Morreu nesta quarta-feira (5), aos 92 anos, a atriz Beatriz Segall. Ela estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com quadro de problemas respiratórios, havia recebido alta no dia 21 de agosto.

O velório acontece na noite quarta-feira, no próprio hospital, e se estenderá até a tarde desta quinta-feira (6), quando será realizada a cerimônia de cremação do corpo da atriz.

Com uma longa carreira de cerca de 70 anos, Beatriz Segall,  que nasceu no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1926,
foi imortalizada na teledramaturgia brasileira, em 1988, com a personagem Odete Roitman. A sofisticada vilã da novela “Vale Tudo” caiu na curiosidade popular ao ser assassinada com três tiros. O bordão “Quem matou Odete Roitman?” é lembrado na dramaturgia até os dias atuais.

Começou sua carreira com um curso no Serviço Nacional de Teatro. Na década de 1950 foi estudar teatro e literatura na França. Por lá, conheceu o futuro marido Maurício Segall, filho do pintor Lasar Segall.

De volta ao Brasil, Beatriz se afastou dos palcos, se dedicando à família e aos três filhos por cerca de 10 anos. Em 1964, foi convidada pelo diretor José Martinez Corrêa para substituir a atriz Henriette Morineau em uma peça do Teatro Oficina. Aceitou e retomou a carreira artística.

Além de seus trabalhos em novelas, atuou também em filmes e peças de teatro, sendo premiada por duas vezes como melhor atriz brasileira com o troféu Mambembe, com a peça Emily, de William Luce, em 1984, e em O Manifesto, de Brian Clark, em 1987.  Sua principal motivação para se tornar atriz foi a participação no filme “A beleza do diabo” (1950).

Nos últimos anos, fez outros papeis na televisão, como na novela Lado a Lado (2012) e o seriado Os Experientes (2015), ambos exibidos pela Rede Globo.