Tupi demite Haroldo de Andrade Jr e ele conta como foi

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Em entrevista ao jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd, Haroldo de Andrade Jr, mais conhecido entre os amigos como Haroldinho, filho do legendário comunicador com o mesmo nome que fez história no rádio brasileiro, conta o que acredita ser o motivo para o seu desligamento da Super Rádio Tupi, onde entrou em 2008. Ele se […]

POR Redação SRzd10/02/2017|4 min de leitura

Tupi demite Haroldo de Andrade Jr e ele conta como foi

Haroldo Junior. Foto: Reprodução

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Em entrevista ao jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd, Haroldo de Andrade Jr, mais conhecido entre os amigos como Haroldinho, filho do legendário comunicador com o mesmo nome que fez história no rádio brasileiro, conta o que acredita ser o motivo para o seu desligamento da Super Rádio Tupi, onde entrou em 2008. Ele se preparava para a comemoração de 9 anos na empresa, que seriam completados em agosto.

“Toda vez que a Tupi entrava em greve, eu era um dos primeiros lá na cabeça. Então, de certa maneira, eu já esperava. Embora a gente tenha direito de greve, essa coisa toda, a gente sabe que quando a greve passa ou quando o problema se agrava, o empregador toma lá a decisão dele. A decisão dos empregadores no caso da Tupi foi essa, foi me desligar. Não carrego mágoa, ressentimento, nada. Acho que fiz o meu trabalho com a maior dignidade. Tentei elevar um pouco o nível do nosso trabalho, a qualidade do nosso programa. Eu saio de cabeça erguida, com os olhos no horizonte e esperando coisas que poderão acontecer”, disse com surpreendente tranquilidade.

“O importante é isso. Não carrego mágoa, não carrego ressentimento e acho que faz parte do jogo. Eu, de repente, na posição de empregador, teria a mesma condição. ‘Pô, peraí, o cara é um bom comunicador, traz audiência, são 300 mil ouvintes por minuto, mas, pô, não dá para confiar nele. Toda vez que tem greve ele, em vez de ficar ao lado dos colegas dele, comunicadores, fica ao lado do motorista, ao lado do porteiro, ao lado da moça que serve o café, ao lado do operador de áudio… rua com esse cara!’. Normal, normal, faz parte”,  completou.

Haroldinho já pressentia que colegas seriam desligados. “A greve acabou num sábado. E me causou estranheza que todos os comunicadores, exceções eu e o Fernando Sérgio, que faz a madrugada na Tupi, não fomos chamados para voltar ou pelo menos conversar sobre o retorno. Inclusive eu disse isso para o meu diretor. Eu disse: ‘Olha, vocês nem me procuraram para ‘Poxa Haroldo, o pessoal está se reunindo para botar a rádio outra vez no ar, você quer participar da reunião? Mesmo que você continue em greve’’. Não me consultaram e voltaram num sábado. Eu deixei passar uns dias, liguei para o meu diretor de programação. Marcamos um almoço, que aconteceu na última quarta-feira. Nesse almoço ele me falou mil coisas, falou que eu era importante no esquema dele, importante para a Rádio Tupi”.

Entremeando suas respostas com sorriso franco, Haroldinho abriu o coração: “A verdade é que eu sou um boboca e sou um sentimental. Embora eu não posso ser demitido, eu estou em greve…”

O comunicador disse que não passa por sua cabeça processar a Tupi:  “Não vou sujar a minha história, no finalzinho, depois de tantas vitórias, alegrias e tristezas com uma mancha dessa no meu currículo”.

O grave em tudo isso é que a situação financeira dos empregados da Tupi é uma das principais preocupações:  “Eu me aposentei e o rapaz da Caixa Econômica Federal falou para mim assim: ‘Olha, o seu FGTS está prejudicado’. Porque só foi depositado, eu acho, até 2013. De lá para cá, não depositaram mais nenhum tostão. São 6 meses, dois  13º, ninguém aguenta, né? Tem gente que está sem receber há 16 meses, sem contar FGTS que não é recolhido. Quando o caixa da Caixa Econômica viu o meu caso ele disse: “Só foi depositado até 2013, de lá pra cá não foi depositado nenhum tostão”.

