O apresentador Carlos Alberto de Nóbrega sugeriu que os ataques sofridos por William Bonner nos últimos anos são decorrentes de posições adotadas pela TV Globo.
O humorista conversou com a jornalista Michelle Barros em seu podcast, O Pod é Nosso, e questionou se a empresa tentava padronizar a forma como seus contratados deveriam se posicionar em relação aos temas políticos.
Michelle, que foi colega de Bonner na emissora, afirmou que nunca houve “nada colocado” da Globo nesse sentido ou “algum comando” da direção e ponderou que os jornalistas são profissionais, cada um com sua própria subjetividade. Mas ressaltou que a emissora, assim como qualquer empresa, tem suas posições mercadológicas.
“Será que ele realmente pensa daquele jeito?”
Em seguida, Carlos Alberto disse que, do seu ponto de vista, William Bonner sofreu as represálias por ser apresentador e editor-chefe do “Jornal Nacional”, o principal telejornal da Globo e questionou se de fato o âncora “pensa daquele jeito”, ou se apenas emitia as posições de sua empregadora.
“A gente percebia que antes das eleições o jornalismo da Globo era coincidência, todo mundo pensar a mesma coisa ou era tendencioso lá de cima? Pergunto porque eu não o conheço pessoalmente, mas sou fã dele. O Bonner sofreu uma campanha, coitado, que talvez ele não tenha culpa, embora ele seja editor-chefe, mas tem (a hierarquia). Ele foi agredido verbalmente várias vezes e eu fico pensando: ‘será que ele realmente pensa daquele jeito?’, porque de repente ele sofre de uma coisa que ele não tem culpa, o coitado, porque ele teve problema de cabeça, ele pirou”, concluiu Nóbrega.
A jornalista elogiou Bonner ao pontuar que ele é “muito profissional” e que, por ser editor-chefe do “principal selo da empresa quando você fala dos assuntos políticos, econômicos do país”, ganhou maior evidência e se tornou alvo preferencial dos críticos da emissora.
“É importante que todo ser pensante saiba que todos os meios de comunicação têm seus vieses, porque são negócios, e é óbvio que eles têm interesse econômico, e é importante saber também que as pessoas têm seus vieses. Às vezes isso se imiscui, às vezes não”, finalizou Michelle.