Divergência pública. O ator Juliano Cazarré saiu em defesa da PL (Projeto de Lei) 1904/2024, chamado de “PL do Aborto” e “PL do Estupro”, que propõe equiparar o aborto ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro, prática permitida no Brasil.
Na opinião do artista, o texto tem como objetivo evitar “assassinatos”. Cazarré publicou nas redes sociais um vídeo defendendo o projeto. Nas imagens, ele defendeu que “todo aborto é um assassinato de um inocente” e que até em casos de estupro, o aborto não apagaria o crime.
Quem reagiu diante desta opinião foi o também ator José de Abreu, de 78 anos, que usou as redes sociais neste domingo (16) para xingar o colega.
“Reacionário do caralho. Burro pra cacet3. Cego pela religião que nem entende”, iniciou ele. “Quando a religião abate a inteligência, acontecem esses abortos intelectuais”, acrescentou o artista sobre Juliano, com quem já contracenou em 2012, na novela Avenida Brasil, da Rede Globo.
Entenda a discussão
O projeto de lei (PL), proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), quer mudar as regras já pacificadas pela Constituição Federal sobre os casos em que o aborto é considerado legal, como quando a pessoa que gesta corre risco de vida ou a gestação é fruto de casos de estupro.
A urgência do PL foi aprovada em votação-relâmpago na Câmara na última quarta-feira e ainda não tem data para ser votado.
É importante ressaltar que a legislação brasileira não estabelece um prazo máximo para interromper a gestação de maneira legal.
O aborto é considerado crime no Brasil, no entanto, existem três exceções em que ele pode ser realizado: quando a gravidez é resultado de um estupro, anencefalia fetal, ou seja, má formação do cérebro do feto, ou gravidez que coloca em risco a vida da gestante.