Rock in Rio: Joss Stone rouba a cena na quarta noite do Festival
Rio. Depois de dois dias de folga, o Festival retornou nesta quinta-feira (19). Acostumada a receber lotação máxima em todos os dias, a Cidade do Rock experimentou um momento diferente, com muitos espaços vazios entre o público, a maioria para ver a apresentação do britânico Ed Sheeran. A organização do Rock in Rio divulgou incessantemente os […]
POR Redação SRzd20/09/2024|7 min de leitura
Rio. Depois de dois dias de folga, o Festival retornou nesta quinta-feira (19). Acostumada a receber lotação máxima em todos os dias, a Cidade do Rock experimentou um momento diferente, com muitos espaços vazios entre o público, a maioria para ver a apresentação do britânico Ed Sheeran.
A organização do Rock in Rio divulgou incessantemente os ingressos que ainda sobravam, tanto para este dia quanto para o sábado (21), mas o fator quinta-feira parece ter falado mais alto.
O grande show da noite ficou por conta de Joss Stone. Transbordando carisma, segurança e talento, a inglesa parecia se apresentar para amigos na sala de sua casa. Com uma banda espetacular e seu repertório com pegada soul, Joss soltou sua linda voz e mostrou a diferença que faz ter músicos em cima do palco tocando de verdade. Ainda no início, soltou seu maior sucesso, “Super Super Love”, e desceu pra interagir com a galera. Em “Mr. Wankerman” pediu à rapaziada da grade uma palavra que a ajudasse a alfinetar seu ex-marido. Durante toda a canção, trocou “wankerman” por “vacilão man”. Na reta final, “Piece of my Heart”, canção eternizada pela voz de Janis Joplin, coroou a apresentação como uma das melhores desta edição.
Coube a Jão abrir o Palco Mundo ainda com um público bem reduzido. Acostumado a levar shows grandiosos por onde passa, o cantor paulista emulou um auditório em cima do palco, com fãs posicionados como uma plateia privilegiada, enquanto apresentava canções de seus quatro álbuns de estúdio. A verdade é que Jão tem uma forte base de fãs, ávidos por um pop rock de qualidade, carência gritante na música brasileira atual. E eles estavam no gargarejo cantando tudo com a maior verdade do mundo.
Depois de Joss Stone, Charlie Puth manteve o bom nível da noite. Ainda em 2019, o estadunidense trouxe um bom show ao Sunset e não foi diferente desta vez. Carismático, bom músico e com ótima voz, Puth só dá azar em não ter seu repertório tão conhecido por aqui. Com ótima banda ao seu lado, levou boa música aos poucos que não passeavam pela Cidade do Rock no momento. Chegou a arriscar “Garota de Ipanema” no piano e deixou sua música mais conhecida, “See You Again” pro final.
Coube a Ed Sheeran a difícil missão de convencer o trabalhador que encararia a sexta-feira a ficar na Cidade do Rock até duas da matina. Conseguiu parcialmente. Muita gente deixou o espaço no meio do show. Adepto da filosofia “deixa que eu me viro sozinho”, o britânico se apresenta apenas com violão, sintetizador e equipamento para gravar os loops no início das músicas. Levadas, percussão, dedilhados, vocais e teclados são registrados e repetidos para que Sheeran solte sua voz. O processo dá uma leve cansada, uma vez que as introduções não terminam até que os loops estejam completos. O cantor compensa com uma ótima voz e com uma lista de músicas interessantes, sejam baladas ou outras mais swingadas. Durante “Shape of You”, anunciou que voltará ao Brasil no ano que vem, ainda com o show da “+-=÷x Tour”.
No Palco Sunset, o destaque foi para a mini apresentação de Will Smith. Usando bases pré-gravadas, foram somente 30 minutos de declarações de amor ao Rio e de clássicos de sua carreira como cantor. “You Can Make It”, seu último lançamento, foi acompanhado do coral Cariocanto. Pedro Sampaio abriu os trabalhos do Sunset, que ainda teve Ferrugem com Gilsons e Glória Groove, ambos com enorme público em frente ao palco.
