CULTURA: Dois perdidos numa noite suja

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Estréia em São Paulo uma nova montagem do texto mais encenado do polêmico dramaturgo Plínio Marcos.

POR Redação SRzd05/08/2006|3 min de leitura

CULTURA: Dois perdidos numa noite suja
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“Minhas peças são atuais porque o País não evoluiu”. A frase do dramaturgo Plínio Marcos talvez explique o sucesso de um texto levado ao palco pela primeira vez em 1966. “Dois Perdidos Numa Noite Suja”, que estreou com o próprio autor interpretando um dos personagens principais, ganha uma nova montagem, em São Paulo, para comemorar os 40 anos do espetáculo.

Na trama, dois homens (Tonho e Paco) conversam, em um quarto de pensão, sobre a difícil sobrevivência. O diálogo que travam é uma exploração constante das fraquezas recíprocas. Um intercâmbio de pequenos sadismos. A aspereza das palavras atinge seu auge na briga por um par de sapatos. É depois dela que o diálogo é deixado de lado. Que entram em cena as agressões físicas antes de um trágico final.

“Dois Perdidos Numa Noite Suja” é o espetáculo mais montado do polêmico Plínio Marcos, morto em 1999. De família modesta, o dramaturgo terminou apenas o curso primário, foi funileiro, quis ser jogador de futebol, serviu na Aeronáutica e chegou a jogar na Portuguesa Santista. Mas foram as incursões ao mundo do circo, desde os 16 anos, que definiram seus caminhos. Por influência da escritora e jornalista Pagu, começou a se envolver com teatro amador em Santos, no litoral paulista até escrever a primeira peça, em 1958. Inspirada pelo caso verídico de um jovem preso, “Barrela” ficou proibida durante 21 anos. E foi apenas o primeiro espetáculo de uma longa lista formada, entre outros, por “Quando as Máquinas Param”, “Homens de Papel”, “Oração de um pé-de-chinelo” e “Navalha na Carne”.

Além do sucesso no teatro, “Dois Perdidos Numa Noite Suja” foi levada também ao cinema. Ambientado em Nova York, o filme, adaptado por José Joffily, ganhou os prêmios de Melhor Montagem e Trilha Sonora do Festival de Gramado 2002 e três prêmios no Festival de Brasília: Melhor Atriz (Débora Falabella), Melhor Diretor e Melhor Roteiro.

Na nova montagem, que chega aos palcos da capital paulista, comemorando os 40 anos do texto, estão os atores Leonardo Ventura e Marcelo Valente. A direção é de Joana Levi e Laila Minha.

Dois Perdidos Numa Noite Suja
Sesc Paulista
Avenida Paulista, 119
Quartas e Quintas às 19h
Ingressos de 4 a 8 reais
(Até 31/08)

“Minhas peças são atuais porque o País não evoluiu”. A frase do dramaturgo Plínio Marcos talvez explique o sucesso de um texto levado ao palco pela primeira vez em 1966. “Dois Perdidos Numa Noite Suja”, que estreou com o próprio autor interpretando um dos personagens principais, ganha uma nova montagem, em São Paulo, para comemorar os 40 anos do espetáculo.

Na trama, dois homens (Tonho e Paco) conversam, em um quarto de pensão, sobre a difícil sobrevivência. O diálogo que travam é uma exploração constante das fraquezas recíprocas. Um intercâmbio de pequenos sadismos. A aspereza das palavras atinge seu auge na briga por um par de sapatos. É depois dela que o diálogo é deixado de lado. Que entram em cena as agressões físicas antes de um trágico final.

“Dois Perdidos Numa Noite Suja” é o espetáculo mais montado do polêmico Plínio Marcos, morto em 1999. De família modesta, o dramaturgo terminou apenas o curso primário, foi funileiro, quis ser jogador de futebol, serviu na Aeronáutica e chegou a jogar na Portuguesa Santista. Mas foram as incursões ao mundo do circo, desde os 16 anos, que definiram seus caminhos. Por influência da escritora e jornalista Pagu, começou a se envolver com teatro amador em Santos, no litoral paulista até escrever a primeira peça, em 1958. Inspirada pelo caso verídico de um jovem preso, “Barrela” ficou proibida durante 21 anos. E foi apenas o primeiro espetáculo de uma longa lista formada, entre outros, por “Quando as Máquinas Param”, “Homens de Papel”, “Oração de um pé-de-chinelo” e “Navalha na Carne”.

Além do sucesso no teatro, “Dois Perdidos Numa Noite Suja” foi levada também ao cinema. Ambientado em Nova York, o filme, adaptado por José Joffily, ganhou os prêmios de Melhor Montagem e Trilha Sonora do Festival de Gramado 2002 e três prêmios no Festival de Brasília: Melhor Atriz (Débora Falabella), Melhor Diretor e Melhor Roteiro.

Na nova montagem, que chega aos palcos da capital paulista, comemorando os 40 anos do texto, estão os atores Leonardo Ventura e Marcelo Valente. A direção é de Joana Levi e Laila Minha.

Dois Perdidos Numa Noite Suja
Sesc Paulista
Avenida Paulista, 119
Quartas e Quintas às 19h
Ingressos de 4 a 8 reais
(Até 31/08)

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