A CPI da Covid-19 irá ouvir, na manhã desta quinta-feira (17), o depoimento do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques – que produziu um falso relatório que indicava suposta “supernotificação” de mortes por covid-19 no Brasil.
Sua convocação ocorreu após o presidente Jair Bolsonaro mencionar o relatório para apoiadores, na saída do Alvorada. Após o episódio, o TCU desmentiu publicamente o capitão e afirmou que o documento não pertencia ao tribunal. No dia seguinte, o órgão emitiu um comunicado informando que o relatório tratava-se da “análise pessoal” de Alexandre.
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ), concedeu a Alexandre o direito de permanecer em silêncio durante sua oitiva, ao entender que “é assegurado o direito de o investigado não se incriminar perante a Comissões Parlamentares de Inquérito”.
De acordo com a agenda de depoimentos desta quinta-feira (17), Carlos Wizard deverá falar aos senadores membros da comissão.
Sua defesa, porém, alega que o empresário encontra-se nos Estados Unidos e solicitou, novamente, que sua fala seja realizada por meio virtual. A comissão rejeitou a proposta.
Omar Aziz, presidente da CPI, reiterou que, caso o depoente não se apresente à comissão, um pedido de condução coercitiva poderá ser impetrado.
Na última quarta-feira (16), Luis Roberto Barroso – ministro do STF – concedeu a Wizard o direito de permanecer em silêncio em eventual depoimento. Os sigilos de Carlos também foram quebrados na última sessão da CPI.