Indagado qual seria o destino da sua equipe, Haroldinho disse que tem informação parcial: “Pelo menos uma pessoa, minha produtora, Karla de Lucas, será demitida também. Há sinalização da rádio de que quando terminar a greve, todos serão demitidos. A Karla é minha companheira de muitos anos. Ela conseguindo um espaço, nosso compromisso é esse… ela me leva… eu conseguindo espaço, ela vem junto comigo”.

Em entrevista ao jornalista Sidney Rezende, diretor do SRzd, Haroldo de Andrade Jr, mais conhecido entre os amigos como Haroldinho, filho do legendário comunicador com o mesmo nome que fez história no rádio brasileiro, conta o que acredita ser o motivo para o seu desligamento da Super Rádio Tupi, onde entrou em 2008. Ele se preparava para a comemoração de 9 anos na empresa, que seriam completados em agosto.

“Toda vez que a Tupi entrava em greve, eu era um dos primeiros lá na cabeça. Então, de certa maneira, eu já esperava. Embora a gente tenha direito de greve, essa coisa toda, a gente sabe que quando a greve passa ou quando o problema se agrava, o empregador toma lá a decisão dele. A decisão dos empregadores no caso da Tupi foi essa, foi me desligar. Não carrego mágoa, ressentimento, nada. Acho que fiz o meu trabalho com a maior dignidade. Tentei elevar um pouco o nível do nosso trabalho, a qualidade do nosso programa. Eu saio de cabeça erguida, com os olhos no horizonte e esperando coisas que poderão acontecer”, disse com surpreendente tranquilidade.

“O importante é isso. Não carrego mágoa, não carrego ressentimento e acho que faz parte do jogo. Eu, de repente, na posição de empregador, teria a mesma condição. ‘Pô, peraí, o cara é um bom comunicador, traz audiência, são 300 mil ouvintes por minuto, mas, pô, não dá para confiar nele. Toda vez que tem greve ele, em vez de ficar ao lado dos colegas dele, comunicadores, fica ao lado do motorista, ao lado do porteiro, ao lado da moça que serve o café, ao lado do operador de áudio… rua com esse cara!’. Normal, normal, faz parte”,  completou.

Haroldinho já pressentia que colegas seriam desligados. “A greve acabou num sábado. E me causou estranheza que todos os comunicadores, exceções eu e o Fernando Sérgio, que faz a madrugada na Tupi, não fomos chamados para voltar ou pelo menos conversar sobre o retorno. Inclusive eu disse isso para o meu diretor. Eu disse: ‘Olha, vocês nem me procuraram para ‘Poxa Haroldo, o pessoal está se reunindo para botar a rádio outra vez no ar, você quer participar da reunião? Mesmo que você continue em greve’’. Não me consultaram e voltaram num sábado. Eu deixei passar uns dias, liguei para o meu diretor de programação. Marcamos um almoço, que aconteceu na última quarta-feira. Nesse almoço ele me falou mil coisas, falou que eu era importante no esquema dele, importante para a Rádio Tupi”.

Entremeando suas respostas com sorriso franco, Haroldinho abriu o coração: “A verdade é que eu sou um boboca e sou um sentimental. Embora eu não posso ser demitido, eu estou em greve…”

O comunicador disse que não passa por sua cabeça processar a Tupi:  “Não vou sujar a minha história, no finalzinho, depois de tantas vitórias, alegrias e tristezas com uma mancha dessa no meu currículo”.

O grave em tudo isso é que a situação financeira dos empregados da Tupi é uma das principais preocupações:  “Eu me aposentei e o rapaz da Caixa Econômica Federal falou para mim assim: ‘Olha, o seu FGTS está prejudicado’. Porque só foi depositado, eu acho, até 2013. De lá para cá, não depositaram mais nenhum tostão. São 6 meses, dois  13º, ninguém aguenta, né? Tem gente que está sem receber há 16 meses, sem contar FGTS que não é recolhido. Quando o caixa da Caixa Econômica viu o meu caso ele disse: “Só foi depositado até 2013, de lá pra cá não foi depositado nenhum tostão”.

Indagado qual seria o destino da sua equipe, Haroldinho disse que tem informação parcial: “Pelo menos uma pessoa, minha produtora, Karla de Lucas, será demitida também. Há sinalização da rádio de que quando terminar a greve, todos serão demitidos. A Karla é minha companheira de muitos anos. Ela conseguindo um espaço, nosso compromisso é esse… ela me leva… eu conseguindo espaço, ela vem junto comigo”.

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