, Lulu Santos lançou mais cinco álbuns que originaram mais alguns hits. Entre 1987 e 1993, Lulu colocou nas lojas “Toda Forma de Amor” (que tinha “A Cura” e a faixa-título entre os seus principais destaques, e que gerou o ao vivo “Amor É Arte”, ambos lançados em 1988), o incompreendido “Popsambalanço e Outras Levadas” (1989), o pop “Honolulu” (1990) e “Mondo Cane” que, apesar do seu tom mais roqueiro (com pitadas de samba e Bossa-Nova), gerou a balada de maior sucesso da carreira de Lulu Santos (“Apenas Mais Uma de Amor”). Os sucessos vieram às mancheias, mas foi em 1994 que Lulu Santos atingiu o seu auge comercial. “Assim Caminha a Humanidade”, lançado na época da Copa do Mundo de 1994, se transformou em febre devido aos seus grandes sucessos “Tudo Igual”, “Assim Caminha a Humanidade” e… “Febre”.

Na época, era comum ouvir por aí que Lulu Santos havia se “vendido” ao sucesso. Certamente quem fez crítica tão absurda não se deu ao trabalho de ouvir a versão do rock “Hey Hey, My My”, de Neil Young, que virou uma Bossa-Nova bem bacana, além do coco “Bigorrilho”, devidamente atualizado por Lulu, e uma versão para “Tuareg”, canção de Jorge Ben. Apesar de muita gente ligar o nome de “Assim Caminha a Humanidade” a dance music, o álbum só contém três faixas nesse gênero musical: a que dá nome ao disco, “Tudo Igual” e o medley final que junta “Do Leme Ao Pontal” a “Rodésia”, ambas de Tim Maia.

“MTV Ao Vivo” (2004)

– Lulu Santos escancarou mesmo para um lado mais eletrônico no álbum seguinte, “Eu e Memê, Memê e Eu”, que, com o seu mais de um milhão de cópias vendidas, é, até hoje, o maior sucesso comercial da carreira do músico. Em seguida, Lulu Santos manteve a veia dançante com “Anticiclone Tropical” (do megahit “Aviso Aos Navegantes” e da versão para “Dancin’ Days”, das Frenéticas), antes de se enveredar para o techno (“Liga Lá”, de 1997), retornar ao rock básico (“Calendário”, 1999), se desplugar (“Acústico MTV”, de 2002), retornar ao pop (“Programa”, de 2002) e a dance novamente (“Bugalu”, de 2003).

Para organizar tantas facetas diferentes, nada como um CD e um DVD ao vivo recheado com os seus grandes sucessos, de “Tempos Modernos” (que se mostrou mais moderno na sua versão eletrônica) a “Já É”, hit de “Bugalu”, e um dos maiores sucessos lançados entre 2003 e 2004. “MTV Ao Vivo” traça um panorama (quase) completo dos 22 anos da carreira discográfica de Lulu Santos, em hits eternos como “O Último Romântico”, “A Cura”, “Apenas Mais Uma de Amor”, “Tudo Bem”, “Como Uma Onda”, “Casa”, “Descobrir dos Sete Mares” (esta somente no DVD) etc. etc. etc.

De lambuja traz, além da boa inédita “Sem Nunca Dar Adeus”, toda a grande força do que é um show de Lulu Santos, um dos maiores artistas do Brasil em cima de um palco. (Uma vez, voltando de um show do Lulu Santos em São Paulo, o motorista de táxi que ficava no ponto em frente à casa de espetáculos, me disse que só trabalhava de manhã. Mas quando tinha show do Lulu Santos, ele fazia questão de trabalhar até de madrugada, só para ver a alegria estampada no rosto das pessoas que saíam da casa de shows. Ele disse que, em mais de 10 anos trabalhando de noite na frente da casa de espetáculos, só via reação igual nos shows do Lulu. Isso talvez resuma, caso você ainda não tenha visto, o que é um show de Lulu Santos. E, por isso, “MTV Ao Vivo” é um de seus álbuns essenciais.)

Dispensável

“Programa” (2002)

– Com 21 discos na bagagem, fica difícil qualquer artista não ter dado a sua escorregada. “Programa” não pode ser considerado um disco fraco, mas, certamente, é o mais inconsistente da carreira de Lulu Santos. Boas canções como “Todo Universo” (o grande sucesso do álbum), “Do Outro Mundo” e “Figurativa” convivem com outras menos inspiradas, como “Walkpeople”, “Salto Fino” (escrita a quatro mãos com Bernardo Vilhena, em 1979) e “Luca”, esta última, uma faixa experimental que Lulu escreveu para o seu neto.

Outro homenageado no álbum é Herbert Vianna, na faixa “4 do 5”, que simboliza a dia do aniversário de Lulu e do líder dos Paralamas do Sucesso (quatro de maio). Participam dessa faixa, além de Lulu e Herbert, os demais integrantes dos Paralamas, Bi Ribeiro e João Barone. “Programa” pode ser considerado um álbum mais para “iniciados” na obra de Lulu Santos. Se você é um deles, pode ir fundo. Caso contrário, o melhor caminho é o ótimo “MTV Ao Vivo” (2004) ou o CD duplo (também em DVD) “Acústico MTV”, lançado em 2002.

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