‘Silêncio no Estúdio’, de Emília Silveira, estreia no Rio de Janeiro

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O documentário “Silêncio no Estúdio”, de Emília Silveira, estreia dia 14 de dezembro nos cinemas. O longa conta a história da apresentadora Edna Savaget, jornalista pioneira no Brasil, uma das criadoras do talk show e de grande influência na história dos programas de entretenimento e cultura da televisão brasileira. O filme registra a vida, carreira […]

POR Redação SRzd13/12/2017|6 min de leitura

‘Silêncio no Estúdio’, de Emília Silveira, estreia no Rio de Janeiro

Silêncio no Estúdio. Foto: Divulgação

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O documentário “Silêncio no Estúdio”, de Emília Silveira, estreia dia 14 de dezembro nos cinemas. O longa conta a história da apresentadora Edna Savaget, jornalista pioneira no Brasil, uma das criadoras do talk show e de grande influência na história dos programas de entretenimento e cultura da televisão brasileira.

O filme registra a vida, carreira e obra da jornalista que atuou dos anos 50 aos 90 como comunicadora e esteve em sintonia com as conquistas da mulher do século XX. Edna Savaget oferecia ao público um programa de conteúdo cultural e de variedades fora dos padrões da época. Com tratamento descontraído e linguagem mais informal, ela abordava temas, como: literatura, teatro, artes plásticas, ciência, psicologia, ecologia, história e política.

O documentário ganhou dois prêmios no 11º Festival de Aruanda, em João Pessoa, no qual concorreu, inclusive, com filmes de ficção. No festival, Silêncio no Estúdio, arrebatou dois troféus: Melhor Montagem para Vinícius Nascimento e Melhor Trilha Sonora para Roger Henri. No Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Recine, deste ano, ganhou o prêmio de melhor longa-metragem.

Produzido pela Modo Operante e pela 70 Filmes, o filme é uma coprodução da Globo Filmes, da GloboNews e Canal Brasil.

Sinopse

Edna Savaget viveu mais de 30 anos nos estúdios da televisão carioca fazendo história e amigos. Precursora dos primeiros programas femininos da TV brasileira, era dela a maior audiência vespertina. Escritora e poeta, recebia em seus programas grandes personalidades da cultura do país. Hoje, sua memória ainda vive e é contada por aqueles que puderam dividir um espaço por trás e diante das câmeras. Uma saborosa volta aos tempos em que a televisão começou no Brasil.

Sinopse Longa

Os programas matutinos e vespertinos de entretenimento e cultura apresentados hoje na televisão brasileira, têm origem no trabalho de uma jornalista que estava à frente do seu tempo: Edna Savaget.

Pioneirismo. Essa palavra resume bem o que Edna Savaget representou para a história dos programas de entretenimento da televisão no Brasil.

Criadora do talk show no país e apaixonada por temas culturais, Edna estava em sintonia com as conquistas da mulher no século XX. Sua influência extrapolou as apresentações na TV para modificar profundamente a vida pessoal e profissional de muita gente.

O filme Silêncio no Estúdio registra em documentário: a vida, a carreira e a obra dessa mulher que ficou famosa diante dos microfones e das câmeras quando a mídia eletrônica ainda não imaginava o que estava por vir e a comunicação de massa dava os seus primeiros passos…

Ela marcou sua presença, dos anos 50 aos 90, como uma comunicadora de vanguarda, oferecendo ao seu público um programa de conteúdo cultural e de entretenimento fora dos padrões da época, que começou no rádio e depois foi para a televisão.

Com tratamento descontraído, para a linguagem formal até então adotada nas transmissões, ela abordava temas inusitados como: literatura, teatro, artes plásticas, ciência, psicologia, ecologia, história e política.

Apresentando-se em horário diurno, conseguiu conquistar a atenção das donas de casa, antes relegadas a um papel secundário na programação das emissoras.

Após quatro décadas sob os holofotes preferiu o afastamento. Porém, sua imagem, suas ideias e seu exemplo persistiram intactos na memória dos fãs e dos que tiveram o privilégio de conviver com ela.

Carreira

Emília Silveira. Foto: Divulgação
Emília Silveira. Foto: Divulgação

Iniciou sua carreira profissional no final dos anos 1940 na Rádio Nacional, como apresentadora do programa Boa tarde madame, e no jornal A noite, como repórter policial.

Passou por diversas redações até 1956, quando começou a produzir, escrever e apresentar o programa Aqui entre nós, na Rádio MEC, onde permaneceu por cerca de 30 anos.

Trabalhou ainda na Rádio Eldorado, antes de ingressar na televisão.

Em 1957, estreou na TV Tupi como apresentadora do programa Boa tarde.

Dois anos depois, foi contratada pela TV Continental para apresentar um programa chamado Edifício Semina. Paralelamente, produzia os programas de: Elizeth Cardoso, Cauby Peixoto e Agnaldo Rayol.

