Juninho Pernambucano diz ter sofrido censura na Globo por questionar trabalho da imprensa

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“Sofri censura na Globo e perdi a confiança na imprensa”. Essa declaração foi dada pelo ex-jogador Juninho Pernambuco. Ídolo do Vasco da Gama e também do Lyon, da França, e com passagens pela seleção brasileira, o ex-atleta fez um desabafo em depoimento ao jornal “El País”. Ele externou tristeza pela forma como foi tratado enquanto […]

POR Redação SRzd06/10/2018|4 min de leitura

Juninho Pernambucano diz ter sofrido censura na Globo por questionar trabalho da imprensa

Juninho Pernambucano. Foto: Reprodução de TV

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“Sofri censura na Globo e perdi a confiança na imprensa”. Essa declaração foi dada pelo ex-jogador Juninho Pernambuco. Ídolo do Vasco da Gama e também do Lyon, da França, e com passagens pela seleção brasileira, o ex-atleta fez um desabafo em depoimento ao jornal “El País”. Ele externou tristeza pela forma como foi
tratado enquanto trabalhava como comentarista no grupo carioca, que culminou em seu pedido de demissão.

Juninho reclamou ter sofrido censura na emissora por questionar o trabalho da imprensa, especialmente o dos setoristas. No fim do mês de abril, durante um programa em que opinou que os jornalistas que cobrem os clubes “são muito piores hoje em dia”, a direção de jornalismo do SporTV, canal fechado de esportes da Globo, emitiu uma nota oficial condenando os comentários do ex-jogador.

“Fui censurado na Globo por denunciar que tinha setorista [jornalista que cobre um mesmo assunto] vendido, que se envolve com sacanagem. É o setorista que pauta o noticiário, porque cobre de perto os jogos e treinamentos. Quando ele se prostitui, fode o ambiente no clube. É preciso combater o que tá errado lá embaixo na cadeia de produção do jornalismo para pautar coisas mais sérias”, disse Juninho em determinado momento de sua primeira entrevista após deixar a Globo, onde era comentarista desde 2014.

Afirmando ter perdido a confiança na imprensa e que não pretende mais trabalhar com futebol, nem mesmo como comentarista, Juninho, que está morando em Los Angeles, nos Estados Unidos, também se mostrou bastante incomodado com o fato de não ter sido defendido por nenhum jornalista.

“Em pleno ano de 2018, sofri censura ao vivo na TV. Nenhum jornalista me defendeu. Pelo contrário, ainda fui humilhado pelo Milton Neves [apresentador da Band], que deu uma tuitada me ridicularizando. Antes, já tinha recebido ameaças de torcedores. Se eu fui censurado e ameaçado, significa que toda a imprensa
também foi, meu amigo. E ninguém compreendeu isso, talvez por ignorância ou medo de perder o emprego”, disparou afirmando acumulou desgastes com companheiros de emissora.

“Briguei com os três principais narradores e o principal repórter da casa. Briga grande, discussão pesada, de apontar o dedo na cara e tudo mais em reuniões. Só não teve vias de fato”.

Juninho também declarou que não recebeu suporte da emissora após receber ameaça de morte da torcida do Flamengo.

“A relação azedou quando eu critiquei o Vinicius Junior [após um clássico contra o Botafogo]. Fui ameaçado de morte pela torcida do Flamengo, dei queixa na delegacia. Esperava um suporte, mas não recebi apoio de ninguém na emissora. A partir dali a coisa não ficou legal. Como já estava tudo esquematizado para eu ir pra Rússia, não quis deixar os caras na mão. Mas eu abandonaria o barco depois da Copa”, contou.

Aos 43 anos, Juninho está prestes a se tornar avô. Ele vai acompanhar de perto as últimas semanas de gravidez da filha mais velha, Giovanna e garante que sua saída do Brasil não foi motivada pelo rompimento de contrato com a Rede Globo.

“Enquanto a Globo me deixou trabalhar, fiz minha parte. Saí de consciência limpa. Não vendi minha alma nem meu caráter”, completou.

Rede Globo nega censura

Procurada pela publicação, a Rede Globo, através de seu departamento de comunicação, se posicionou sobre as falas de Juninho:

“Como funcionário do Esporte da Globo, Juninho Pernambucano foi tratado sempre com profissionalismo e respeito, e jamais sofreu qualquer tipo de censura. A nota citada por ele na entrevista ao ‘El País’ e divulgada pela Globo afirmava, sem deixar margem à dúvida, que Juninho tinha direito à sua opinião, que era e continuaria sendo livre. O texto apenas deixava claro que o canal SporTV não concordava com as críticas, as acusações e a generalização feitas pelo então comentarista contra um grupo de profissionais, que incluía seus próprios companheiros de trabalho. E reforçava a confiança nos mais de 30 setoristas que trabalham no Grupo Globo. A nota foi lida ao vivo e diante do próprio Juninho, o que não caracteriza a ‘covardia’ que ele relaciona ao episódio. Sobre outro episódio citado na entrevista, Juninho Pernambucano relatou, em fevereiro, ter sofrido ameaças de torcedores do Flamengo após uma discussão nas redes sociais. Por isso, pediu para não comentar a final da Taça Guanabara, para a qual estava escalado. Em respeito ao profissional, o pedido foi imediatamente atendido e ele foi retirado da equipe que trabalhou na partida”.

