CULTURA: Rock, Obdúlio, Vargas, Pelé, Bossa Nova, Cinemascope, TV, Teatro de Arena, JK: os anos 50 revividos em um almanaque

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Os anos 50 estão cravados na prodigiosa memória do jornalista Sérgio Augusto. Convidado pela editora Ediouro, a exemplo do Almanaque Anos 80 e do récem-lançado acerca dos 70, aceitou fazer o mesmo sobre a década de 50.

POR Redação SRzd03/06/2006|8 min de leitura

CULTURA: Rock, Obdúlio, Vargas, Pelé, Bossa Nova, Cinemascope, TV, Teatro de Arena, JK: os anos 50 revividos em um almanaque
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Os anos 50 estão cravados na prodigiosa memória do jornalista Sérgio Augusto. Convidado pela editora Ediouro, a exemplo do Almanaque Anos 80 e do recém-lançado acerca dos 70, aceitou fazer o mesmo sobre a década de 50. Ele recebeu a encomenda como um presente. “É a minha década, porque eu a vivi dos 8 aos 18 anos. É a melhor época da minha vida”, diz o jornalista, que marcou presença nos principais veículos da imprensa brasileira.

Autor de Este Mundo É Um pandeiro , Cancioneiro Jobim, Lado B e Botafogo ‘ Entre o céu e o inferno, Sérgio atualmente freqüenta as listas dos livros mais vendidos com O Pasquim ‘ Antologia ‘ Volume 1 – 1969-1971, que organizou junto com o amigo Jaguar. Preparando-se para iniciar a pesquisa sobre os 1950, este torcedor fanático do time de General Severiano, que vai lançar a obra ano que vem, lembrou histórias curiosas e divertidas de um tempo que guarda com muito carinho.

Projeto :

“Falei com o Paulo Roberto (Pires, da Ediouro), que esse negócio de almanaque eu só conheço um, esse da década de 80, que é muito adolescente – ainda não vi o da Ana Maria Bahiana, sobre os 70. Talvez porque a década tenha sido adolescente. E eu não queria ficar amarrado nisso. E eu quero fazer uma coisa mais pessoal, sem perder a linha do almanaque, mas eu não quero ter uma coisa muito rígida. Agora, é tudo através do Brasil, a visão de qualquer assunto passa pelo Brasil”.

Concepção :

“Primeiro, quero fazer uma autobiografia afetiva. É como se, de repente, eu sentasse e fizesse um brainstorming durante, sei lá, alguns dias, uma semana. E, de vez em quando, ir lá, tomar nota ou botar no computador o quê lembro. Tentar puxar da memória, como se estivesse numa ilha deserta e não tivesse nada para consultar, só a minha cabeça. E depois é preencher os espaços vazios e checar dados. Minha preocupação nesse trabalho vai ser: será que esqueci alguma coisa importante? Uma característica, desde o início, é que quero dar a minha visão. Se faltar alguma coisa ali, é que esqueci mesmo, então não era tão importante na minha memória.”

Plano :

“Meu primeiro passo, além dos que posso dar aqui em casa, é ir à Biblioteca Nacional pesquisar os jornais da época. Pegar os jornais do dia 2/1/50 e depois de 1/1/60. Porque para mim a década vai de 1/1/1950 até 31/12/1959”.

Idéia :

“Quero pegar 50 pessoas com mais de 60 anos, tipo Jô Soares, Julinho Rego, para elas me dizerem quais são as dez coisas que mais lamentam não existir mais. Aí você pode falar de tudo, do bar Simpatia, do programa de rádio tal etc, etc. O leitor adora esse tipo de coisa. É melhor do que pegar dez pessoas e pedir 50 casos. Então vou inverter. Mas também, pegar 50 pessoas, com mais de 60 anos, interessantes, é complicado. Acho que é uma coisa gostosa de fazer. Pegar uma lista de coisas saudosas da década de 50. Agora, tem que ser pessoas que viveram a época. Não pode ser um cara de 40 anos. Vai ter saudade de quê? Se o cara não viveu essa época. Isso seria uma cerejinha, uma passa do bolo.”

Política, teatro, rádio e TV :

“Tem a volta do Getúlio, tem a morte dele e tem todo o negócio do mar de lama. Tem JK também. A inauguração de Brasília não entra, mas a construção sim. Há o Teatro de Arena, que surgiu na década de 50, em São Paulo. O rádio era o principal meio de comunicação, com uma abrangência enorme. E eu tenho uma memória de cão para esses programas de rádio, assim como para as propagandas (Sérgio cantarola trechos de reclames radiofônicos da época). A televisão chegou ao Brasil em 50. Lembro da primeira imagem da televisão no Brasil. Tinha um vizinho novidadeiro, não era rico, mas gostava de novidades, que logo comprou uma.”

