Bastidores. No dia 7 de maio, a atriz Susana Vieira lançará, pela editora Globo Livros, a autobiografia “Susana Vieira: Senhora do Meu Destino”, em parceria com o escritor Mauro Alencar. O capítulo mais doloroso trata do casamento com o ex-policial Marcelo Silva, com quem foi casada por dois anos. O início do pesadelo da atriz começou em dezembro de 2006, quando seu então marido foi preso em um motel por agredir uma prostituta com mordidas, ter depredado um quarto e reagir à voz da prisão.
Classificando como “os piores dias da minha vida”, a veterana não entrou em detalhes sobre a relação com o ex-marido, afirmando que parte da história ficará entre ela e a polícia, mas, ainda assim, desabafou: “Acordei um dia com uma traição contada pelos jornais: ‘Marido de Susana Vieira tem uma amante há meses’. Uma traição enorme, com fotos, com provas. Na mesma hora, botei Marcelo para fora de casa, e ele foi morar com a amante em um hotel na Barra”, lembrou. “Sempre tive consciência que um amor dura o tempo que tiver que durar. Ao mesmo tempo, quando estou amando, sempre acho que vou viver com aquela pessoa a vida inteira! Não consigo começar uma relação amorosa achando que vai durar dois anos, apenas”.
O relacionamento, que começou no Carnaval do mesmo ano, quando Susana foi rainha de bateria da Grande Rio e Marcelo fazia sua segurança, ainda seria manchete nos jornais. Depois do flagra da traição, o ex-policial foi internado em uma clínica particular para tratamento médico. A amante, a nutricionista Fernanda Cunha, denunciou ter sido agredida depois que a relação se tornou pública. Dias depois, o casal apareceu no programa A Tarde é Sua, de Sonia Abrão, para falar sobre o romance. Semanas depois, o ex-policial foi encontrado morto em um apart-hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A causa da morte foi overdose.
“Fui ridicularizada” – A diferença de idade – Susana tinha 66 anos e Marcelo, 35 – sempre foi motivo de comentários maldosos. A atriz não esconde a mágoa: “Fui ridicularizada. Todos diziam a mesma coisa: ‘Você acha que o cara não iria te trair? E você queria que acontecesse o que com um cara bem mais novo?’. Eu me perguntava se, por um acaso, alguém com 35 anos é um jovenzinho. Ele era um homem. Era o meu marido, não um namorado. Não sou imbecil, não era uma menininha para ficar traumatizada com uma traição. Não sou mulher de segurar homem perto de mim o tempo todo. Então, quando as pessoas me perguntavam se eu não achava natural que isso acontecesse, eu respondia que não. Porque ainda acredito no ser humano. Porque não me passa pela cabeça que, quando me apaixono, a sociedade inteira está achando que aquele homem jovem está comigo para me explorar”.
A atriz ainda comentou: “O que mais me ofendeu e feriu foi a imprensa ter ficado contra mim. Isso foi a coisa mais absurda, abjeta, preconceituosa que já vi. Quem teve uma overdose que o levou à morte foi ele. Quem tinha uma amante era ele. E eu que viro a irresponsável por ter me casado por amor? Diziam: ‘Como você não viu isso antes?’. E por um acaso alguém conhece tanto o outro assim antes de um intenso convívio? Pois se até convivendo diariamente com alguém surpresas desagradáveis podem acontecer”.