A morte da jornalista e repórter Susana Naspolini, de 49 anos, na noite desta terça-feira (25), vítima de um câncer, deixou telespectadores e colegas de profissão abalados.
Após noticiar o fato, os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos terminaram a edição do Jornal Nacional chorando e sem conseguir dizer uma palavra.
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Susana fez história no quadro “RJ Móvel”, do “RJTV”, jornal local da Globo no Rio de Janeiro, com seu jeito irreverente de denunciar problemas estruturais nos bairros fluminenses. Assim que a reportagem chegou ao fim, as câmeras mostraram os âncoras do jornal na bancada, com a imagem de Susana no telão, ao fundo.
Com a voz embargada e os olhos marejados, Bonner trocou o tradicional “boa noite” por um “até amanhã”. Enquanto isso, Renata, com a cabeça baixa e aos prantos, não conseguiu se pronunciar. Em forma de luto, a redação do telejornal foi toda apagada.
Desde março desse ano, Susana lutava contra o quinto câncer, desta vez, no osso da bacia. Ela trabalhava no Grupo Globo desde 2002. Ganhou popularidade no Rio de Janeiro pela forma divertida de interagir com os moradores e cobrar as autoridades por soluções de problemas da comunidade.
A primeira vez que Naspolini lutou contra o câncer foi em 1991, quando a jornalista conseguiu se recuperar de um linfoma, aos 18 anos. O tratamento durou cerca de um ano.
No início de 2010, os médicos encontraram um nódulo maligno na mama direita. No final do mesmo ano, outro tumor, dessa vez na tireoide. Nos dois casos, a descoberta precoce da doença foi determinante para que as duas vitórias fossem possíveis. Em 2016, Naspolini enfrentou mais uma vez um câncer de mama.