Letícia Sabatella desabafa sobre diagnóstico de autismo aos 52 anos

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A atriz Letícia Sabatella foi diagnosticada, aos 52 anos, com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em entrevista ao Fantástico, neste domingo (17), a artista falou sobre o quanto esta descoberta tem relação com diversas percepções que teve ao longo da vida. “Eu tinha um mundo imaginário muito rico. Eu ficava apaixonada pelas coisas. Um […]

POR Redação SRzd18/09/2023|3 min de leitura

Letícia Sabatella desabafa sobre diagnóstico de autismo aos 52 anos

Letícia Sabatella. Foto: Reprodução/TV

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A atriz Letícia Sabatella foi diagnosticada, aos 52 anos, com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em entrevista ao Fantástico, neste domingo (17), a artista falou sobre o quanto esta descoberta tem relação com diversas percepções que teve ao longo da vida.

“Eu tinha um mundo imaginário muito rico. Eu ficava apaixonada pelas coisas. Um prego tinha vida”, contou ela, que acrescentou ter sofrido com a rejeição durante seus primeiros anos na escola.

Letícia contou também que tinha muita dificuldade de se enturmar na escola durante a infância. Ela disse também que nunca entendia a razão do afastamento de colegas. “Quando eu tinha 9 anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, pelo meu jeito. Eu não entendia o porquê”, desabafou.

Entre os desafios enfrentados em decorrência das características atípicas, a atriz disse ter reações a barulhos muito altos, além da hipersensibilidade ao toque físico. “Tem horas que sigo a passar mal. Parece uma agressão. Gosto muito do toque, mas se alguém fica fazendo assim [alisando], dá vontade de pedir para parar”, revelou.

“Era reconhecida como maluca”

A atriz refletiu sobre desafios que enfrentou antes da descoberta, como o fato de ser “reconhecida como louca” em certas situações: “Estava sempre estudando e sempre me formando em alguma coisa, para dizer que tinha que acrescentar e me construir. Sempre fui reconhecida como pisciana, artista, sonhadora, romântica, idealista. Até em algumas situações mais abusivas como maluca, ‘louquinha'”.

O caso de Letícia não é incomum. Identificar o TEA na fase adulta auxilia no autoconhecimento e facilita a construção de um dia-a-dia com mais bem-estar e conforto, conforme as demandas individuais da pessoa.

“Estou aprendendo sobre esse assunto. Não sei sobre ele. Eu sei sobre mim, muito intuitivamente. Essa é o valor de um bom diagnóstico para margear o caminho. Uma pessoa que não se conhece fica mais suscetível a ser oprimida”, concluiu.

Transtorno de Espectro Autista

O Transtorno de Espectro Autista (TEA) atinge cerca de 70 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Mesmo assim, as pessoas que possuem este transtorno passam por diversas situações preconceituosas e discriminações, relacionados principalmente à falsa percepção de que são incapazes de conviver em sociedade.

Sabatella foi diagnosticada com o TEA no nível 1, que apresenta características mais leves e podem ser despercebidas por muito tempo, tornando este o tipo mais recorrente em diagnósticos tardios.

A atriz Letícia Sabatella foi diagnosticada, aos 52 anos, com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em entrevista ao Fantástico, neste domingo (17), a artista falou sobre o quanto esta descoberta tem relação com diversas percepções que teve ao longo da vida.

“Eu tinha um mundo imaginário muito rico. Eu ficava apaixonada pelas coisas. Um prego tinha vida”, contou ela, que acrescentou ter sofrido com a rejeição durante seus primeiros anos na escola.

Letícia contou também que tinha muita dificuldade de se enturmar na escola durante a infância. Ela disse também que nunca entendia a razão do afastamento de colegas. “Quando eu tinha 9 anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, pelo meu jeito. Eu não entendia o porquê”, desabafou.

Entre os desafios enfrentados em decorrência das características atípicas, a atriz disse ter reações a barulhos muito altos, além da hipersensibilidade ao toque físico. “Tem horas que sigo a passar mal. Parece uma agressão. Gosto muito do toque, mas se alguém fica fazendo assim [alisando], dá vontade de pedir para parar”, revelou.

“Era reconhecida como maluca”

A atriz refletiu sobre desafios que enfrentou antes da descoberta, como o fato de ser “reconhecida como louca” em certas situações: “Estava sempre estudando e sempre me formando em alguma coisa, para dizer que tinha que acrescentar e me construir. Sempre fui reconhecida como pisciana, artista, sonhadora, romântica, idealista. Até em algumas situações mais abusivas como maluca, ‘louquinha'”.

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