Alvo de áudio racista, Ananda reage após arquivamento de denúncia contra Minerato

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Reação. Após Ana Paula Minerato celebrar nas redes sociais que a denúncia de racismo contra ela no Ministério Público foi arquivada, a cantora Ananda usou o mesmo canal para se manifestar e afrontar a modelo. A integrante do grupo Melanina Carioca republicou o post de Minerato e questionou: “Quem seria o mal? Podia ter ficado […]

POR Redação SRzd16/01/2025|6 min de leitura

Alvo de áudio racista, Ananda reage após arquivamento de denúncia contra Minerato

Ananda e Ana Paula Minerato. Foto: Reprodução Instagram/TV

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Reação. Após Ana Paula Minerato celebrar nas redes sociais que a denúncia de racismo contra ela no Ministério Público foi arquivada, a cantora Ananda usou o mesmo canal para se manifestar e afrontar a modelo.

A integrante do grupo Melanina Carioca republicou o post de Minerato e questionou: “Quem seria o mal? Podia ter ficado quieta, né?”.

Em novembro do ano passado, Ana Paula Minerato teve um áudio vazado em que se referiu a Ananda como “neguinha e empregada do cabelo duro”, o que levou a cantora a denunciar o caso como injúria racial.

A Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público para arquivar a queixa-crime por injúria racial feita contra a influenciadora.

Na legenda do vídeo postado, Amanda escreveu: “Após a notícia do desarquivamento, procurei assessoria jurídica. Então, quero avisar: A luta não acabou! Todas as medidas necessárias serão tomadas para a mais justa apuração dos fatos”.

Na publicação, a artista desabafou: “Ontem, eu acordei e me deparei com a seguinte mensagem. 9 da manhã, meu dia acabou. O racismo no Brasil é uma ferida aberta e é complicado ser parda, negra, lutando em um mundo que insiste em te desumanizar na primeira oportunidade que tem. Recentemente, eu fui vítima de falas racistas por parte de uma mulher chamada Ana Paula Minerato. E ontem eu acordei com a notícia de que o processo tinha sido arquivado por falta de provas”.

“Com áudio que foi veiculado em mídia nacional, e eu ainda tenho que lidar com o outro lado cantando vitória dizendo que o bem vence o mal. Quem é o mal? Perguntei, não tive resposta? Está um silêncio ensurdecedor”, comentou.

“Nenhuma: ‘Desculpa’. Nem: ‘Olha, não foi para você não’. Porque para ela foi um grande mal-entendido. É assim que ela está recuperando a sua imagem, se retratando com as pessoas que gostam dela. Falando mentiras ao meu respeito, para que eu perca a minha moral. Para que a minha conduta e a minha postura sejam questionadas por parte do público. Não foi mal-entendido, não foi insulto”, afirmou.

“Eu não fiz nada para essa pessoa. Meu problema foi ter atravessado um caminho que se cruzou com o dela, que já era um passado. Porque deve ser muito difícil aceitar que o seu ex seguiu em frente com uma mulher que você julga ser inferior a você. Que você julga não ser digna de ser amada. Ah, meu Deus. Ah, meu Deus. Insulto é uma coisa. Racismo é outra completamente diferente. E racismo é crime no Brasil desde 1989. Então, assim, não é uma coisa que a gente vai esquecer do dia para a noite, vocês concordam comigo? Ou seja, uma grande estrutura que quer o quê? Silenciar. Que quer nos silenciar”, desabafou.

Amanda prosseguiu: “Só que a Marielle Franco já disse que o nosso espaço é em todos os lugares. Então, onde houver espaço, a gente tem que denunciar. Por isso que eu estou aqui agora, para denunciar de novo. Para dizer, olha, gente, isso aconteceu, isso me doeu. Crise de ansiedade, perda de peso, não sair na rua. É horrível a gente passar por isso. Quando a gente chora, ninguém ouve. Quando a gente busca por justiça, a gente é exagerada. Se eu chegasse aqui reclamando e dizendo tudo o que eu quero, do jeito que eu quero e a pessoa merece, eu ia ser a raivosa. A neguinha raivosa”, completou.

“Onde é o meu lugar, então? O que eu faço, então? O que mais eu pego de prova para mostrar que isso me aconteceu e que isso não deve ser esquecido? O que eu faço, gente? Vou perguntar. Para ver se a gente consegue ter esperança de que realmente coisas acontecem. Que eu e ela possamos servir de exemplo para que sim. Mesmo você tendo a pele clara. Não é bullying, não é zoação, não é um insulto porque a pessoa ficou chateada com você. Isso é racismo. A luta não acabou. Não é só por justiça. É por dignidade. É por futuro”, finalizou.

