Pressão estética e etarismo: ex-Record rompe o silêncio sobre bastidores
Bastidores. A jornalista Janice de Castro, de 44 anos, ex-repórter esportiva da Record, fez um desabafo sobre a pressão estética e o etarismo enfrentados por mulheres na televisão brasileira. Em entrevista ao podcast Futeboteco, ela revelou ter testemunhado colegas sendo afastadas da frente das câmeras por ganharem peso. “Trabalhei numa emissora que tirava do vídeo […]
Bastidores. A jornalista Janice de Castro, de 44 anos, ex-repórter esportiva da Record, fez um desabafo sobre a pressão estética e o etarismo enfrentados por mulheres na televisão brasileira. Em entrevista ao podcast Futeboteco, ela revelou ter testemunhado colegas sendo afastadas da frente das câmeras por ganharem peso.
“Trabalhei numa emissora que tirava do vídeo a repórter que engordasse. É triste isso. Não bastava competência, era preciso estar dentro de um padrão de aparência. Ainda bem que isso está mudando aos poucos”, declarou Janice, que trabalhou por 18 anos na Record, embora não tenha citado diretamente o nome da emissora durante a entrevista.
Além da pressão por um corpo considerado ideal, Janice também criticou o etarismo, apontando a ausência de mulheres com mais de 40 anos no jornalismo televisivo, especialmente no esporte. “Ligue um telejornal e você verá homens mais velhos, de cabelos brancos, mas dificilmente verá uma repórter mulher mais velha no ar. Existe um etarismo. Os homens continuam, as mulheres desaparecem”, afirmou.
Apesar das dificuldades, a jornalista afirma que pretende continuar atuando diante das câmeras. “Tenho rugas, cabelos brancos, mas isso ainda não me incomoda. Dizem que logo não terei mais espaço, mas confio no meu potencial. Tomara que eu seja uma das pioneiras nessa mudança”, disse.
Atualmente, Janice integra o time do serviço de streaming Paramount+.
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Bastidores. A jornalista Janice de Castro, de 44 anos, ex-repórter esportiva da Record, fez um desabafo sobre a pressão estética e o etarismo enfrentados por mulheres na televisão brasileira. Em entrevista ao podcast Futeboteco, ela revelou ter testemunhado colegas sendo afastadas da frente das câmeras por ganharem peso.
“Trabalhei numa emissora que tirava do vídeo a repórter que engordasse. É triste isso. Não bastava competência, era preciso estar dentro de um padrão de aparência. Ainda bem que isso está mudando aos poucos”, declarou Janice, que trabalhou por 18 anos na Record, embora não tenha citado diretamente o nome da emissora durante a entrevista.
Além da pressão por um corpo considerado ideal, Janice também criticou o etarismo, apontando a ausência de mulheres com mais de 40 anos no jornalismo televisivo, especialmente no esporte. “Ligue um telejornal e você verá homens mais velhos, de cabelos brancos, mas dificilmente verá uma repórter mulher mais velha no ar. Existe um etarismo. Os homens continuam, as mulheres desaparecem”, afirmou.
Apesar das dificuldades, a jornalista afirma que pretende continuar atuando diante das câmeras. “Tenho rugas, cabelos brancos, mas isso ainda não me incomoda. Dizem que logo não terei mais espaço, mas confio no meu potencial. Tomara que eu seja uma das pioneiras nessa mudança”, disse.
Atualmente, Janice integra o time do serviço de streaming Paramount+.