O Rock in Rio retorna nesta sexta-feira (20) com o dia delas, dedicado somente a artistas mulheres. Katy Perry será a atração principal da noite.
+ veja fotos do quarto dia do Festival:
Rio. Depois de dois dias de folga, o Festival retornou nesta quinta-feira (19). Acostumada a receber lotação máxima em todos os dias, a Cidade do Rock experimentou um momento diferente, com muitos espaços vazios entre o público, a maioria para ver a apresentação do britânico Ed Sheeran.
A organização do Rock in Rio divulgou incessantemente os ingressos que ainda sobravam, tanto para este dia quanto para o sábado (21), mas o fator quinta-feira parece ter falado mais alto.
O grande show da noite ficou por conta de Joss Stone. Transbordando carisma, segurança e talento, a inglesa parecia se apresentar para amigos na sala de sua casa. Com uma banda espetacular e seu repertório com pegada soul, Joss soltou sua linda voz e mostrou a diferença que faz ter músicos em cima do palco tocando de verdade. Ainda no início, soltou seu maior sucesso, “Super Super Love”, e desceu pra interagir com a galera. Em “Mr. Wankerman” pediu à rapaziada da grade uma palavra que a ajudasse a alfinetar seu ex-marido. Durante toda a canção, trocou “wankerman” por “vacilão man”. Na reta final, “Piece of my Heart”, canção eternizada pela voz de Janis Joplin, coroou a apresentação como uma das melhores desta edição.
Coube a Jão abrir o Palco Mundo ainda com um público bem reduzido. Acostumado a levar shows grandiosos por onde passa, o cantor paulista emulou um auditório em cima do palco, com fãs posicionados como uma plateia privilegiada, enquanto apresentava canções de seus quatro álbuns de estúdio. A verdade é que Jão tem uma forte base de fãs, ávidos por um pop rock de qualidade, carência gritante na música brasileira atual. E eles estavam no gargarejo cantando tudo com a maior verdade do mundo.
Depois de Joss Stone, Charlie Puth manteve o bom nível da noite. Ainda em 2019, o estadunidense trouxe um bom show ao Sunset e não foi diferente desta vez. Carismático, bom músico e com ótima voz, Puth só dá azar em não ter seu repertório tão conhecido por aqui. Com ótima banda ao seu lado, levou boa música aos poucos que não passeavam pela Cidade do Rock no momento. Chegou a arriscar “Garota de Ipanema” no piano e deixou sua música mais conhecida, “See You Again” pro final.
Coube a Ed Sheeran a difícil missão de convencer o trabalhador que encararia a sexta-feira a ficar na Cidade do Rock até duas da matina. Conseguiu parcialmente. Muita gente deixou o espaço no meio do show. Adepto da filosofia “deixa que eu me viro sozinho”, o britânico se apresenta apenas com violão, sintetizador e equipamento para gravar os loops no início das músicas. Levadas, percussão, dedilhados, vocais e teclados são registrados e repetidos para que Sheeran solte sua voz. O processo dá uma leve cansada, uma vez que as introduções não terminam até que os loops estejam completos. O cantor compensa com uma ótima voz e com uma lista de músicas interessantes, sejam baladas ou outras mais swingadas. Durante “Shape of You”, anunciou que voltará ao Brasil no ano que vem, ainda com o show da “+-=÷x Tour”.
No Palco Sunset, o destaque foi para a mini apresentação de Will Smith. Usando bases pré-gravadas, foram somente 30 minutos de declarações de amor ao Rio e de clássicos de sua carreira como cantor. “You Can Make It”, seu último lançamento, foi acompanhado do coral Cariocanto. Pedro Sampaio abriu os trabalhos do Sunset, que ainda teve Ferrugem com Gilsons e Glória Groove, ambos com enorme público em frente ao palco.
O Rock in Rio retorna nesta sexta-feira (20) com o dia delas, dedicado somente a artistas mulheres. Katy Perry será a atração principal da noite.