Em seguida, voltou à TV Tupi para apresentar o programa Super bazar.

Por ser precursora em programas voltados para o público feminino, Edna Savaget foi contratada por Mauro Salles, em fevereiro de 1965, para coordenar a programação vespertina da TV Globo, que seria inaugurada em abril.

Desenvolveu, então, Sempre mulher, primeiro programa feminino da TV Globo. Apresentado por Célia Biar e pela própria Edna Savaget, que mantinha o quadro Na estante, livros novos. O programa contava com especialistas que tratavam de temas como: moda, beleza, economia doméstica, culinária, saúde e cultura.

Edna Savaget permaneceu na TV Globo por seis anos. Foi uma das apresentadoras do primeiro jornal da emissora, o Tele Globo, em 1965, e participou da criação, em 1966, do informativo Show da cidade, do qual foi editora-chefe e apresentadora. Mesclando o jornalismo com elementos dos programas de variedades, o Show da cidade pode ser considerado embrião do Jornal Hoje, que estrearia em 1971.

De volta à TV Tupi, em 1961, Edna Savaget foi responsável pela criação de um dos maiores sucessos da extinta emissora: o programa Boa Tarde, que passaria a se chamar, em seguida, Programa Edna Savaget.

Em 1977, transferiu-se para a TV Bandeirantes, depois passou pela TV Record, pela TV Educativa e voltou para a Bandeirantes, onde encerrou sua carreira na televisão, em 1990.

Ao todo, Edna Savaget publicou cinco livros, entre os quais, Silêncio no estúdio – o árduo caminho que conduz à luz, câmera, ação!, em que narra o início da história da televisão brasileira. Em maio de 2003, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro lhe concedeu o Título de Benemérito do Estado post-mortem.

Origem

Suburbana do Riachuelo, no Rio de Janeiro, filha de um inspetor da Alfândega, Felipe do Amaral Savaget, descendente de franceses fugidos da Bastilha, no Século XVIII, e de um general que combateu Antônio Conselheiro, na Guerra de Canudos, no Século XIX, a jornalista seguiu as pegadas da mãe, Carmem Garcia Savaget. Essa, por sua vez, oriunda de uma grei aristocrática – os Pereira da Silva – que remonta a Estevão de Muros, um dos fundadores do Rio de Janeiro, no Século XVI. A mãe de Edna pôs no ar o primeiro programa radiofônico feminino, nos anos 30, e convidou a filha, ainda na puberdade, mas já leitora voraz, para recitar poemas.

Vinte anos depois, seguindo o exemplo materno, a futura comunicadora também não deixaria a literatura de fora das inovações que introduziu na pauta de suas apresentações cuja crescente e cativa audiência a projetaria na mídia nacional.

O documentário “Silêncio no Estúdio”, de Emília Silveira, estreia dia 14 de dezembro nos cinemas. O longa conta a história da apresentadora Edna Savaget, jornalista pioneira no Brasil, uma das criadoras do talk show e de grande influência na história dos programas de entretenimento e cultura da televisão brasileira.

O filme registra a vida, carreira e obra da jornalista que atuou dos anos 50 aos 90 como comunicadora e esteve em sintonia com as conquistas da mulher do século XX. Edna Savaget oferecia ao público um programa de conteúdo cultural e de variedades fora dos padrões da época. Com tratamento descontraído e linguagem mais informal, ela abordava temas, como: literatura, teatro, artes plásticas, ciência, psicologia, ecologia, história e política.

O documentário ganhou dois prêmios no 11º Festival de Aruanda, em João Pessoa, no qual concorreu, inclusive, com filmes de ficção. No festival, Silêncio no Estúdio, arrebatou dois troféus: Melhor Montagem para Vinícius Nascimento e Melhor Trilha Sonora para Roger Henri. No Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Recine, deste ano, ganhou o prêmio de melhor longa-metragem.

Produzido pela Modo Operante e pela 70 Filmes, o filme é uma coprodução da Globo Filmes, da GloboNews e Canal Brasil.

Sinopse

Edna Savaget viveu mais de 30 anos nos estúdios da televisão carioca fazendo história e amigos. Precursora dos primeiros programas femininos da TV brasileira, era dela a maior audiência vespertina. Escritora e poeta, recebia em seus programas grandes personalidades da cultura do país. Hoje, sua memória ainda vive e é contada por aqueles que puderam dividir um espaço por trás e diante das câmeras. Uma saborosa volta aos tempos em que a televisão começou no Brasil.

Sinopse Longa

Os programas matutinos e vespertinos de entretenimento e cultura apresentados hoje na televisão brasileira, têm origem no trabalho de uma jornalista que estava à frente do seu tempo: Edna Savaget.

Pioneirismo. Essa palavra resume bem o que Edna Savaget representou para a história dos programas de entretenimento da televisão no Brasil.

