Depilar região genital masculina tem algum risco?

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Não são incomuns visitas ao consultório do urologista por questões referentes a lesões no pênis e região pubiana relacionadas ao hábito da depilação de pelos. Vale lembrar que os pelos não nascem nestas regiões por mero capricho da natureza e sua manifestação ocorre em uma fase da vida do menino chamada de puberdade. A puberdade é […]

POR Redação SRzd25/05/2022|3 min de leitura

Depilar região genital masculina tem algum risco?

Lâmina de barbear. Foto: Pikist

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Não são incomuns visitas ao consultório do urologista por questões referentes a lesões no pênis e região pubiana relacionadas ao hábito da depilação de pelos. Vale lembrar que os pelos não nascem nestas regiões por mero capricho da natureza e sua manifestação ocorre em uma fase da vida do menino chamada de puberdade.

A puberdade é a fase de transformação do menino em homem que começa por volta dos 12 anos de idade e é desencadeada por ação da testosterona (hormônio masculino). Nesta fase observa-se a mudança na voz, aumento de tamanho do pênis, testículos, próstata e vesículas seminais, além do desenvolvimento de músculos, ossos e o aparecimento de pelos na face, axilas, púbis e escroto.

Os pelos da região genital masculina têm como função: indicar a maturidade sexual, reter o suor da transpiração, promover o prazer sexual pelo atrito promovido entre os genitais, proteger a pele durante a fricção do caminhar e do ato sexual, além de manter o microambiente saudável. Pode-se mencionar, também, que os pelos ao redor dos genitais evitam infecções sexualmente transmissíveis e outras doenças dermatológicas.

A depilação é um ato, muitas vezes, realizado com máquinas ou lâminas que podem resultar desde a mudança do microambiente até promover traumas que levam a irritações, lesões de pele e/ou da mucosa da glande peniana.

Os ferimentos podem manifestar-se após alguns dias da depilação realizada. As lesões traumáticas são mais comuns no pênis em razão do crescimento dos pelos do púbis e escroto, que funcionam como “escovas” ou “lixas” dos tecidos periféricos, devido às suas características de serem mais duros e curtos, semelhante a uma “barba por fazer”. A maciez dos fios só será alcançada quando estes estiverem mais longos e volumosos.

Trabalhos mostram que estas lesões no genital e na região púbica são comuns, ocorrendo em 25% das pessoas depiladas.

Lembramos que:

– Os pelos pubianos são normais e a quantidade de pelos na região pubiana varia de pessoa para pessoa. Não há um padrão para a quantidade, a espessura ou a área que os pelos pubianos cobrem.

– A não remoção dos pelos pubianos não é um ato de falta de higiene, desde que a área seja tratada da mesma forma que as outras partes do seu corpo.

Em resumo: Os pelos fazem parte da anatomia humana e tem função conhecida. A depilação total ou parcial dos pelos pubianos é uma decisão pessoal e tem seus riscos.

* Artigo de autoria de Marco Aurélio Lipay – Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro “Genética Oncológica Aplicada à Urologia”.

Leia também:

+ Varíola dos macacos pode chegar ao Brasil? Virologista responde

+ Casos de dengue aumentam 113% nos quatro primeiros meses de 2022

Não são incomuns visitas ao consultório do urologista por questões referentes a lesões no pênis e região pubiana relacionadas ao hábito da depilação de pelos. Vale lembrar que os pelos não nascem nestas regiões por mero capricho da natureza e sua manifestação ocorre em uma fase da vida do menino chamada de puberdade.

A puberdade é a fase de transformação do menino em homem que começa por volta dos 12 anos de idade e é desencadeada por ação da testosterona (hormônio masculino). Nesta fase observa-se a mudança na voz, aumento de tamanho do pênis, testículos, próstata e vesículas seminais, além do desenvolvimento de músculos, ossos e o aparecimento de pelos na face, axilas, púbis e escroto.

Os pelos da região genital masculina têm como função: indicar a maturidade sexual, reter o suor da transpiração, promover o prazer sexual pelo atrito promovido entre os genitais, proteger a pele durante a fricção do caminhar e do ato sexual, além de manter o microambiente saudável. Pode-se mencionar, também, que os pelos ao redor dos genitais evitam infecções sexualmente transmissíveis e outras doenças dermatológicas.

A depilação é um ato, muitas vezes, realizado com máquinas ou lâminas que podem resultar desde a mudança do microambiente até promover traumas que levam a irritações, lesões de pele e/ou da mucosa da glande peniana.

Os ferimentos podem manifestar-se após alguns dias da depilação realizada. As lesões traumáticas são mais comuns no pênis em razão do crescimento dos pelos do púbis e escroto, que funcionam como “escovas” ou “lixas” dos tecidos periféricos, devido às suas características de serem mais duros e curtos, semelhante a uma “barba por fazer”. A maciez dos fios só será alcançada quando estes estiverem mais longos e volumosos.

Trabalhos mostram que estas lesões no genital e na região púbica são comuns, ocorrendo em 25% das pessoas depiladas.

Lembramos que:

– Os pelos pubianos são normais e a quantidade de pelos na região pubiana varia de pessoa para pessoa. Não há um padrão para a quantidade, a espessura ou a área que os pelos pubianos cobrem.

– A não remoção dos pelos pubianos não é um ato de falta de higiene, desde que a área seja tratada da mesma forma que as outras partes do seu corpo.

Em resumo: Os pelos fazem parte da anatomia humana e tem função conhecida. A depilação total ou parcial dos pelos pubianos é uma decisão pessoal e tem seus riscos.

* Artigo de autoria de Marco Aurélio Lipay – Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro “Genética Oncológica Aplicada à Urologia”.

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