O ator Raul Gazolla, de 66 anos, comentou recentemente sobre seus sentimentos por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz. Em 1992, o ex-casal assassinou a atriz e então esposa de Gazolla, Daniella Perez.
Em entrevista concedida ao podcast Inteligência Limitada, de Rogério Vilela, o ator definiu os dois como psicopatas, além de ter afirmado que eles nunca se arrependeram do crime.
“O psicopata não tem sentimento. A diferença entre o psicopata e o esquizofrênico é que o psicopata não tem o menor pudor. Ele não sente nada. Eles são psicopatas, os dois. Ele é um psicopata perigoso, ela é fria, calculista. (…) [Guilherme] nunca se arrependeu. Nunca se arrependeram. Não acho, tenho certeza. [Nas entrevistas], ele sempre levantou o nariz e falou assim: ‘Aconteceu o que tinha que acontecer’. E ela [Paula] se diz vítima, se diz inocente, quer tapar o sol com a peneira“, declarou ele.
Na época, Guilherme contracenava com Daniella na novela “De Corpo e Alma”. De acordo com o que foi apresentado na justiça, o que motivou o assassinato foi que na semana do crime, ao receber os capítulos da novela, ele percebeu que seu personagem não estaria presente em dois capítulos e acreditou que isso acontecera por influência dela. Isso porque ele assediava a atriz visando se beneficiar, já que ela era filha da autora, Glória Perez.
O corpo de Daniella foi encontrado num matagal, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, perfurado com dezoito golpes fatais de punhal, no dia 28 de dezembro de 1992.
“Descobri que a minha vingança é deixar eles viverem aqui essa vida, sabendo o que eles fizeram. (…) Eu não tenho o menor interesse em matar eles dois, nenhum. Quero que eles vivam a vida deles da pior maneira possível. [Mas] se morrerem, vou ficar feliz, não vou ficar triste“, disse Gazolla.
Atualmente, Guilherme é pastor de uma igreja de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ele e Paula, sua cúmplice no crime, se separaram em maio de 2014.
Raul relembrou ainda que na época buscou na terapia e no apoio dos amigos as forças e palavras necessárias para superar a tragédia e a raiva que sentia pelos assassinos.
“Fui a muitas pessoas espiritualmente mais evoluídas do que eu, e chegava com uma única dúvida: por que não posso matar? Eles tinham um texto bom para me dizer, não me lembro qual é, mas na época eu acreditava. Hoje eu entendo: porque, quando você tira a vida de uma pessoa, mesmo que essa pessoa mereça, você ultrapassa uma barreira energética, invisível, que só você sabe que ultrapassou e não tem volta“, finalizou.
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