Bastidores. A atriz e diretora Cininha de Paula comandou um painel no Festival de Cinema de Vassouras, no Vale do Café, na tarde desta terça-feira (20) e deixou a plateia chocada ao relatar suas vivências na Rede Globo, onde trabalhou por mais de 30 anos.
“O sofrimento foi inenarrável. Se você estivesse de TPM, tristonha ou no período pré-menstrual, teu chefe falava: ‘Eu não te disse pra você encostar a barriga no fogão e fazer uma comida? Lavar uma louça? O que eu tenho a ver com isso? Eu não mandei você estar aqui’. Foi muito doloroso ser diretora. Eu achei que quando eu fosse passar para a direção o assédio seria menor. Eu fui assediada sexualmente e moralmente quando era atriz. Enfrentei todos os tipos de assédio e achei que fosse diminuir quando me tornasse diretora. Os assédios sexuais e morais continuaram. Com a idade, foi diminuindo e ficou somente o moral. Aí foi melhorando. Cantada fiquei recebendo até quase virar vovó. Uma coisa absurda. Eu já estava sem contrato com a Globo, mas fui no Daniel Filho e ele quis me ajudar. Falou para eu bater na porta do Jorge Fernando e dizer que ele tinha ordenado que eu fosse integrada à sua equipe. Pois bem, fui lá. Cheguei, dei o recado e o Jorge me vetou de novo. E ainda disse: ‘Vá lá reclamar com o Daniel, dizendo que eu não te quero aqui’. E eu não fui”, disse em trechos do longo relato.
Sobrinha do humorista Chico Anysio, Cininha deixou a Globo em 2019 e vem se dedicando a projetos em sua área de atuação.
Bastidores. A atriz e diretora Cininha de Paula comandou um painel no Festival de Cinema de Vassouras, no Vale do Café, na tarde desta terça-feira (20) e deixou a plateia chocada ao relatar suas vivências na Rede Globo, onde trabalhou por mais de 30 anos.
“O sofrimento foi inenarrável. Se você estivesse de TPM, tristonha ou no período pré-menstrual, teu chefe falava: ‘Eu não te disse pra você encostar a barriga no fogão e fazer uma comida? Lavar uma louça? O que eu tenho a ver com isso? Eu não mandei você estar aqui’. Foi muito doloroso ser diretora. Eu achei que quando eu fosse passar para a direção o assédio seria menor. Eu fui assediada sexualmente e moralmente quando era atriz. Enfrentei todos os tipos de assédio e achei que fosse diminuir quando me tornasse diretora. Os assédios sexuais e morais continuaram. Com a idade, foi diminuindo e ficou somente o moral. Aí foi melhorando. Cantada fiquei recebendo até quase virar vovó. Uma coisa absurda. Eu já estava sem contrato com a Globo, mas fui no Daniel Filho e ele quis me ajudar. Falou para eu bater na porta do Jorge Fernando e dizer que ele tinha ordenado que eu fosse integrada à sua equipe. Pois bem, fui lá. Cheguei, dei o recado e o Jorge me vetou de novo. E ainda disse: ‘Vá lá reclamar com o Daniel, dizendo que eu não te quero aqui’. E eu não fui”, disse em trechos do longo relato.
Sobrinha do humorista Chico Anysio, Cininha deixou a Globo em 2019 e vem se dedicando a projetos em sua área de atuação.