A defesa de Rose Miriam se pronunciou após uma carta dela endereçada ao apresentador Gugu Liberato ser divulgada pela imprensa. No texto, Rose se posiciona contra a homossexualidade. “Eu sei que sua preferência sexual é diferente. Mas esse tipo de conduta sexual sua não vem do teu espírito, isso não é teu”, diz trecho da carta. “O seu comportamento não me traz felicidade, e nunca trará porque é contraditório à natureza de Deus”, escreve em outro.
Em nota enviada ao jornal Extra, a equipe do advogado Nelson Willians afirma que o casal enfrentava uma crise conjugal na época. “Rose escreveu a referida carta com o coração, em desespero ao saber da traição e da bissexualidade do marido, que ela tanto amava, e porque queria também proteger os filhos. Ainda que imensamente abatida, ela encontra na fé e no seu amor por ele uma saída. A partir desse momento, porém, o casal entra em crise conjugal e Rose, a pedido de Gugu, vai morar no Rio para resguardar a família. Nesse contexto surge o malfadado contrato para criação dos filhos, que Rose Miriam assinou dopada, sob efeito de medicamentos fortíssimos; e o famigerado testamento de 2011”, diz o comunicado da defesa.
“Nessa época Rose entrou em uma grave depressão, voltou para São Paulo e foi internada no Hospital Albert Einstein. E, novamente, o advogado Nelson Wilians chama atenção para a responsabilidade que Gugu tinha para com ela e seus filhos. Ele a visitava no hospital e se identificava na recepção como companheiro de Rose, conforme registros do próprio hospital. Como já dito, foi nesse período que ele fez o testamento e o contrato para que ela cuidasse dos filhos. Ela assinou, conforme depoimento de médicos, sob efeito de medicamentos. Portanto, não estando no controle de suas funções mentais, tanto que o apresentador preferiu fazer depósitos para o sustento da família na conta do irmão dela, já que ela estava à base de remédios”, continua a nota.
“Passado esse período, além de ela fazer terapia, ela convenceu Gugu a também fazer terapia e obteve dele a promessa de que mudaria seu comportamento, pois na época ele manifestou esse desejo. Primeiro eles compraram uma casa pequena. Com a adaptação à cidade, a família se mudou para uma casa maior. Foi nessa casa que Gugu se acidentou e foi socorrido por Rose”, complementa.
“A legislação para reconhecimento de união estável é clara. A traição ou a ausência de sexo, o que não é o caso de Rose e Gugu, não são, por si só, elementos para desqualificar a união estável, senão as pessoas começam a trair só para ‘escapar’ de eventuais responsabilidades civis. Rose e Gugu mantinham uma relação pública, notória, duradoura, contínua e com objetivo de constituir família e que também era intercalada por crises conjugais. São esses elementos que a Justiça avalia em um processo de reconhecimento de união estável. E, no caso de Rose, todos esses quesitos são amplamente possíveis de confirmação”, finaliza.