“Sofri censura na Globo e perdi a confiança na imprensa”. Essa declaração foi dada pelo ex-jogador Juninho Pernambuco. Ídolo do Vasco da Gama e também do Lyon, da França, e com passagens pela seleção brasileira, o ex-atleta fez um desabafo em depoimento ao jornal “El País”. Ele externou tristeza pela forma como foi
tratado enquanto trabalhava como comentarista no grupo carioca, que culminou em seu pedido de demissão.

Juninho reclamou ter sofrido censura na emissora por questionar o trabalho da imprensa, especialmente o dos setoristas. No fim do mês de abril, durante um programa em que opinou que os jornalistas que cobrem os clubes “são muito piores hoje em dia”, a direção de jornalismo do SporTV, canal fechado de esportes da Globo, emitiu uma nota oficial condenando os comentários do ex-jogador.

“Fui censurado na Globo por denunciar que tinha setorista [jornalista que cobre um mesmo assunto] vendido, que se envolve com sacanagem. É o setorista que pauta o noticiário, porque cobre de perto os jogos e treinamentos. Quando ele se prostitui, fode o ambiente no clube. É preciso combater o que tá errado lá embaixo na cadeia de produção do jornalismo para pautar coisas mais sérias”, disse Juninho em determinado momento de sua primeira entrevista após deixar a Globo, onde era comentarista desde 2014.

Afirmando ter perdido a confiança na imprensa e que não pretende mais trabalhar com futebol, nem mesmo como comentarista, Juninho, que está morando em Los Angeles, nos Estados Unidos, também se mostrou bastante incomodado com o fato de não ter sido defendido por nenhum jornalista.

“Em pleno ano de 2018, sofri censura ao vivo na TV. Nenhum jornalista me defendeu. Pelo contrário, ainda fui humilhado pelo Milton Neves [apresentador da Band], que deu uma tuitada me ridicularizando. Antes, já tinha recebido ameaças de torcedores. Se eu fui censurado e ameaçado, significa que toda a imprensa
também foi, meu amigo. E ninguém compreendeu isso, talvez por ignorância ou medo de perder o emprego”, disparou afirmando acumulou desgastes com companheiros de emissora.

“Briguei com os três principais narradores e o principal repórter da casa. Briga grande, discussão pesada, de apontar o dedo na cara e tudo mais em reuniões. Só não teve vias de fato”.

Juninho também declarou que não recebeu suporte da emissora após receber ameaça de morte da torcida do Flamengo.

“A relação azedou quando eu critiquei o Vinicius Junior [após um clássico contra o Botafogo]. Fui ameaçado de morte pela torcida do Flamengo, dei queixa na delegacia. Esperava um suporte, mas não recebi apoio de ninguém na emissora. A partir dali a coisa não ficou legal. Como já estava tudo esquematizado para eu ir pra Rússia, não quis deixar os caras na mão. Mas eu abandonaria o barco depois da Copa”, contou.

Aos 43 anos, Juninho está prestes a se tornar avô. Ele vai acompanhar de perto as últimas semanas de gravidez da filha mais velha, Giovanna e garante que sua saída do Brasil não foi motivada pelo rompimento de contrato com a Rede Globo.

“Enquanto a Globo me deixou trabalhar, fiz minha parte. Saí de consciência limpa. Não vendi minha alma nem meu caráter”, completou.

Rede Globo nega censura

Procurada pela publicação, a Rede Globo, através de seu departamento de comunicação, se posicionou sobre as falas de Juninho:

“Como funcionário do Esporte da Globo, Juninho Pernambucano foi tratado sempre com profissionalismo e respeito, e jamais sofreu qualquer tipo de censura. A nota citada por ele na entrevista ao ‘El País’ e divulgada pela Globo afirmava, sem deixar margem à dúvida, que Juninho tinha direito à sua opinião, que era e continuaria sendo livre. O texto apenas deixava claro que o canal SporTV não concordava com as críticas, as acusações e a generalização feitas pelo então comentarista contra um grupo de profissionais, que incluía seus próprios companheiros de trabalho. E reforçava a confiança nos mais de 30 setoristas que trabalham no Grupo Globo. A nota foi lida ao vivo e diante do próprio Juninho, o que não caracteriza a ‘covardia’ que ele relaciona ao episódio. Sobre outro episódio citado na entrevista, Juninho Pernambucano relatou, em fevereiro, ter sofrido ameaças de torcedores do Flamengo após uma discussão nas redes sociais. Por isso, pediu para não comentar a final da Taça Guanabara, para a qual estava escalado. Em respeito ao profissional, o pedido foi imediatamente atendido e ele foi retirado da equipe que trabalhou na partida”.

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