Abriu o coração. A ex-BBB Aline Patriarca revelou ter sido vítima de racismo em relacionamentos e durante a infância por conta do seu cabelo. A baiana contou que chegou a ouvir de um ex-namorado que só a procuraria novamente quando ela colocasse tranças. A fala aconteceu durante o processo de transição capilar da ex-policial, quando ela optou por assumir seus fios naturais.

“Já me relacionei com uma pessoa que falava: ‘Ah, quando você colocar trança de novo, a gente se encontra’. Era algo que me doía”, relatou Aline. “Por isso, incentivo tanto as pessoas a se aceitarem como são, a bater no peito e segurar o rojão”, disse em entrevista ao Canal Extra.

Aline entrou no Big Brother Brasil com tranças e, pouco antes de deixar o programa, exibiu seus cabelos naturais, gesto que inspirou muitas meninas pretas pelo país. Segundo ela, a relação com o próprio cabelo sempre foi atravessada pelo preconceito desde a infância.

“Durante o recreio na escola, eu ia para o banheiro, desfazia as tranças que minha mãe fazia e molhava os fios para que ficassem soltos como os das meninas brancas da sala. Minha mãe ficou muito triste quando descobriu”, lembrou. Aos 21 anos, ela decidiu iniciar a transição capilar inspirada na cantora Iza.

Durante o confinamento no reality, Aline se tornou referência para outras mulheres pretas e reforçou a importância da autoestima e da valorização da identidade.

“O cabelo é a coroa de toda mulher preta. Me sinto na obrigação de passar isso adiante, para que outras meninas entendam que são lindas do jeito que são”, afirmou.