CULTURA: O Avarento

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Prestes a completar 84 anos, o ator Paulo Autran estréia em São Paulo, no próximo fim de semana, sua 90ª montagem teatral.

POR Redação SRzd14/08/2006|3 min de leitura

CULTURA: O Avarento
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Em uma caixa enterrada no jardim de casa, um homem guarda mais do que suas moedas. Debaixo da terra estão sufocados também todos os seus valores, princípios éticos e sentimentos, com exceção do amor pelo dinheiro. Este ficou de fora. Dominando sua vida. Harpagon é o personagem principal da comédia ‘O Avarento’, de Moliére. Um homem que, por causa do egoísmo, do medo da pobreza e da ganância, não consegue amar outra coisa além de seus bens. Na montagem que chega aos palcos de São Paulo, no próximo fim de semana, o personagem ambicioso e condenado à solidão é vivido por Paulo Autran.

Com a estréia do texto, o ator arredonda a lista de trabalhos no teatro. O Avarento’ é a 90ª peça da carreira. Para o ator, que completa 84 anos no mês que vêm, a montagem chega aos palcos na hora certa. Na opinião dele, nunca um texto sobre pessoas que fazem qualquer coisa pelo dinheiro poderia ser tão atual. “O que nós estamos vendo no Brasil? Por dinheiro, as pessoas desistem da moral, desistem da família, de tudo aquilo que é mais humano para juntar bens. Eles não pensam duas vezes antes de trair seu eleitor, de trair seja o que for para ganhar dinheiro da maneira mais vergonhosa possível. O Avarento, de Moliére, é um homem que só pensa em dinheiro, então, ele é muito parecido com os nossos políticos, infelizmente”, afirma Paulo Autran.

A direção da peça é de Felipe Hirsch, premiado por espetáculos como Avenida Dropsie, Temporada de Gripe e A Vida é Cheia de Som e Fúria. Para ele, a atualidade do texto é levada ao público de forma sugerida, propondo uma reflexão. “A gente sabia que ele era atual desde o início. Mas o que me interessa é saber como o público vai notar isso. Eu não queria ficar esfregando isso no nariz do público. Eu queria que ele tivesse a sensibilidade e o interesse para perceber e refletir sobre isso. É lógico que o texto é atual, mas eu quero sensibilidade na relação com essa obra, que o público percebe aos poucos as características que a deixam atual.”

Ser dirigido por Felipe Hirsch era uma vontade antiga de Paulo Autran, que classifica o diretor da Sutil Companhia de Teatro como um dos que ele mais admira no País. “O Felipe é um grande diretor. Os espetáculos dele são sempre muito bem acabados, muito bonitos, muito bem iluminados, bem feitos. Ele é um grande diretor e nesta peça, trabalhando com ele, eu senti exatamente isso. Ele sabe o que quer, ouve idéias do elenco, algumas ele aceita, outras não, é um homem que sabe dirigir profundamente”, diz o ator.

Dividem o palco com Paulo Autran, entre outros atores, Elias Andreato, Karin Rodrigues, Gustavo Machado e Cláudia Missura. O espetáculo, que estréia no dia 19, no Teatro Cultura Artística, fica em cartaz em São Paulo até novembro.

Em uma caixa enterrada no jardim de casa, um homem guarda mais do que suas moedas. Debaixo da terra estão sufocados também todos os seus valores, princípios éticos e sentimentos, com exceção do amor pelo dinheiro. Este ficou de fora. Dominando sua vida. Harpagon é o personagem principal da comédia ‘O Avarento’, de Moliére. Um homem que, por causa do egoísmo, do medo da pobreza e da ganância, não consegue amar outra coisa além de seus bens. Na montagem que chega aos palcos de São Paulo, no próximo fim de semana, o personagem ambicioso e condenado à solidão é vivido por Paulo Autran.

Com a estréia do texto, o ator arredonda a lista de trabalhos no teatro. O Avarento’ é a 90ª peça da carreira. Para o ator, que completa 84 anos no mês que vêm, a montagem chega aos palcos na hora certa. Na opinião dele, nunca um texto sobre pessoas que fazem qualquer coisa pelo dinheiro poderia ser tão atual. “O que nós estamos vendo no Brasil? Por dinheiro, as pessoas desistem da moral, desistem da família, de tudo aquilo que é mais humano para juntar bens. Eles não pensam duas vezes antes de trair seu eleitor, de trair seja o que for para ganhar dinheiro da maneira mais vergonhosa possível. O Avarento, de Moliére, é um homem que só pensa em dinheiro, então, ele é muito parecido com os nossos políticos, infelizmente”, afirma Paulo Autran.

A direção da peça é de Felipe Hirsch, premiado por espetáculos como Avenida Dropsie, Temporada de Gripe e A Vida é Cheia de Som e Fúria. Para ele, a atualidade do texto é levada ao público de forma sugerida, propondo uma reflexão. “A gente sabia que ele era atual desde o início. Mas o que me interessa é saber como o público vai notar isso. Eu não queria ficar esfregando isso no nariz do público. Eu queria que ele tivesse a sensibilidade e o interesse para perceber e refletir sobre isso. É lógico que o texto é atual, mas eu quero sensibilidade na relação com essa obra, que o público percebe aos poucos as características que a deixam atual.”

Ser dirigido por Felipe Hirsch era uma vontade antiga de Paulo Autran, que classifica o diretor da Sutil Companhia de Teatro como um dos que ele mais admira no País. “O Felipe é um grande diretor. Os espetáculos dele são sempre muito bem acabados, muito bonitos, muito bem iluminados, bem feitos. Ele é um grande diretor e nesta peça, trabalhando com ele, eu senti exatamente isso. Ele sabe o que quer, ouve idéias do elenco, algumas ele aceita, outras não, é um homem que sabe dirigir profundamente”, diz o ator.

Dividem o palco com Paulo Autran, entre outros atores, Elias Andreato, Karin Rodrigues, Gustavo Machado e Cláudia Missura. O espetáculo, que estréia no dia 19, no Teatro Cultura Artística, fica em cartaz em São Paulo até novembro.

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