Criadora do talk show no país e apaixonada por temas culturais, Edna estava em sintonia com as conquistas da mulher no século XX. Sua influência extrapolou as apresentações na TV para modificar profundamente a vida pessoal e profissional de muita gente.

O filme Silêncio no Estúdio registra em documentário: a vida, a carreira e a obra dessa mulher que ficou famosa diante dos microfones e das câmeras quando a mídia eletrônica ainda não imaginava o que estava por vir e a comunicação de massa dava os seus primeiros passos…

Ela marcou sua presença, dos anos 50 aos 90, como uma comunicadora de vanguarda, oferecendo ao seu público um programa de conteúdo cultural e de entretenimento fora dos padrões da época, que começou no rádio e depois foi para a televisão.

Com tratamento descontraído, para a linguagem formal até então adotada nas transmissões, ela abordava temas inusitados como: literatura, teatro, artes plásticas, ciência, psicologia, ecologia, história e política.

Apresentando-se em horário diurno, conseguiu conquistar a atenção das donas de casa, antes relegadas a um papel secundário na programação das emissoras.

Após quatro décadas sob os holofotes preferiu o afastamento. Porém, sua imagem, suas ideias e seu exemplo persistiram intactos na memória dos fãs e dos que tiveram o privilégio de conviver com ela.

Carreira

Emília Silveira. Foto: Divulgação
Emília Silveira. Foto: Divulgação

Iniciou sua carreira profissional no final dos anos 1940 na Rádio Nacional, como apresentadora do programa Boa tarde madame, e no jornal A noite, como repórter policial.

Passou por diversas redações até 1956, quando começou a produzir, escrever e apresentar o programa Aqui entre nós, na Rádio MEC, onde permaneceu por cerca de 30 anos.

Trabalhou ainda na Rádio Eldorado, antes de ingressar na televisão.

Em 1957, estreou na TV Tupi como apresentadora do programa Boa tarde.

Dois anos depois, foi contratada pela TV Continental para apresentar um programa chamado Edifício Semina. Paralelamente, produzia os programas de: Elizeth Cardoso, Cauby Peixoto e Agnaldo Rayol.

Em seguida, voltou à TV Tupi para apresentar o programa Super bazar.

Por ser precursora em programas voltados para o público feminino, Edna Savaget foi contratada por Mauro Salles, em fevereiro de 1965, para coordenar a programação vespertina da TV Globo, que seria inaugurada em abril.

Desenvolveu, então, Sempre mulher, primeiro programa feminino da TV Globo. Apresentado por Célia Biar e pela própria Edna Savaget, que mantinha o quadro Na estante, livros novos. O programa contava com especialistas que tratavam de temas como: moda, beleza, economia doméstica, culinária, saúde e cultura.

Edna Savaget permaneceu na TV Globo por seis anos. Foi uma das apresentadoras do primeiro jornal da emissora, o Tele Globo, em 1965, e participou da criação, em 1966, do informativo Show da cidade, do qual foi editora-chefe e apresentadora. Mesclando o jornalismo com elementos dos programas de variedades, o Show da cidade pode ser considerado embrião do Jornal Hoje, que estrearia em 1971.

De volta à TV Tupi, em 1961, Edna Savaget foi responsável pela criação de um dos maiores sucessos da extinta emissora: o programa Boa Tarde, que passaria a se chamar, em seguida, Programa Edna Savaget.

Em 1977, transferiu-se para a TV Bandeirantes, depois passou pela TV Record, pela TV Educativa e voltou para a Bandeirantes, onde encerrou sua carreira na televisão, em 1990.

Ao todo, Edna Savaget publicou cinco livros, entre os quais, Silêncio no estúdio – o árduo caminho que conduz à luz, câmera, ação!, em que narra o início da história da televisão brasileira. Em maio de 2003, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro lhe concedeu o Título de Benemérito do Estado post-mortem.

Origem

Suburbana do Riachuelo, no Rio de Janeiro, filha de um inspetor da Alfândega, Felipe do Amaral Savaget, descendente de franceses fugidos da Bastilha, no Século XVIII, e de um general que combateu Antônio Conselheiro, na Guerra de Canudos, no Século XIX, a jornalista seguiu as pegadas da mãe, Carmem Garcia Savaget. Essa, por sua vez, oriunda de uma grei aristocrática – os Pereira da Silva – que remonta a Estevão de Muros, um dos fundadores do Rio de Janeiro, no Século XVI. A mãe de Edna pôs no ar o primeiro programa radiofônico feminino, nos anos 30, e convidou a filha, ainda na puberdade, mas já leitora voraz, para recitar poemas.

Vinte anos depois, seguindo o exemplo materno, a futura comunicadora também não deixaria a literatura de fora das inovações que introduziu na pauta de suas apresentações cuja crescente e cativa audiência a projetaria na mídia nacional.

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