O menino Noah tem três anos e é fã da personagem Elsa, da animação “Frozen”. Sua mãe Hayley McLean-Glass, então, tentou inscrever o filho no evento “Princesa por um Dia”, que acontece na Disneylândia Paris. No entanto, o parque vetou a participação de Noah, por ser menino.
Hayley resolveu escrever uma carta aberta à Disney. “Nós todos gastamos uma pequena fortuna em artigos da Disney para Noah. Ele usa o vestido da Elsa todos os dias, o dia todo, até se recusa a tirar para dormir. Ele sabe a letra de todas as músicas de Frozen. Se existe um superfã de Frozen, é o Noah”, contou. Hayley criticou também a mudança de tratamento por questões de gênero e argumentou que meninas podiam se fantasiar como personagens masculinos.
A Disney pediu desculpas. “Esta experiência está disponível para todas as crianças, entre 3 e 12 anos, e nós já contatamos a família para pedir desculpas por termos passado a informação incorreta”.
O especialista no estudo de mídia Christopher Bell tratou do assunto em uma palestra do TED, em 2016, em que falou sobre a divisão de brinquedos entre meninos e meninas. “O que eu adoraria era um mundo em que cada pessoa entrasse numa loja e tivesse um fluxograma na cabeça para decidir se devem ou não comprar aquele brinquedo para menino ou menina. É um fluxograma muito simples, porque só tem uma pergunta: ‘Esse brinquedo funciona com órgãos genitais?’. Se a resposta for ‘Sim’, então, esse brinquedo não é para criança. E se a resposta for ‘Não’, então é para meninos e meninas. É muito simples”.