Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica indicam que o Brasil é o segundo país no mundo que mais realiza cirurgia, com uma média de 100 mil operações/ano, atrás apenas dos Estados Unidos. A avaliação multidisciplinar de cada caso e o acompanhamento pós-operatório são fundamentais para a obtenção de resultados satisfatórios. Uma das etapas importantes desse tratamento é a retirada do excesso de pele flácida que permanece no corpo após a cirurgia bariátrica. “A autoestima do paciente precisa ser recuperada e a cirurgia plástica tem um papel importante nessa etapa”, afirma o cirurgião plástico Renato Rodrigues, coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Mãe de Deus.
O médico informa que a intervenção para a retirada do excesso de pele flácida deve ser feita entre 12 a 18 meses após a bariátrica. Esse período é necessário não apenas para dar tempo de o organismo se recuperar, mas, principalmente, para que o paciente se acostume com a nova condição de perda de peso, evitando o conhecido “efeito sanfona”. Com a cirurgia bariátrica, o emagrecimento é muito rápido e a pele não acompanha a retração no mesmo ritmo, ocorrendo a flacidez.
Rodrigues explica que cada caso deve ser avaliado e, em média, são retirados em torno de cinco quilos de excesso de pele. “O recorde foi uma retirada de 13 quilos, de um paciente que havia emagrecido de 200 para 70 quilos”, relata. Os pontos de maior localização de excesso de pele são abdômen, braços, nádegas, virilha e seios. A retirada de pele é acompanhada da cirurgia de contorno corporal para dar mais suavidade às formas. Ele acrescenta que são procedimentos que podem demorar cinco horas, porque mesmo com a perda de peso decorrente da cirurgia bariátrica, os vasos sanguíneos permanecem com calibre maior, o que exige ainda mais cuidado na retirada da pele.
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