A investigação ainda não acabou e será encaminhada ao Rio de Janeiro, como informou a Polícia Civil ao Gshow.

“A investigação está em andamento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Os agentes solicitaram documentos e vídeos que serão encaminhados pela vítima, e a autora será ouvida”, informou.

+ assista ao vídeo:

Rodapé - entretenimento

Reação. Após Ana Paula Minerato celebrar nas redes sociais que a denúncia de racismo contra ela no Ministério Público foi arquivada, a cantora Ananda usou o mesmo canal para se manifestar e afrontar a modelo.

A integrante do grupo Melanina Carioca republicou o post de Minerato e questionou: “Quem seria o mal? Podia ter ficado quieta, né?”.

Em novembro do ano passado, Ana Paula Minerato teve um áudio vazado em que se referiu a Ananda como “neguinha e empregada do cabelo duro”, o que levou a cantora a denunciar o caso como injúria racial.

A Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público para arquivar a queixa-crime por injúria racial feita contra a influenciadora.

Na legenda do vídeo postado, Amanda escreveu: “Após a notícia do desarquivamento, procurei assessoria jurídica. Então, quero avisar: A luta não acabou! Todas as medidas necessárias serão tomadas para a mais justa apuração dos fatos”.

Na publicação, a artista desabafou: “Ontem, eu acordei e me deparei com a seguinte mensagem. 9 da manhã, meu dia acabou. O racismo no Brasil é uma ferida aberta e é complicado ser parda, negra, lutando em um mundo que insiste em te desumanizar na primeira oportunidade que tem. Recentemente, eu fui vítima de falas racistas por parte de uma mulher chamada Ana Paula Minerato. E ontem eu acordei com a notícia de que o processo tinha sido arquivado por falta de provas”.

“Com áudio que foi veiculado em mídia nacional, e eu ainda tenho que lidar com o outro lado cantando vitória dizendo que o bem vence o mal. Quem é o mal? Perguntei, não tive resposta? Está um silêncio ensurdecedor”, comentou.

“Nenhuma: ‘Desculpa’. Nem: ‘Olha, não foi para você não’. Porque para ela foi um grande mal-entendido. É assim que ela está recuperando a sua imagem, se retratando com as pessoas que gostam dela. Falando mentiras ao meu respeito, para que eu perca a minha moral. Para que a minha conduta e a minha postura sejam questionadas por parte do público. Não foi mal-entendido, não foi insulto”, afirmou.

“Eu não fiz nada para essa pessoa. Meu problema foi ter atravessado um caminho que se cruzou com o dela, que já era um passado. Porque deve ser muito difícil aceitar que o seu ex seguiu em frente com uma mulher que você julga ser inferior a você. Que você julga não ser digna de ser amada. Ah, meu Deus. Ah, meu Deus. Insulto é uma coisa. Racismo é outra completamente diferente. E racismo é crime no Brasil desde 1989. Então, assim, não é uma coisa que a gente vai esquecer do dia para a noite, vocês concordam comigo? Ou seja, uma grande estrutura que quer o quê? Silenciar. Que quer nos silenciar”, desabafou.

Amanda prosseguiu: “Só que a Marielle Franco já disse que o nosso espaço é em todos os lugares. Então, onde houver espaço, a gente tem que denunciar. Por isso que eu estou aqui agora, para denunciar de novo. Para dizer, olha, gente, isso aconteceu, isso me doeu. Crise de ansiedade, perda de peso, não sair na rua. É horrível a gente passar por isso. Quando a gente chora, ninguém ouve. Quando a gente busca por justiça, a gente é exagerada. Se eu chegasse aqui reclamando e dizendo tudo o que eu quero, do jeito que eu quero e a pessoa merece, eu ia ser a raivosa. A neguinha raivosa”, completou.

“Onde é o meu lugar, então? O que eu faço, então? O que mais eu pego de prova para mostrar que isso me aconteceu e que isso não deve ser esquecido? O que eu faço, gente? Vou perguntar. Para ver se a gente consegue ter esperança de que realmente coisas acontecem. Que eu e ela possamos servir de exemplo para que sim. Mesmo você tendo a pele clara. Não é bullying, não é zoação, não é um insulto porque a pessoa ficou chateada com você. Isso é racismo. A luta não acabou. Não é só por justiça. É por dignidade. É por futuro”, finalizou.

A investigação ainda não acabou e será encaminhada ao Rio de Janeiro, como informou a Polícia Civil ao Gshow.

“A investigação está em andamento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Os agentes solicitaram documentos e vídeos que serão encaminhados pela vítima, e a autora será ouvida”, informou.

+ assista ao vídeo:

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