Balada de louco! Ney Matogrosso, aos 82 anos, que parecem muito menos, falou abertamente sobre sua vida sexual, amorosa e o preconceito com a Aids, em entrevista à Veja.
Sexo com 15! “Cheguei a transar com quinze pessoas ao mesmo tempo. Virava uma confusão, uma enorme brincadeira. Houve ainda uma época em que olhava para a plateia e desenvolvia uma relação quase sexual com ela. Tinha vontade de transar com toda aquela gente. Claro que isso não se concretizava. Fora dali, eu era fácil, fácil. Se alguém se aproximasse com vontade e eu me sentisse atraído, não perguntava nem o nome”, afirmou.
Namoro com Cazuza: “Fui completamente apaixonado, mas era difícil conviver com os dois Cazuzas que havia nele. No lado público, se mostrava agressivo, louco, bêbado e cheirava muito pó. Já na intimidade, era o oposto. Foi uma das pessoas mais encantadoras que conheci. A relação durou três intensos meses. Uma vez, ele sumiu por quatro dias e apareceu na minha casa sujo, fedendo, com um traficante a tiracolo. Discutimos, e Cazuza cuspiu em mim. Aí dei um tapa na cara dele e o mandei ir embora. Seguimos amigos, nos amando, mas sem sexo”, lembrou.
Preconceito com a Aids: “Era um período diferente de hoje. As pessoas tinham medo até de encostar em alguém com Aids. Em uma ocasião, fui levar o Marco (seu ex), detonado, ao médico, e não queriam que entrássemos no elevador. Cazuza morava perto de mim. Ia visitá-lo e massageava seus pés quando já não conseguia se levantar. Além do Cazuza e do Marco, treze amigos, alguns que eu havia namorado, se foram num período curto”, contou Ney.