Ritchie e Suricato: encontro de gerações em show empolgante

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Música. Em meio à turnê “A Vida Tem Dessas Coisas” que está percorrendo pelo país para celebrar os 40 anos de lançamento do primeiro trabalho, “Voo de Coração”, o cantor Ritchie recebeu nessa terça-feira (21) o cantor, guitarrista e vocalista do Barão Vermelho, Rodrigo Suricato, no Couvert Artístico,  promovido pela Rádio JB FM, no Teatro Claro, […]

POR Redação SRzd22/05/2024|5 min de leitura

Ritchie e Suricato: encontro de gerações em show empolgante

Rodrigo Suricato e Ritchie. Foto: Reprodução/Vídeo

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Música. Em meio à turnê “A Vida Tem Dessas Coisas” que está percorrendo pelo país para celebrar os 40 anos de lançamento do primeiro trabalho, “Voo de Coração”, o cantor Ritchie recebeu nessa terça-feira (21) o cantor, guitarrista e vocalista do Barão Vermelho, Rodrigo Suricato, no Couvert Artístico,  promovido pela Rádio JB FM, no Teatro Claro, em Copacabana, Zona Sul do Rio.

Antes de dividir o palco com o parceiro de show, o inglês cantou “Ando Meio Desligado”, canção dos Mutantes que atualmente é uma de suas músicas de trabalho. A regravação foi uma homenagem à Rainha do Rock, Rita Lee, amiga que o convenceu a vir ao Brasil em 1972. “Se não fosse por ela, não estaria aqui”, contou. “A Vida Tem Dessas Coisas”, título da turnê, foi a próxima a ser apresentada, seguida pela inédita “Saudade sem Paisagem (Ela Jamais Virá), lançada pela gravadora Biscoito Fino, composta com Fausto Nilo, que acabou de completar 80 anos. “Estamos aqui para demonstrar que a idade não é documento. A gente continua produzindo, viajando Brasil afora, fazendo shows”, afirmou.

Parceria de anos – O encontro, aparentemente inusitado, já era previsível diante da parceria de anos. Inclusive, foi o inglês quem sugeriu que o guitarrista trocasse o nome artístico de Rodrigo Nogueira para Rodrigo Suricato, o nome da banda que naquela época já pensava em formar. “O Ritchie foi o primeiro artista a ceder o seu próprio palco para que eu pudesse desempenhar um número com uma canção minha, sozinho. Isso tem um valor imenso porque mostra, não só a grandeza, você pega aquela lição e passa adiante. Eu passei a exercitar com outros artistas também. Foi muito importante porque eu estava solidificando o meu trabalho. Eu estava começando a minha carreira. O projeto estava engatinhando e o Ritchie falou: ‘Faz alguma coisa quando eu estiver trocando de roupa’. Foi maravilhoso, então uma salva de palmas para a generosidade do Ritchie”, pediu, sendo prontamente atendido. “Foi muito fácil para mim porque eu sabia que o Rodrigo tinha um futuro brilhante. Isso era muito claro. Eu falei para as pessoas: vocês vão ouvir falar desse cara”, retribuiu, citando o prêmio de melhor guitarrista brasileiro que Suricato ganhou em 2007 pela Gibson USA, Revista Guitar Player e IG&T concorrendo com 900 guitarristas do país inteiro. “Eu te amo!”, declarou Ritchie. “Para quem diz que inglês não tem coração…”, brincou Rodrigo.

Ritchie e Suricato no Couvert Artístico

A dupla continuou com esse clima de amizade durante toda a apresentação, que começou com “Só Pra o Vento”. Ao final, Suricato brincou: “Quer humilhação maior que um inglês dançar melhor do que você no palco?”. Ritchie respondeu de pronto: “Aquele swing todo que me é particular”, comentou arrancando risos da plateia. Em seguida, vieram os sucessos “Casanova”, “A Mulher Invisível”, “Lágrimas Demais”, “Shy Moon”, gravada com Caetano Veloso, que será regravada em breve por eles.

Perguntado sobre como lida com as novas tecnologias, Ritchie contou que diminuíram a renda dos direitos autorais forçando os artistas a voltarem para a estrada. “É muito bom estar de volta aos palcos depois de um longo hiato. Aqui é o nosso lar, é aqui que temos que estar”, completou. Nos anos 90, quando esteve ausente dos palcos, o astro inglês trabalhou sonorizando websites, entre eles, o do amigo Lulu Santos, que foi premiado, onde criou uma espécie de karaokê para guitarristas tocarem as canções do popstar.

Ritchie com Suricato no Couvert Artístico. Foto: Reprodução de Vídeo

Questionado sobre a visão futurista da música-título do seu primeiro LP, Voo de Coração, que nos longínquos anos 80 falava de holograma e computador, quando esses assuntos não eram dominados, Ritchie comentou: “O Voo de coração foi uma música que eu encomendei ao Bernardo Vilhena. Eu falei para ele: “Eu tenho um título: é Voo de Coração. É um trocadilho. Eu sou inglês, né, faz parte do humor inglês. Eu quero que seja uma coisa futurista, com hologramas”. Apesar de ter presenteado o amigo com um holograma, o objeto não era comum. “Em 1982, quando fizemos a canção, ninguém tinha computador em casa, só os nerds”, comentou.

“Pelo Interfone”, outra parceria de Ritchie com Bernardo Vilhena, e “Transas”, de Nico Rezende e Paulinho Lima,  completaram o repertório. E, como não poderia deixar de ser, “Menina Veneno”. A icônica música, no início do pocket-show, foi tema de uma enquete entre a plateia sobre quem achava que era “cor de carmim” ou “cor de carne”, seguida da explicação sobre o abajur “cor de carne”. Também foi contada a história dos bastidores do hit, que devido ao sucesso nas rádios, teve o lançamento antecipado e foi a música mais tocada no Brasil em 1983, vendendo 1,5 milhão de cópias.

