Uma mulher transgênero de 36 anos foi condenada a dez anos de prisão por homicídio culposo e prática ilegal da medicina. A americana Oneal Ron Morris foi considerada culpada pela morte de Shatarka Nuby, que realizou dez procedimentos plásticos entre 2007 e 2011, além de ser condenada por aplicar nas pacientes uma fórmula quase letal de cimento, óleo mineral, cola e selante para pneus.
De acordo com a acusação, Shatarka morreu no início de 2012 após sofrer por meses os efeitos colaterais do tratamento promovido por Oneal. Segundo os legistas, a causa da morte foi falha respiratória por “migração sistemática de silicone” das injeções recebidas pela vítima nas nádegas e nos quadris.
Shatarka recebeu cerca de dez injeções entre 2007 e 2011, sendo que o primeiro tratamento custou US$ 2 mil, e foi testemunhado por um amigo. Familiares de Shatarka consideraram a pena leve, e pediram pela prisão perpétua da falsa médica.
Na época, a então “médica” Oneal se tornou conhecida na internet por ter usado o mesmo procedimento em si mesma, deixando seus quadris extremamente grandes e deformados.
Oneal negou durante o julgamento ter provocado danos intencionais às vítimas e que ela “ jamais injetaria em qualquer humano uma substância desconhecida”.
O advogado de defesa, William Lanphear, alegou que sua cliente não deveria ser presa porque os pacientes sabiam que não estavam lidando com uma médica licenciada.