A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) solicitou, nesta segunda-feira (11), que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra um inquérito policial para investigar se o presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro obstruíram provas do caso de assassinato da vereadora Marielle Franco.
O pedido da ABI para analisar se houve obstrução de Justiça é em relação às gravações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, onde Bolsonaro, seu filho e o suspeito de matar Marielle, Ronnie Lessa, possuem casas. As gravações, que datam do dia do assassinato, relacionariam o presidente a um dos possíveis assassinos que teria entrado no condomínio para visitar Bolsonaro, segundo depoimento do porteiro ao Jornal Nacional.
Bolsonaro declarou, na época da divulgação da possível relação, que as gravações da portaria foram pegas por Carlos, que no dia seguinte à notícia publicou os áudios em sua rede social. Os áudios foram analisados pela Procuradoria Geral da República (PGR) e nada que ligasse o presidente à caso Marielle foi encontrado.
Apesar de nada ter sido encontrado, a ABI afirma que áudios podem ter sido apagados ou alterados: “Sob essa perspectiva, as condutas do presidente Jair Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro, por eles mesmos declaradas, carecem de investigação”.
A Associação Brasileira de Imprensa solicita que o STF determine busca e apreensão do computador em que estão armazenadas as gravações do condomínio, para que se realize perícia e verifique se o material é autentico ou se foi alterado por Jair e Carlos Bolsonaro.