Quem sobreviveu ao trânsito infernal para chegar à Barra da Tijuca neste sábado (1°) ao menos curtiu o show de um dos maiores artistas da música brasileira em todos os tempos. Porque em um reduzido pedaço de terra aconteceu de tudo um pouco neste dia: evento de samba no Parque Olímpico, Fábio Junior na Jeunesse, […]
POR Claudio Francioni02/04/2023|5 min de leitura
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Quem sobreviveu ao trânsito infernal para chegar à Barra da Tijuca neste sábado (1°) ao menos curtiu o show de um dos maiores artistas da música brasileira em todos os tempos. Porque em um reduzido pedaço de terra aconteceu de tudo um pouco neste dia: evento de samba no Parque Olímpico, Fábio Junior na Jeunesse, Paralamas no Espaço Hall e, finalmente, Ney Matogrosso no Qualistage. O cantor trouxe para o olho do furacão seu show “Bloco na Rua”, que estreou em 2019 e já gerou álbum e DVD. Após a pausa da pandemia, Ney cumpre a agenda de vários shows adiados.
Depois de todo esse tempo rodando o espetáculo, o resultado não poderia ser outro: uma hora e vinte de um show afiadíssimo, uma banda executando as canções até de olhos fechados e um impressionante artista de 81 anos flutuando pelo palco como se fosse um menino. Interrompidas apenas por um protocolar boa noite, várias das 19 canções do roteiro foram pinçadas das obras de Chico, Itamar Assumpção, Paralamas, Raul, Rita, Ednardo, Martinho, Roberto Carlos, Cazuza e Sérgio Sampaio. Deste último, a canção que abre e dá nome ao show, Eu quero é botar meu bloco na rua.
Foto: Juliana Dias/SRzd
Quase todas as músicas traziam vários elementos dos arranjos originais, como o baixo e os metais de O Beco, por exemplo. Como cenário programado por Luiz Stein, um telão de fundo projetando imagens marcantes: casais diversos se amando ao som de A Maçã ou expressões artísticas dos povos pré-colombianos em Ponta do Lápis. Esta e a anterior, Postal de Amor, foram resgatadas de um compacto de 1975 gravado em parceria com Fagner.
Sem nenhuma novidade em relação aos outros shows da turnê, o setlist regular é encerrado com uma versão roquenrôu para Sangue Latino. Após o clássico, Ney poupa tempo ao avisar que o show terminara ali, mas que ainda guardava algumas surpresas. Como 2 e 2 de Roberto abriu o bis e talvez tenha sido a execução mais arrebatadora da noite. Impressiona, além do vigor, a facilidade que Ney esbanja para passear pelas notas altas, normalmente a região mais afetada quando bate a idade em pessoas “normais”.
Foto: Juliana Dias/SRzd
Homem com H fechou a noite, mas o povo pediu mais. Sem mais nenhuma carta na manga, o cantor retornou ao palco, abriu sozinho um pedaço da cortina e mandou beijos para a plateia, que seria novamente castigada na saída, com o trânsito agravado pelo temporal que ninguém viu cair enquanto Ney botava seu bloco pra desfilar.
Banda: Sacha Amback (teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone).
Setlist:
Eu quero é botar meu bloco na rua Jardins da Babilônia O Beco Já Sei Pavão Mysteriozo Tua Cantiga A Maçã Yolanda Postal de Amor Ponta do Lápis Corista de Rock Já que tem que O último dia Inominável Sangue Latino
Quem sobreviveu ao trânsito infernal para chegar à Barra da Tijuca neste sábado (1°) ao menos curtiu o show de um dos maiores artistas da música brasileira em todos os tempos. Porque em um reduzido pedaço de terra aconteceu de tudo um pouco neste dia: evento de samba no Parque Olímpico, Fábio Junior na Jeunesse, Paralamas no Espaço Hall e, finalmente, Ney Matogrosso no Qualistage. O cantor trouxe para o olho do furacão seu show “Bloco na Rua”, que estreou em 2019 e já gerou álbum e DVD. Após a pausa da pandemia, Ney cumpre a agenda de vários shows adiados.
Depois de todo esse tempo rodando o espetáculo, o resultado não poderia ser outro: uma hora e vinte de um show afiadíssimo, uma banda executando as canções até de olhos fechados e um impressionante artista de 81 anos flutuando pelo palco como se fosse um menino. Interrompidas apenas por um protocolar boa noite, várias das 19 canções do roteiro foram pinçadas das obras de Chico, Itamar Assumpção, Paralamas, Raul, Rita, Ednardo, Martinho, Roberto Carlos, Cazuza e Sérgio Sampaio. Deste último, a canção que abre e dá nome ao show, Eu quero é botar meu bloco na rua.
Foto: Juliana Dias/SRzd
Quase todas as músicas traziam vários elementos dos arranjos originais, como o baixo e os metais de O Beco, por exemplo. Como cenário programado por Luiz Stein, um telão de fundo projetando imagens marcantes: casais diversos se amando ao som de A Maçã ou expressões artísticas dos povos pré-colombianos em Ponta do Lápis. Esta e a anterior, Postal de Amor, foram resgatadas de um compacto de 1975 gravado em parceria com Fagner.
Sem nenhuma novidade em relação aos outros shows da turnê, o setlist regular é encerrado com uma versão roquenrôu para Sangue Latino. Após o clássico, Ney poupa tempo ao avisar que o show terminara ali, mas que ainda guardava algumas surpresas. Como 2 e 2 de Roberto abriu o bis e talvez tenha sido a execução mais arrebatadora da noite. Impressiona, além do vigor, a facilidade que Ney esbanja para passear pelas notas altas, normalmente a região mais afetada quando bate a idade em pessoas “normais”.
Foto: Juliana Dias/SRzd
Homem com H fechou a noite, mas o povo pediu mais. Sem mais nenhuma carta na manga, o cantor retornou ao palco, abriu sozinho um pedaço da cortina e mandou beijos para a plateia, que seria novamente castigada na saída, com o trânsito agravado pelo temporal que ninguém viu cair enquanto Ney botava seu bloco pra desfilar.
Banda: Sacha Amback (teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone).
Setlist:
Eu quero é botar meu bloco na rua Jardins da Babilônia O Beco Já Sei Pavão Mysteriozo Tua Cantiga A Maçã Yolanda Postal de Amor Ponta do Lápis Corista de Rock Já que tem que O último dia Inominável Sangue Latino