CULTURA: O Movimento Eternizado

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Para resgatar o prestígio do museu, o Masp realiza, em São Paulo, a maior exposição do francês Degas, mestre do Impressionismo

POR Redação SRzd31/05/2006|3 min de leitura

CULTURA: O Movimento Eternizado
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Saia de tule, laço de cetim, sapatilhas. No subsolo do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a escultura de quase um metro de altura chama a atenção. Parada, com as mãos para trás, a bailarina parece esperar o próximo acorde de uma música para continuar com sua dança. Com os movimentos de seu balé. Representando um dos temas preferidos do francês Edgar Degas (1834-1917), a escultura é um dos destaques, entre as 120 peças que compõem a exposição Degas – O Universo de um Artista, em cartaz até agosto, em São Paulo.

Assim como grande parte da mostra, ‘Bailarina de 14 Anosâ? já pertence ao acervo do museu. Ao lado do D’Orsay, em Paris; do Metropolitan, em Nova York e do Carlsberg, na Dinamarca, o Masp é um dos quatro, em todo o mundo, que possuem o conjunto completo das 73 esculturas de bronze do mestre impressionista. Mas, ao contrário dos outros espaços, as obras do prédio da Avenida Paulista raramente estão em exposição. Para tentar diminuir os problemas financeiros, enfrentados pelo museu, as peças, quase sempre, estão alugadas para mostras, realizadas em outros países. Reunir todas de uma vez e acrescentar outros trabalhos, alguns vindos do Exterior, para o público paulistano é também uma tentativa de amenizar a crise, que chegou ao seu auge na semana passada, com um corte de energia, que deixou no escuro, por uma noite, uma das mais importantes instituições culturais do País.

Com o objetivo de atrair uma visitação expressiva, como a mostra Monet, que levou 700 mil pessoas ao museu, em 1997, o Masp somou ao acervo próprio 42 trabalhos, vindos de outros países. Obras que se dividem em três núcleos, pelo subsolo do prédio. Além das peças do francês, estão em exposição também trabalhos de outros nomes, contemporâneos do artista ou que influenciaram o mestre do Impressionismo, como Ingres e Ticiano. Pinturas e esculturas que formam uma das mostras mais abrangentes de Degas, na América do Sul. Cavaleiros montados para uma corrida; cenas de caça; lavadeiras; passadeiras; bailarinas – sempre bailarinas – ensaiando suas danças. O artista era um apaixonado pelas figuras em movimento. Fascínio que está espalhado pelas paredes. Cenas do cotidiano, retratadas de maneira fascinante e eternizadas por um homem que dizia que ‘A Arte é o vícioâ?. Uma frase que talvez explique a vontade de se ficar tanto tempo parado em frente aos quadros da exposição. Uma frase que talvez justifique os minutos perdidos, em frente à uma pequena escultura, vestida com saia de tule, laço de cetim e sapatilhas: uma bailarina, parada, pronta para continuar seu balé, assim que a música recomeçar.


Serviço
Degas – O Universo de um Artista
Masp (Museu de Arte de São Paulo)
Avenida Paulista, 1578 – 11) 3251.5644
Terça a domingo, das 11h00 às 18h00
Ingressos: R$ 15,00
(Entrada gratuita para crianças até 10 anos ou maiores de 60 anos)

Saia de tule, laço de cetim, sapatilhas. No subsolo do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a escultura de quase um metro de altura chama a atenção. Parada, com as mãos para trás, a bailarina parece esperar o próximo acorde de uma música para continuar com sua dança. Com os movimentos de seu balé. Representando um dos temas preferidos do francês Edgar Degas (1834-1917), a escultura é um dos destaques, entre as 120 peças que compõem a exposição Degas – O Universo de um Artista, em cartaz até agosto, em São Paulo.

Assim como grande parte da mostra, ‘Bailarina de 14 Anosâ? já pertence ao acervo do museu. Ao lado do D’Orsay, em Paris; do Metropolitan, em Nova York e do Carlsberg, na Dinamarca, o Masp é um dos quatro, em todo o mundo, que possuem o conjunto completo das 73 esculturas de bronze do mestre impressionista. Mas, ao contrário dos outros espaços, as obras do prédio da Avenida Paulista raramente estão em exposição. Para tentar diminuir os problemas financeiros, enfrentados pelo museu, as peças, quase sempre, estão alugadas para mostras, realizadas em outros países. Reunir todas de uma vez e acrescentar outros trabalhos, alguns vindos do Exterior, para o público paulistano é também uma tentativa de amenizar a crise, que chegou ao seu auge na semana passada, com um corte de energia, que deixou no escuro, por uma noite, uma das mais importantes instituições culturais do País.

Com o objetivo de atrair uma visitação expressiva, como a mostra Monet, que levou 700 mil pessoas ao museu, em 1997, o Masp somou ao acervo próprio 42 trabalhos, vindos de outros países. Obras que se dividem em três núcleos, pelo subsolo do prédio. Além das peças do francês, estão em exposição também trabalhos de outros nomes, contemporâneos do artista ou que influenciaram o mestre do Impressionismo, como Ingres e Ticiano. Pinturas e esculturas que formam uma das mostras mais abrangentes de Degas, na América do Sul. Cavaleiros montados para uma corrida; cenas de caça; lavadeiras; passadeiras; bailarinas – sempre bailarinas – ensaiando suas danças. O artista era um apaixonado pelas figuras em movimento. Fascínio que está espalhado pelas paredes. Cenas do cotidiano, retratadas de maneira fascinante e eternizadas por um homem que dizia que ‘A Arte é o vícioâ?. Uma frase que talvez explique a vontade de se ficar tanto tempo parado em frente aos quadros da exposição. Uma frase que talvez justifique os minutos perdidos, em frente à uma pequena escultura, vestida com saia de tule, laço de cetim e sapatilhas: uma bailarina, parada, pronta para continuar seu balé, assim que a música recomeçar.


Serviço
Degas – O Universo de um Artista
Masp (Museu de Arte de São Paulo)
Avenida Paulista, 1578 – 11) 3251.5644
Terça a domingo, das 11h00 às 18h00
Ingressos: R$ 15,00
(Entrada gratuita para crianças até 10 anos ou maiores de 60 anos)

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