Juventude :

“É a década que a juventude passa a existir, a ser considerada como mercado. Tem uma música própria, que é o rock and rool. Antigamente, antes do rock, eu ouvia Frank Sinatra, Nat king Cole, Peggy Lee, Nora Ney, adorava essas coisas. Ouvia até Cauby Peixoto, Francisco Alves. Eram os cantores dos pais da gente. Então, a partir de 55, com o rock, a gente passou a ter uma coisa nossa, a música da sua faixa etária, uma coisa exclusiva.”

Música :

“Tem a bossa nova, claro, e o rock. Eu adorava os do início, que chamam do rock da primeira dentição. Era adolescente, tinha 15, 14 anos. E, aí, para falar do Elvis Presley, sabe como você pega, você pega a Nora Ney. A Nora Ney gravou a primeira versão do rock around the clock. Sabe, então, você pega, por exemplo, para falar do Sinatra, sempre passando pelo Brasil, você pega o fã-clube Sinatra-Dick Farney, que o Carlos Manga criou na Tijuca. Dali nasceram vários shows, até a coreografia que eles faziam nas chanchadas. Que depois o Manga foi diretor de chanchadas.”

Cinema :

“O nascimento do Cahiers dú Cinéma , que tenho desde o primeiro número. A Nouvelle Vague surge ali, além do pré-Cinema Novo. Dos meus melhores filmes de todos os tempos, vários são dos anos 50: Um Corpo Que Cai , Rastros de Édio e Férias de Amor, por exemplo.

Tem a chegada do CinemaScope, que foi uma coisa extraordinária na vida da gente, com o som estereofônico e a tela grande. Os cinemas eram enormes, tinham dois andares.

Uma passagem curiosa é a morte da dona Idalina Godoy de Azevedo, moradora de Niterói, que morreu de infarto no Cinema Palácio, vendo O Manto Sagrado. Costumo dizer que a dona Idalina foi a primeira vítima do CinemaScope.”

Conservadorismo :

As pessoas falam muito dos 50 como uma década careta. Claro que perto da década de 60, que é uma década de liberação total, a pílula, hippies etc. você tem aquela caretice, sim. Mas muito ligada ao governo Eisenhower, aquele cara bem careta. É um período longo, que só dá uma refrescada quando entra o Kennedy. Mas na década de 50, por outro lado, você tem o Existencialismo.”

Copas do Mundo :

“Em 50, só não fui à final. Meu jogo marcante foi contra a Espanha, quando o Maracanã, em coro, cantava Touradas em Madri. As pessoas ficavam em pé, para caber mais gente, e eu não via nada. Era criança, tinha um metro e meio.

O jogo contra o Uruguai era favas contadas. O time tinha a base do Vasco, que era um timaço, era o maior time do mundo, mas o clima de já ganhou foi fatal. Ninguém esperava a derrota do Brasil. O Jules Rimet, que desceu da tribuna para o campo quando o jogo estava empatado ‘ resultado que nos daria o título – tomou um susto ao chegar no gramado e descobrir que o Uruguai tinha ganho. Mas o time uruguaio tinha muita raça. O Obdulio Varela era quase um delinqüente, não que ele fizesse coisas, mas era um guerreiro. E o Brasil entrou de salto alto.
Era ano de eleição, os políticos queriam faturar em cima do time. Teve uma festa, na véspera da partida, os jogadores só formam dormir 11 da noite e as sete já de estavam de pé para se preparar para o jogo. Foi uma lição.

Em 54, houve outra injustiça, um azar, a Hungria era disparada a melhor. Mas, sei lá, coisa de tabela, os alemães colocaram o time reserva no jogo da primeira fase para quebrar os jogadores húngaros. Tanto que o Puskas não enfrentou o Brasil, mas não fez a menor falta, a Hungria deu um show de bola. A semifinal, contra o Uruguai, foi difícil, desgastou o time. Um dos encantos do futebol é a surpresa. Nem sempre ganha o melhor.

Em 58, era um time maravilhoso. Depois que os jogadores fizeram pressão e o Feola colocou os melhores, o time deslanchou. Com Pelé e Garrincha não tinha para ninguém. Nos primeiros minutos de Brasil e União Soviética, os soviéticos enlouqueceram. O Didi lançava para o Garrincha e ele cruzava para o Vavá, parecia um videoteipe. E naquela época a camisa não tinha o peso que tem hoje”.

2006: 50 ou 58 ?

“Estou muito preocupado com essa Copa, morro de medo do favoritismo, é todo mundo contra o Brasil. O técnico da Argentina dizer que o Brasil é o favorito? Só falta falar que ‘o campeão é o Brasil e nós vamos disputar o segundo lugar’. Essa humildade argentina ou é de brincadeira ou eles realmente acreditam nisso. E ao mesmo tempo em que acreditam nisso, eles vão se empenhar ao máximo. Uma coisa que facilita é o time da casa estar mal, eu não acredito no time da Alemanha.

