Abriu o coração. Vitor Fadul (29), compartilhou como o diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) transformou sua vida pessoal e profissional, além de ter sido fundamental para a relação com o historiador Leandro Karnal (61).
Juntos há cerca de cinco anos, o casal revelou como o entendimento sobre o autismo de Fadul foi essencial para fortalecer a união e evitar um possível fim do casamento.
Mudança de vida com o diagnóstico
Fadul foi diagnosticado com TEA aos 25 anos, durante um período difícil de sua vida. “Se não tivesse descoberto o autismo, meu casamento com o Leandro teria acabado há muito tempo”, afirmou. Ele contou que antes do diagnóstico não conseguia entender sua forma de se relacionar, nem como os outros o percebiam. “Tentava entender como as pessoas funcionavam e não conseguia identificar o que estava errado”, disse.
A descoberta do autismo permitiu a Fadul compreender melhor a si mesmo e buscar ajuda médica. “A literatura sobre o autismo me trouxe uma compreensão muito maior sobre mim e sobre como me relacionar com os outros”, explicou.
Além do acompanhamento médico, ele utiliza técnicas como a Análise do Comportamento Aplicado (Em inglês: Applied Behavior Analysis – ABA) para melhorar suas interações sociais, embora ainda precise de práticas de apoio, como encenar situações com o marido para treinar suas reações.
Apoio de Leandro Karnal e identidade sexual
Fadul também falou sobre a sua identidade e o relacionamento com Karnal, destacando o apoio de seu marido no processo de autoconhecimento. “Em vários momentos, peço para o Leandro fazer comigo sobre um tema.
É como se fosse um teatrinho, e vamos encenando”, contou. A aceitação do público também foi uma questão importante, e Fadul reconheceu que, embora haja acolhimento, a diferença de idade de 33 anos entre ele e o marido ainda gera curiosidade.
Sobre sua sexualidade, Vitor se define como pansexual, e brincou: “Sou casado e minha sexualidade é o Leandro Karnal.” Para ele, a conexão intelectual é importante, mas não um requisito para se sentir atraído.
Em relação à diferença de idade, Fadul revelou que não vê Leandro como alguém velho: “Às vezes olho para o Leandro e penso: ele é tão jovem. Tenho uma alma muito velha, mas ele também tem um espírito jovem”, finalizou.