O cantor Bruno, da dupla com Marrone, se manifestou na noite de segunda-feira (15) após um vídeo com ato transfóbico viralizar nas redes sociais. Nas imagens, o artista pergunta à reporter Lisa Gomes, que é trans, se ela “tem pau”. A jornalista chegou a se manifestar depois dizendo que se sentia “um lixo” e que estava “a base de calmantes”.

Por meio das redes sociais, Bruno disse que foi “infantil” em sua fala e pediu perdão. “Eu tô aqui pra pedir desculpas para a Lisa Gomes pelo que eu perguntei pra ela. Fui totalmente infantil, fui totalmente inconsequente e eu quero pedir desculpa. Acho que não tem como voltar no tempo e pedir perdão pra ela, tá? Perdão, Lisa Gomes”, disse o cantor. A assessoria de Bruno informou que ele falou por telefone com Lisa para se desculpar.

 

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Após a retratação de Bruno, a repórter se manifestou nas redes sociais. “Agradecer o carinho de vocês, o acolhimento. Senti esse abraço e acolhimento de longe, mas eu não posso deixar de falar que foi horrível o que eu passei. Foi horrível o que eu escutei porque me trouxe a um lugar que eu não gostaria. Quando a gente passa por um processo de transição, é um processo muito doloroso, muito difícil, porque eu nunca soube lidar bem com a aceitação do corpo. Tudo isso que vocês já conhecem em relação a mulheres trans. De forma mais clara, que a gente nasce em corpo errado”, disse.

“Me senti invadida, senti a minha intimidada exposta de uma forma que eu não gostaria que fosse. Então, tudo isso me fez muito mal, tudo isso me fez voltar a um lugar que eu não gostaria. Quando vem de um artista tão consagrado e querido do público, porque como cantor eu acho ele sensacional, tem uma voz incrível, mas no mais não tem o que falar. Eu me senti desrespeitada por você, sim, Bruno. Eu não gostaria que você sentisse isso também porque é muito ruim”, continuou Lisa.

“Acho que a retratação maior é reconhecer mesmo que fez não foi legal, machucou, incomodou não só a mim, mas toda uma comunidade, que luta por respeito, espaço no mercado de trabalho. Eu, hoje, sirvo de representatividade pra tantas meninas, mulheres transexuais que querem entrar nesse mercado de trabalho. É isso que eu faço”, completou.

 

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