Há também essa certa promiscuidade, de todos jogarem na Europa, e isso nos beneficia. Acho que está mais para 58, sem dúvida alguma. Mas estou preocupado com essa história de favoritismo. É o meu lado pessimista, de botafoguense”.

Os anos 50 estão cravados na prodigiosa memória do jornalista Sérgio Augusto. Convidado pela editora Ediouro, a exemplo do Almanaque Anos 80 e do recém-lançado acerca dos 70, aceitou fazer o mesmo sobre a década de 50. Ele recebeu a encomenda como um presente. “É a minha década, porque eu a vivi dos 8 aos 18 anos. É a melhor época da minha vida”, diz o jornalista, que marcou presença nos principais veículos da imprensa brasileira.

Autor de Este Mundo É Um pandeiro , Cancioneiro Jobim, Lado B e Botafogo ‘ Entre o céu e o inferno, Sérgio atualmente freqüenta as listas dos livros mais vendidos com O Pasquim ‘ Antologia ‘ Volume 1 – 1969-1971, que organizou junto com o amigo Jaguar. Preparando-se para iniciar a pesquisa sobre os 1950, este torcedor fanático do time de General Severiano, que vai lançar a obra ano que vem, lembrou histórias curiosas e divertidas de um tempo que guarda com muito carinho.

Projeto :

“Falei com o Paulo Roberto (Pires, da Ediouro), que esse negócio de almanaque eu só conheço um, esse da década de 80, que é muito adolescente – ainda não vi o da Ana Maria Bahiana, sobre os 70. Talvez porque a década tenha sido adolescente. E eu não queria ficar amarrado nisso. E eu quero fazer uma coisa mais pessoal, sem perder a linha do almanaque, mas eu não quero ter uma coisa muito rígida. Agora, é tudo através do Brasil, a visão de qualquer assunto passa pelo Brasil”.

Concepção :

“Primeiro, quero fazer uma autobiografia afetiva. É como se, de repente, eu sentasse e fizesse um brainstorming durante, sei lá, alguns dias, uma semana. E, de vez em quando, ir lá, tomar nota ou botar no computador o quê lembro. Tentar puxar da memória, como se estivesse numa ilha deserta e não tivesse nada para consultar, só a minha cabeça. E depois é preencher os espaços vazios e checar dados. Minha preocupação nesse trabalho vai ser: será que esqueci alguma coisa importante? Uma característica, desde o início, é que quero dar a minha visão. Se faltar alguma coisa ali, é que esqueci mesmo, então não era tão importante na minha memória.”

Plano :

“Meu primeiro passo, além dos que posso dar aqui em casa, é ir à Biblioteca Nacional pesquisar os jornais da época. Pegar os jornais do dia 2/1/50 e depois de 1/1/60. Porque para mim a década vai de 1/1/1950 até 31/12/1959”.

Idéia :

“Quero pegar 50 pessoas com mais de 60 anos, tipo Jô Soares, Julinho Rego, para elas me dizerem quais são as dez coisas que mais lamentam não existir mais. Aí você pode falar de tudo, do bar Simpatia, do programa de rádio tal etc, etc. O leitor adora esse tipo de coisa. É melhor do que pegar dez pessoas e pedir 50 casos. Então vou inverter. Mas também, pegar 50 pessoas, com mais de 60 anos, interessantes, é complicado. Acho que é uma coisa gostosa de fazer. Pegar uma lista de coisas saudosas da década de 50. Agora, tem que ser pessoas que viveram a época. Não pode ser um cara de 40 anos. Vai ter saudade de quê? Se o cara não viveu essa época. Isso seria uma cerejinha, uma passa do bolo.”

Política, teatro, rádio e TV :

“Tem a volta do Getúlio, tem a morte dele e tem todo o negócio do mar de lama. Tem JK também. A inauguração de Brasília não entra, mas a construção sim. Há o Teatro de Arena, que surgiu na década de 50, em São Paulo. O rádio era o principal meio de comunicação, com uma abrangência enorme. E eu tenho uma memória de cão para esses programas de rádio, assim como para as propagandas (Sérgio cantarola trechos de reclames radiofônicos da época). A televisão chegou ao Brasil em 50. Lembro da primeira imagem da televisão no Brasil. Tinha um vizinho novidadeiro, não era rico, mas gostava de novidades, que logo comprou uma.”

Juventude :

“É a década que a juventude passa a existir, a ser considerada como mercado. Tem uma música própria, que é o rock and rool. Antigamente, antes do rock, eu ouvia Frank Sinatra, Nat king Cole, Peggy Lee, Nora Ney, adorava essas coisas. Ouvia até Cauby Peixoto, Francisco Alves. Eram os cantores dos pais da gente. Então, a partir de 55, com o rock, a gente passou a ter uma coisa nossa, a música da sua faixa etária, uma coisa exclusiva.”

