Câncer de ovário é o tumor ginecológico de menor chance de cura e diagnóstico mais complexo
Sintomas inespecíficos como cansaço constante, náusea, alterações digestivas e aumento do volume abdominal são alguns dos sinais do câncer de ovário em estágio avançado desconhecidos por muitas mulheres e que, por isso, não desconfiam da presença do tumor, assintomático na fase inicial. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam a estimativa de 6,1 mil […]
PORRedação SRzd8/5/2018|
4 min de leitura
Sinais do câncer do ovário. Foto: Reprodução de Internet
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Sintomas inespecíficos como cansaço constante, náusea, alterações digestivas e aumento do volume abdominal são alguns dos sinais do câncer de ovário em estágio avançado desconhecidos por muitas mulheres e que, por isso, não desconfiam da presença do tumor, assintomático na fase inicial. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam a estimativa de 6,1 mil casos de novos casos no país em 2018.
Neste 8 de maio, Dia Mundial da doença, o oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico, doutor Eduardo Bandeira de Mello chama a atenção de mulheres para que conheçam melhor os sintomas e as condições de risco.
“O ovário é o órgão responsável pela produção dos hormônios femininos e dos óvulos. Logo, todo o cuidado para manter sua saúde é crucial para o bem-estar feminino. E, por ser assintomático em sua fase inicial, o câncer de ovário é o tumor ginecológico de mais complexa identificação, não havendo exames específicos para o diagnóstico precoce. A visita regular ao ginecologista possibilita a detecção em fases iniciais da doença. Na fase mais avançada, em que as chances de cura são pequenas, apresenta sintomas pouco associados ao desenvolvimento de câncer e que podem ser confundidos com disfunções gastrointestinais, como gases, prisão de ventre ou diarreia, náusea , além de fadiga constante e pressão, dor ou aumento do volume do abdômen ou pernas, assim como alterações da frequência e urgência urinária”, alerta o médico.
“Por isso, as mulheres devem prestar bastante atenção a qualquer mudança, lembrando que qualquer desses sinais não determina a presença desse tipo de tumor. O conselho é sempre visitar um médico”, observa o médico.
Papanicolau não detecta câncer no tecido ovariano
Para o oncologista, outro aspecto importante que deve ser conhecido são os fatores de risco: “No surgimento e desenvolvimento do câncer de ovário, aspectos hormonais, ambientais e genéticos/histórico familiar – responsáveis por cerca de 15% dos casos –, já ter enfrentado câncer de mama, útero ou colorretal, além de mutações nos genes BRCA-1 e BRCA-2, associadas ao câncer de mama, podem ser determinantes. Também são considerados fatores de risco o consumo de estrogênio além de 10 anos, nunca ter engravidado, sobrepeso e inatividade física. A presença de cistos ovarianos, principalmente após a menopausa, serve de alerta para a possibilidade da neoplasia. Para este quadro, a recomendação de tratamento é a cirurgia. A faixa etária é outro elemento importante: mulheres em condições de menopausa e acima de 50 anos têm risco maior de desenvolver esse tipo de tumor”.
Exame de papanicolau. Foto: Reprodução de Internet
Sobre diagnóstico, o médico ressalta mais um tema que deve estar claro no consciente das mulheres país afora: “Diferentemente do câncer do colo do útero, o exame preventivo ginecológico, mais conhecido como Papanicolau, não detecta o câncer de ovário. Sua identificação acontece por meio da ultrassonografia transvaginal associada ao exame sanguíneo, além da cirurgia nos casos suspeitos”.
Um dos tratamentos é a remoção total dos ovários e avaliação de toda cavidade abdominal, se estiver em estágio inicial. No entanto, o oncologista esclarece que cada caso requer um tratamento, uma vez que diferentes condições precisam ser avaliadas.
