Discurso de Natal de Temer foi um fracasso, dizem especialistas

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O discurso do presidente Michel Temer dirigido aos brasileiros na noite deste sábado(24) foi considerado por especialistas de comunicação um fracasso. O jornalista Fernando Brito, que assessorou o ex-governador Leonel Brizola, escreveu em sua coluna: “Temer foi o que sempre é, quando fala: frio, inconvincente, desdenhoso”. Prossegue o jornalista, “troca a oportunidade de pedir licença […]

POR Redação SRzd25/12/2016|3 min de leitura

Discurso de Natal de Temer foi um fracasso, dizem especialistas
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O discurso do presidente Michel Temer dirigido aos brasileiros na noite deste sábado(24) foi considerado por especialistas de comunicação um fracasso. O jornalista Fernando Brito, que assessorou o ex-governador Leonel Brizola, escreveu em sua coluna: “Temer foi o que sempre é, quando fala: frio, inconvincente, desdenhoso”.

Prossegue o jornalista, “troca a oportunidade de pedir licença para  falar na noite de Natal, não se refere ao fato de as pessoas estarem reunidas em confraternização, não se coloca como parte neste encontro. Troca-o por dizer o óbvio  (“dirijo-me a você nesta noite de Natal para transmitir mensagem”) e o formal (“de renovada esperança”).  Melhor que isso só aquele “sirvo-me destas mal-traçadas linhas”.

O especialista em comunicação gestual, professor Emílio Tarques Wickert, foi outro que considerou a fala do presidente “desastrosa”. Não entendo como alguém que possa ter quem quiser ao seu lado para assessorá-lo possa utilizar a televisão com tanto primarismo. Um horror. Quem acreditou naquela fala absurda? Cara fechada, arrogante, distante, parecia um robô”.

O site Brasil 247 escreveu: “Ao invadir os lares dos brasileiros em plena noite de Natal, Michel Temer, que é rejeitado por 77% da população, segundo pesquisa Ipsos, contou pelo menos duas mentiras – ou meias verdades.

A primeira delas diz respeito a seu tempo no poder. Temer assumiu a presidência da República numa sexta-feira 13: o dia 13 de maio deste ano. Desde então já se passaram 225 dias, ou seja, quase oito meses no comando do País.

Na fala de ontem, no entanto, ele falou em “pouco mais de 100 dias” e “poucos meses” no poder. Temer usa propositalmente a data de sua posse definitiva, que ocorreu no dia 31 de agosto.

Com isso, ele tenta esconder sua incapacidade de apresentar saídas para a crise econômica e esticar ao máximo o discurso da “herança maldita”. No entanto, desde a posse de Temer, a confiança não voltou, a recessão se aprofundou e o desemprego piorou – o único dado positivo, a inflação, foi reduzida graças à paz de cemitério que reina na economia brasileira. Como os brasileiros reduziram drasticamente o consumo, os empresários reduziram preços e fizeram promoções até às vésperas do Natal.

Temer, que se aposentou precocemente aos 55 anos, e de forma privilegiada, também contou outra mentira, ao falar sobre a reforma da Previdência. Segundo ele, as mudanças que propõe visam preservar “sua sagrada aposentadoria”. No entanto, um estudo do Dieese aponta que 70% dos brasileiros perderão seus benefícios se as mudanças, que preveem idade mínima de 65 anos e 49 anos de contribuição para o benefício integral, forem aprovadas”.

 

O discurso do presidente Michel Temer dirigido aos brasileiros na noite deste sábado(24) foi considerado por especialistas de comunicação um fracasso. O jornalista Fernando Brito, que assessorou o ex-governador Leonel Brizola, escreveu em sua coluna: “Temer foi o que sempre é, quando fala: frio, inconvincente, desdenhoso”.

Prossegue o jornalista, “troca a oportunidade de pedir licença para  falar na noite de Natal, não se refere ao fato de as pessoas estarem reunidas em confraternização, não se coloca como parte neste encontro. Troca-o por dizer o óbvio  (“dirijo-me a você nesta noite de Natal para transmitir mensagem”) e o formal (“de renovada esperança”).  Melhor que isso só aquele “sirvo-me destas mal-traçadas linhas”.

O especialista em comunicação gestual, professor Emílio Tarques Wickert, foi outro que considerou a fala do presidente “desastrosa”. Não entendo como alguém que possa ter quem quiser ao seu lado para assessorá-lo possa utilizar a televisão com tanto primarismo. Um horror. Quem acreditou naquela fala absurda? Cara fechada, arrogante, distante, parecia um robô”.

O site Brasil 247 escreveu: “Ao invadir os lares dos brasileiros em plena noite de Natal, Michel Temer, que é rejeitado por 77% da população, segundo pesquisa Ipsos, contou pelo menos duas mentiras – ou meias verdades.

A primeira delas diz respeito a seu tempo no poder. Temer assumiu a presidência da República numa sexta-feira 13: o dia 13 de maio deste ano. Desde então já se passaram 225 dias, ou seja, quase oito meses no comando do País.

Na fala de ontem, no entanto, ele falou em “pouco mais de 100 dias” e “poucos meses” no poder. Temer usa propositalmente a data de sua posse definitiva, que ocorreu no dia 31 de agosto.

Com isso, ele tenta esconder sua incapacidade de apresentar saídas para a crise econômica e esticar ao máximo o discurso da “herança maldita”. No entanto, desde a posse de Temer, a confiança não voltou, a recessão se aprofundou e o desemprego piorou – o único dado positivo, a inflação, foi reduzida graças à paz de cemitério que reina na economia brasileira. Como os brasileiros reduziram drasticamente o consumo, os empresários reduziram preços e fizeram promoções até às vésperas do Natal.

Temer, que se aposentou precocemente aos 55 anos, e de forma privilegiada, também contou outra mentira, ao falar sobre a reforma da Previdência. Segundo ele, as mudanças que propõe visam preservar “sua sagrada aposentadoria”. No entanto, um estudo do Dieese aponta que 70% dos brasileiros perderão seus benefícios se as mudanças, que preveem idade mínima de 65 anos e 49 anos de contribuição para o benefício integral, forem aprovadas”.

 

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