Música :

“Tem a bossa nova, claro, e o rock. Eu adorava os do início, que chamam do rock da primeira dentição. Era adolescente, tinha 15, 14 anos. E, aí, para falar do Elvis Presley, sabe como você pega, você pega a Nora Ney. A Nora Ney gravou a primeira versão do rock around the clock. Sabe, então, você pega, por exemplo, para falar do Sinatra, sempre passando pelo Brasil, você pega o fã-clube Sinatra-Dick Farney, que o Carlos Manga criou na Tijuca. Dali nasceram vários shows, até a coreografia que eles faziam nas chanchadas. Que depois o Manga foi diretor de chanchadas.”

Cinema :

“O nascimento do Cahiers dú Cinéma , que tenho desde o primeiro número. A Nouvelle Vague surge ali, além do pré-Cinema Novo. Dos meus melhores filmes de todos os tempos, vários são dos anos 50: Um Corpo Que Cai , Rastros de Édio e Férias de Amor, por exemplo.

Tem a chegada do CinemaScope, que foi uma coisa extraordinária na vida da gente, com o som estereofônico e a tela grande. Os cinemas eram enormes, tinham dois andares.

Uma passagem curiosa é a morte da dona Idalina Godoy de Azevedo, moradora de Niterói, que morreu de infarto no Cinema Palácio, vendo O Manto Sagrado. Costumo dizer que a dona Idalina foi a primeira vítima do CinemaScope.”

Conservadorismo :

As pessoas falam muito dos 50 como uma década careta. Claro que perto da década de 60, que é uma década de liberação total, a pílula, hippies etc. você tem aquela caretice, sim. Mas muito ligada ao governo Eisenhower, aquele cara bem careta. É um período longo, que só dá uma refrescada quando entra o Kennedy. Mas na década de 50, por outro lado, você tem o Existencialismo.”

Copas do Mundo :

“Em 50, só não fui à final. Meu jogo marcante foi contra a Espanha, quando o Maracanã, em coro, cantava Touradas em Madri. As pessoas ficavam em pé, para caber mais gente, e eu não via nada. Era criança, tinha um metro e meio.

O jogo contra o Uruguai era favas contadas. O time tinha a base do Vasco, que era um timaço, era o maior time do mundo, mas o clima de já ganhou foi fatal. Ninguém esperava a derrota do Brasil. O Jules Rimet, que desceu da tribuna para o campo quando o jogo estava empatado ‘ resultado que nos daria o título – tomou um susto ao chegar no gramado e descobrir que o Uruguai tinha ganho. Mas o time uruguaio tinha muita raça. O Obdulio Varela era quase um delinqüente, não que ele fizesse coisas, mas era um guerreiro. E o Brasil entrou de salto alto.
Era ano de eleição, os políticos queriam faturar em cima do time. Teve uma festa, na véspera da partida, os jogadores só formam dormir 11 da noite e as sete já de estavam de pé para se preparar para o jogo. Foi uma lição.

Em 54, houve outra injustiça, um azar, a Hungria era disparada a melhor. Mas, sei lá, coisa de tabela, os alemães colocaram o time reserva no jogo da primeira fase para quebrar os jogadores húngaros. Tanto que o Puskas não enfrentou o Brasil, mas não fez a menor falta, a Hungria deu um show de bola. A semifinal, contra o Uruguai, foi difícil, desgastou o time. Um dos encantos do futebol é a surpresa. Nem sempre ganha o melhor.

Em 58, era um time maravilhoso. Depois que os jogadores fizeram pressão e o Feola colocou os melhores, o time deslanchou. Com Pelé e Garrincha não tinha para ninguém. Nos primeiros minutos de Brasil e União Soviética, os soviéticos enlouqueceram. O Didi lançava para o Garrincha e ele cruzava para o Vavá, parecia um videoteipe. E naquela época a camisa não tinha o peso que tem hoje”.

2006: 50 ou 58 ?

“Estou muito preocupado com essa Copa, morro de medo do favoritismo, é todo mundo contra o Brasil. O técnico da Argentina dizer que o Brasil é o favorito? Só falta falar que ‘o campeão é o Brasil e nós vamos disputar o segundo lugar’. Essa humildade argentina ou é de brincadeira ou eles realmente acreditam nisso. E ao mesmo tempo em que acreditam nisso, eles vão se empenhar ao máximo. Uma coisa que facilita é o time da casa estar mal, eu não acredito no time da Alemanha.

Há também essa certa promiscuidade, de todos jogarem na Europa, e isso nos beneficia. Acho que está mais para 58, sem dúvida alguma. Mas estou preocupado com essa história de favoritismo. É o meu lado pessimista, de botafoguense”.

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