Indígenas são baleados e têm as mãos decepadas no Maranhão, afirma Cimi

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Um conflito histórico por terra entre fazendeiros e índios do povo Gamela resultou nesse domingo em uma ação violenta que deixou feridos no Povoado de Bahias, município de Viana, no interior do Maranhão. Segundo o Cimi – Conselho Indigenista Missionário, cinco indígenas foram baleados, dois deles tiveram as mãos decepadas. E mais de dez índios […]

POR Redação SRzd 2/5/2017| 3 min de leitura

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Indígenas. Foto: Redes Sociais

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Um conflito histórico por terra entre fazendeiros e índios do povo Gamela resultou nesse domingo em uma ação violenta que deixou feridos no Povoado de Bahias, município de Viana, no interior do Maranhão.

Segundo o Cimi – Conselho Indigenista Missionário, cinco indígenas foram baleados, dois deles tiveram as mãos decepadas. E mais de dez índios foram feridos a golpes de facão e pauladas.

O Conselho destaca que os Gamela foram brutalmente atacados dentro de uma área tradicional retomada por eles. O grupo havia decidido se retirar do local com medo da violência iminente, mas sofreu a investida enquanto saia do povoado.

Rosimeire Diniz, do Cimi no estado, relata que antes do ataque, fazendeiros se reuniram em um povoado vizinho.

A Secretaria de Saúde informou que o indigena Aldenir de Jesus Ribeiro, de 37 anos, foi baleado no tórax, sofreu ferimentos com arma branca nos antebraços**. Ele foi encaminhado em estado gravíssimo para o Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, em São Luís, juntamente com outros quatro feridos: dois indíos e dois não-índios.

De acordo a Secretaria de Segurança Pública, três fazendeiros também ficaram entre os feridos, mas já foram liberados. Outros envolvidos deram entrada no Hospital Municipal de Matinha. Não há registro de mortes.

A Polícia Militar foi acionada, prestou socorro às vítimas e está na área para conter novos confrontos.

De acordo com o secretário de Direitos Humanos do Maranhão, o governo acompanha o caso. Francisco Gonçalves explica a situação na área.

Para o secretário, a Funai precisa deliberar sobre o pedido de reconhecimento da área.

A Ouvidoria de Direitos Humanos e o Programa a Proteção de Defensores de Direitos Humanos vai ouvir os feridos transferidos para São Luís e também irá ao município de Viana.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão instaurou inquérito para investigar o caso.

O Ministério da Justiça informou que enviou uma equipe da Polícia Federal ao local para evitar mais conflitos.

* Em nota, a Funai afirma que a Coordenação Regional de Imperatriz está mobilizada e tomando todas as providências necessárias no caso. A Procuradoria da Funai está em contato direto com o delegado do município de Viana, e os servidores da Funai acompanharão o inquérito a partir desta terça-feira (02). Também será formado nesta terça pela manhã um comitê de crise com os diretores e o presidente da Funai para prestar toda a ajuda necessária aos feridos e garantir o cumprimento da lei.

**  A Secretaria de Saúde do Maranhão afirma que não há registro de índios com as mãos decepadas atendidos na rede estadual.

Um conflito histórico por terra entre fazendeiros e índios do povo Gamela resultou nesse domingo em uma ação violenta que deixou feridos no Povoado de Bahias, município de Viana, no interior do Maranhão.

Segundo o Cimi – Conselho Indigenista Missionário, cinco indígenas foram baleados, dois deles tiveram as mãos decepadas. E mais de dez índios foram feridos a golpes de facão e pauladas.

O Conselho destaca que os Gamela foram brutalmente atacados dentro de uma área tradicional retomada por eles. O grupo havia decidido se retirar do local com medo da violência iminente, mas sofreu a investida enquanto saia do povoado.

Rosimeire Diniz, do Cimi no estado, relata que antes do ataque, fazendeiros se reuniram em um povoado vizinho.

A Secretaria de Saúde informou que o indigena Aldenir de Jesus Ribeiro, de 37 anos, foi baleado no tórax, sofreu ferimentos com arma branca nos antebraços**. Ele foi encaminhado em estado gravíssimo para o Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, em São Luís, juntamente com outros quatro feridos: dois indíos e dois não-índios.

De acordo a Secretaria de Segurança Pública, três fazendeiros também ficaram entre os feridos, mas já foram liberados. Outros envolvidos deram entrada no Hospital Municipal de Matinha. Não há registro de mortes.

A Polícia Militar foi acionada, prestou socorro às vítimas e está na área para conter novos confrontos.

De acordo com o secretário de Direitos Humanos do Maranhão, o governo acompanha o caso. Francisco Gonçalves explica a situação na área.

Para o secretário, a Funai precisa deliberar sobre o pedido de reconhecimento da área.

A Ouvidoria de Direitos Humanos e o Programa a Proteção de Defensores de Direitos Humanos vai ouvir os feridos transferidos para São Luís e também irá ao município de Viana.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão instaurou inquérito para investigar o caso.

O Ministério da Justiça informou que enviou uma equipe da Polícia Federal ao local para evitar mais conflitos.

* Em nota, a Funai afirma que a Coordenação Regional de Imperatriz está mobilizada e tomando todas as providências necessárias no caso. A Procuradoria da Funai está em contato direto com o delegado do município de Viana, e os servidores da Funai acompanharão o inquérito a partir desta terça-feira (02). Também será formado nesta terça pela manhã um comitê de crise com os diretores e o presidente da Funai para prestar toda a ajuda necessária aos feridos e garantir o cumprimento da lei.

**  A Secretaria de Saúde do Maranhão afirma que não há registro de índios com as mãos decepadas atendidos na rede estadual.

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