O show foi como um encontro de amigos que relembram histórias, mas sabem que ainda têm um longo caminho a percorrer.

Música. Em meio à turnê “A Vida Tem Dessas Coisas” que está percorrendo pelo país para celebrar os 40 anos de lançamento do primeiro trabalho, “Voo de Coração”, o cantor Ritchie recebeu nessa terça-feira (21) o cantor, guitarrista e vocalista do Barão Vermelho, Rodrigo Suricato, no Couvert Artístico,  promovido pela Rádio JB FM, no Teatro Claro, em Copacabana, Zona Sul do Rio.

Antes de dividir o palco com o parceiro de show, o inglês cantou “Ando Meio Desligado”, canção dos Mutantes que atualmente é uma de suas músicas de trabalho. A regravação foi uma homenagem à Rainha do Rock, Rita Lee, amiga que o convenceu a vir ao Brasil em 1972. “Se não fosse por ela, não estaria aqui”, contou. “A Vida Tem Dessas Coisas”, título da turnê, foi a próxima a ser apresentada, seguida pela inédita “Saudade sem Paisagem (Ela Jamais Virá), lançada pela gravadora Biscoito Fino, composta com Fausto Nilo, que acabou de completar 80 anos. “Estamos aqui para demonstrar que a idade não é documento. A gente continua produzindo, viajando Brasil afora, fazendo shows”, afirmou.

Parceria de anos – O encontro, aparentemente inusitado, já era previsível diante da parceria de anos. Inclusive, foi o inglês quem sugeriu que o guitarrista trocasse o nome artístico de Rodrigo Nogueira para Rodrigo Suricato, o nome da banda que naquela época já pensava em formar. “O Ritchie foi o primeiro artista a ceder o seu próprio palco para que eu pudesse desempenhar um número com uma canção minha, sozinho. Isso tem um valor imenso porque mostra, não só a grandeza, você pega aquela lição e passa adiante. Eu passei a exercitar com outros artistas também. Foi muito importante porque eu estava solidificando o meu trabalho. Eu estava começando a minha carreira. O projeto estava engatinhando e o Ritchie falou: ‘Faz alguma coisa quando eu estiver trocando de roupa’. Foi maravilhoso, então uma salva de palmas para a generosidade do Ritchie”, pediu, sendo prontamente atendido. “Foi muito fácil para mim porque eu sabia que o Rodrigo tinha um futuro brilhante. Isso era muito claro. Eu falei para as pessoas: vocês vão ouvir falar desse cara”, retribuiu, citando o prêmio de melhor guitarrista brasileiro que Suricato ganhou em 2007 pela Gibson USA, Revista Guitar Player e IG&T concorrendo com 900 guitarristas do país inteiro. “Eu te amo!”, declarou Ritchie. “Para quem diz que inglês não tem coração…”, brincou Rodrigo.

Ritchie e Suricato no Couvert Artístico

A dupla continuou com esse clima de amizade durante toda a apresentação, que começou com “Só Pra o Vento”. Ao final, Suricato brincou: “Quer humilhação maior que um inglês dançar melhor do que você no palco?”. Ritchie respondeu de pronto: “Aquele swing todo que me é particular”, comentou arrancando risos da plateia. Em seguida, vieram os sucessos “Casanova”, “A Mulher Invisível”, “Lágrimas Demais”, “Shy Moon”, gravada com Caetano Veloso, que será regravada em breve por eles.

Perguntado sobre como lida com as novas tecnologias, Ritchie contou que diminuíram a renda dos direitos autorais forçando os artistas a voltarem para a estrada. “É muito bom estar de volta aos palcos depois de um longo hiato. Aqui é o nosso lar, é aqui que temos que estar”, completou. Nos anos 90, quando esteve ausente dos palcos, o astro inglês trabalhou sonorizando websites, entre eles, o do amigo Lulu Santos, que foi premiado, onde criou uma espécie de karaokê para guitarristas tocarem as canções do popstar.

Ritchie com Suricato no Couvert Artístico. Foto: Reprodução de Vídeo

Questionado sobre a visão futurista da música-título do seu primeiro LP, Voo de Coração, que nos longínquos anos 80 falava de holograma e computador, quando esses assuntos não eram dominados, Ritchie comentou: “O Voo de coração foi uma música que eu encomendei ao Bernardo Vilhena. Eu falei para ele: “Eu tenho um título: é Voo de Coração. É um trocadilho. Eu sou inglês, né, faz parte do humor inglês. Eu quero que seja uma coisa futurista, com hologramas”. Apesar de ter presenteado o amigo com um holograma, o objeto não era comum. “Em 1982, quando fizemos a canção, ninguém tinha computador em casa, só os nerds”, comentou.

“Pelo Interfone”, outra parceria de Ritchie com Bernardo Vilhena, e “Transas”, de Nico Rezende e Paulinho Lima,  completaram o repertório. E, como não poderia deixar de ser, “Menina Veneno”. A icônica música, no início do pocket-show, foi tema de uma enquete entre a plateia sobre quem achava que era “cor de carmim” ou “cor de carne”, seguida da explicação sobre o abajur “cor de carne”. Também foi contada a história dos bastidores do hit, que devido ao sucesso nas rádios, teve o lançamento antecipado e foi a música mais tocada no Brasil em 1983, vendendo 1,5 milhão de cópias.

O show foi como um encontro de amigos que relembram histórias, mas sabem que ainda têm um longo caminho a percorrer.

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