“O câncer de ovário pode ser tratado por meio de cirurgia, quimioterapia e cada terapia será escolhida conforme as condições do tumor e da paciente, sendo avaliados, por exemplo, seu o estágio evolutivo (inicial ou avançado) e a idade. Se for inicial, na maioria dos casos, é feita a retirada de ambos os ovários, útero e avaliação de toda cavidade abdominal. Dessa forma, difundir sintomas e fatores de risco desse tipo de câncer é uma medida de utilidade pública que pode salvar vidas”, salienta o médico.
Sintomas inespecíficos como cansaço constante, náusea, alterações digestivas e aumento do volume abdominal são alguns dos sinais do câncer de ovário em estágio avançado desconhecidos por muitas mulheres e que, por isso, não desconfiam da presença do tumor, assintomático na fase inicial. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam a estimativa de 6,1 mil casos de novos casos no país em 2018.
Neste 8 de maio, Dia Mundial da doença, o oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico, doutor Eduardo Bandeira de Mello chama a atenção de mulheres para que conheçam melhor os sintomas e as condições de risco.
“O ovário é o órgão responsável pela produção dos hormônios femininos e dos óvulos. Logo, todo o cuidado para manter sua saúde é crucial para o bem-estar feminino. E, por ser assintomático em sua fase inicial, o câncer de ovário é o tumor ginecológico de mais complexa identificação, não havendo exames específicos para o diagnóstico precoce. A visita regular ao ginecologista possibilita a detecção em fases iniciais da doença. Na fase mais avançada, em que as chances de cura são pequenas, apresenta sintomas pouco associados ao desenvolvimento de câncer e que podem ser confundidos com disfunções gastrointestinais, como gases, prisão de ventre ou diarreia, náusea , além de fadiga constante e pressão, dor ou aumento do volume do abdômen ou pernas, assim como alterações da frequência e urgência urinária”, alerta o médico.
“Por isso, as mulheres devem prestar bastante atenção a qualquer mudança, lembrando que qualquer desses sinais não determina a presença desse tipo de tumor. O conselho é sempre visitar um médico”, observa o médico.
Papanicolau não detecta câncer no tecido ovariano
Para o oncologista, outro aspecto importante que deve ser conhecido são os fatores de risco: “No surgimento e desenvolvimento do câncer de ovário, aspectos hormonais, ambientais e genéticos/histórico familiar – responsáveis por cerca de 15% dos casos –, já ter enfrentado câncer de mama, útero ou colorretal, além de mutações nos genes BRCA-1 e BRCA-2, associadas ao câncer de mama, podem ser determinantes. Também são considerados fatores de risco o consumo de estrogênio além de 10 anos, nunca ter engravidado, sobrepeso e inatividade física. A presença de cistos ovarianos, principalmente após a menopausa, serve de alerta para a possibilidade da neoplasia. Para este quadro, a recomendação de tratamento é a cirurgia. A faixa etária é outro elemento importante: mulheres em condições de menopausa e acima de 50 anos têm risco maior de desenvolver esse tipo de tumor”.
Exame de papanicolau. Foto: Reprodução de Internet
Sobre diagnóstico, o médico ressalta mais um tema que deve estar claro no consciente das mulheres país afora: “Diferentemente do câncer do colo do útero, o exame preventivo ginecológico, mais conhecido como Papanicolau, não detecta o câncer de ovário. Sua identificação acontece por meio da ultrassonografia transvaginal associada ao exame sanguíneo, além da cirurgia nos casos suspeitos”.
Um dos tratamentos é a remoção total dos ovários e avaliação de toda cavidade abdominal, se estiver em estágio inicial. No entanto, o oncologista esclarece que cada caso requer um tratamento, uma vez que diferentes condições precisam ser avaliadas.
“O câncer de ovário pode ser tratado por meio de cirurgia, quimioterapia e cada terapia será escolhida conforme as condições do tumor e da paciente, sendo avaliados, por exemplo, seu o estágio evolutivo (inicial ou avançado) e a idade. Se for inicial, na maioria dos casos, é feita a retirada de ambos os ovários, útero e avaliação de toda cavidade abdominal. Dessa forma, difundir sintomas e fatores de risco desse tipo de câncer é uma medida de utilidade pública que pode salvar vidas”, salienta o médico.